Koe no Katachi

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269 respostas neste tópico
 #161
(21/05/2017, 18:38)JJaeger Escreveu: Tõ vendo Koe no Katachi, geralmente não curto esse tipo de obra, com personagens deficientes e protagonistas pnc (ainda mais esse que me lembra o Subaru). Fazendo um esforço pra passar dos primeiros minutos.

Dramalhão?
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 #162
(21/05/2017, 18:38)Gabrinius Escreveu: Dramalhão?

uhum, e parece que é da kyoto pelo template
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 #163
(21/05/2017, 18:41)Gabrinius Escreveu: Se eu fosse voce, largava essa disgrama e ia ver o filme do pelé

sugestão válida, mas como é só um filme, whatever
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 #164
(21/05/2017, 18:44)JJaeger Escreveu: sugestão válida, mas como é só um filme, whatever

não parece, é da kyoto.. e o drama só piora o inicio não é nada kkkk
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 #165
Impressão minha ou acabou que nem passou nos cinemas BR?
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 #166
(21/05/2017, 19:01)rapier Escreveu: Impressão minha ou acabou que nem passou nos cinemas BR?

Ou nem passou ainda ou então foi sessão bem restrita.
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 #167
Só tive tempo hoje de assistir esse filme e... achei que eu fosse gostar mais, mas isso porque eu comecei a assistir com a expectativa errada.

Pra matar logo a questão de animação/OST/estúdio/etc: continuo achando a animação e a ambientação bons o bastante. A OST pra mim só não funcionou bem na cena que a Nishimiya sai correndo de casa, pouco antes de o Ishida sair do coma e encontrá-la na ponte. De resto, achei OK... inclusive a tentativa à la "my mix tape" no início do filme.

Sobre a expectativa, eu achei que veria um filme mais focado na questão de a Nishimiya ser surda e no bullying que ela sofria, mas isso acabou sendo "só" a motivação das coisas. O filme mostrou também como que a criançada ali basicamente não mudou nada desde a infância -- exceto pelo Ishida -- e como os "defeitos" de cada um compunham um cenário tóxico de amizade.

Mas o que mais me quebrou mesmo no filme é que a motivação pro povo tentar se matar -- seja a do Ishida no início do filme, seja a da Nishimiya mais pro final -- pra mim ficou mal construída. Não estou dizendo que acho a justificativa ruim, mas sim que os próprios personagens não transmitiram a emoção e o comportamento de alguém suicida.

E isso me leva a dizer algo que nunca pensei que diria na minha vida: faltou um monólogo convincente... faltou um pouco de introspecção pro Ishida e pra Nishimiya me convencerem de que eles queriam se matar. Pro Ishida até que não seria difícil ter um monólogo, mas pra Nishimiya seria um puta desafio e, se fosse bem-feito, seria digno de elogios.

No final, tive a impressão de ter curtido uma viagem sentado no banco do carona: o mundo passando pela janela e eu olhando as coisas acontecerem. Não houve questionamento de comportamentos, não houve tentativa de me colocar em conflito, não houve empatia, nada. Parece que a história me foi apresentada pra eu concluir o que me fosse mais conveniente, em vez de me ser apresentada por uma ótica desafiante ou inusitada.
3 usuários curtiram este post: JJaeger, Opeth, rapier
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 #168
O começo do filme tinha um tom sufocante, absurdamente desconfortável, com toda a situação de bullying, e isso foi muito bem vindo, deu a impressão de que seria muito bem trabalhado nesse aspecto, mas... o filme não conseguiu se manter.

Os personagens não pareciam se entender, não havia argumentação coesa. Muito se falou em "buscar amar a si mesmo" mas nenhum dos protagonistas realmente tentou fazer algo a respeito, também deixou de ser sobe tentar consertar os erros do passado porque as pessoas ao redor do protagonista (talvez incluindo ele, eu diria) apenas fingiam que nada tinha acontecido, deixou de ser sobre conviver com as escolhas que fez, pois ninguém além do protagonista parecia ter algum remorso, aliás, a única coisa inteligente que a Ueno falou no filme inteiro foi dizer que o protagonista estava tentando compensar pelas coisas que fez. Enfim, o filme vagou entre fazer amizades, gente agindo de forma estúpida, e nesse caso vale destacar a cena da ponte em que todo mundo se vira para o Ishida e falam que vão perdoar ele se ele se desculpar com a Shouko, o que acham que ele ta fazendo? Acredito que muito mais do que eles fizeram, e ainda temos um elemento narrativo irritante para caralho chamado Ueno, que não se pode considerar personagem.

