https://revistagalileu.globo.com/Tecnolo...ticos.html
"Fotos indicam que a China testou canhão de raios eletromagnéticos"
1 ano atrás eu vi que a China estava testando uma railgun em um LST da classe Type 072III. Não é uma plataforma ideal, mas como era só para testes, dá para relevar.
Pelo que vejo na imagem aí, continuam testando no mesmo navio; ou os sites estão requentando noticia velha.
Deve ter o mesmo problema que os americanos tiveram. O único navio da marinha americana que seria capaz de fornecer energia para esses canhões eletromagnéticos é o destróier Zumwalt. Essa dispendiosa classe de navios não deve passar de 3 embarcações em prol da continuação da classe Arleigh Burke. Então não tinha cabimento desenvolver uma arma tão custosa da qual só 3 unidades navais serão capazes de usar a curto e médio prazo.
O Arleigh Burke tem capacidade cerca de 6 vezes menor que o Zumwalt para suprir a demanda de sistemas secundários a propulsão (7,5 MW no caso,
https://www.defenseindustrydaily.com/us-...hem-07142/ ), e a railgun precisaria ter os capacitores recarregados a cada 6 segundos caso o objetivo da USN de ter capacidade de disparar 10 tiros por minuto fosse alcançado. E o Zumwalt além de ter capacidade geradora maior, é capaz de distribuir a energia de forma dinâmica.
Pois bem, voltando a falar dos chineses... A tecnologia chinesa de turbinas a gás deixa a desejar, possivelmente devido ao início tardio em desenvolvê-las. Seus destróieres como o Type 052D são sub-motorizados e certamente não teriam energia para tal arma. O sucessor desse também deve usar turbinas QC-280 (mas 4 em vez de 2), que são cópias das ucranianas GT-25000, e é notório que embora confiáveis, sua potência é na prática pelo menos 20% menor do que o valor nominal divulgado. Embora haja geradores adicionais que talvez sejam focados nos sistemas secundários, esse navio usa radar AESA que por si só já consome bastante, então não deve ter muita sobra.
Considerando as gambiarras na estrutura do LST da classe Type 072III, a arma chinesa não deve se distanciar do consumo de energia do que foi o projeto americano.
O canal estatal chinês disse "a China será o primeiro país a realmente equipá-lo em um navio de guerra". Mas quando será isso? No melhor cenário, eu diria que na segunda metade da próxima década.