No final ninguém mudou, ninguém se arrependeu, ninguém demonstrou um aprofundamento sobre suas decisões na vida, sequer exploraram o fato de que alguém realmente sofreu, de que alguém quase morreu, como o jihox mencionou, faltou um monólogo convincente.

Posso concluir que o filme tinha uma ótima proposta, iniciou de forma densa e sufocante e terminou de forma vazia, sem carisma, com sentimentos que não conseguiram ser transmitidos de forma plausível ao telespectador.
2 usuários curtiram este post: Oiacz, Rogue993
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 #169
(21/05/2017, 19:22)jihox Escreveu: Só tive tempo hoje de assistir esse filme e... achei que eu fosse gostar mais, mas isso porque eu comecei a assistir com a expectativa errada.

Pra matar logo a questão de animação/OST/estúdio/etc: continuo achando a animação e a ambientação bons o bastante. A OST pra mim só não funcionou bem na cena que a Nishimiya sai correndo de casa, pouco antes de o Ishida sair do coma e encontrá-la na ponte. De resto, achei OK... inclusive a tentativa à la "my mix tape" no início do filme.

Sobre a expectativa, eu achei que veria um filme mais focado na questão de a Nishimiya ser surda e no bullying que ela sofria, mas isso acabou sendo "só" a motivação das coisas. O filme mostrou também como que a criançada ali basicamente não mudou nada desde a infância -- exceto pelo Ishida -- e como os "defeitos" de cada um compunham um cenário tóxico de amizade.

Mas o que mais me quebrou mesmo no filme é que a motivação pro povo tentar se matar -- seja a do Ishida no início do filme, seja a da Nishimiya mais pro final -- pra mim ficou mal construída. Não estou dizendo que acho a justificativa ruim, mas sim que os próprios personagens não transmitiram a emoção e o comportamento de alguém suicida.

E isso me leva a dizer algo que nunca pensei que diria na minha vida: faltou um monólogo convincente... faltou um pouco de introspecção pro Ishida e pra Nishimiya me convencerem de que eles queriam se matar. Pro Ishida até que não seria difícil ter um monólogo, mas pra Nishimiya seria um puta desafio e, se fosse bem-feito, seria digno de elogios.

No final, tive a impressão de ter curtido uma viagem sentado no banco do carona: o mundo passando pela janela e eu olhando as coisas acontecerem. Não houve questionamento de comportamentos, não houve tentativa de me colocar em conflito, não houve empatia, nada. Parece que a história me foi apresentada pra eu concluir o que me fosse mais conveniente, em vez de me ser apresentada por uma ótica desafiante ou inusitada.

Eu concordo. Gostei bastante do filme e talz, mas concordo que a questão do suicídio aí podia ter sido melhor trabalhada. No mangá você tem vários capítulos pra entender o caso da Nishimiya, então dispensa o monólogo. Tem o lado familiar e etc, como ela afeta a vida dos outros, mais interações e etc. No caso do Ishida, o monólogo é o início do mangá inteiro. Isso começou como um oneshot contado praticamente via monólogo sobre as motivações pro Ishida querer se matar no início da história. Enfim, é uma crítica bem válida sim. Tava inclusive comentando mais cedo sobre o filme e falando que senti que esse mesmo ponto podia ter sido melhor trabalhado em especial no início, mas enfim... Continua um ótimo filme no geral.
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 #170
(21/05/2017, 19:22)jihox Escreveu: Mas o que mais me quebrou mesmo no filme é que a motivação pro povo tentar se matar -- seja a do Ishida no início do filme, seja a da Nishimiya mais pro final -- pra mim ficou mal construída. Não estou dizendo que acho a justificativa ruim, mas sim que os próprios personagens não transmitiram a emoção e o comportamento de alguém suicida.

E isso me leva a dizer algo que nunca pensei que diria na minha vida: faltou um monólogo convincente... faltou um pouco de introspecção pro Ishida e pra Nishimiya me convencerem de que eles queriam se matar. Pro Ishida até que não seria difícil ter um monólogo, mas pra Nishimiya seria um puta desafio e, se fosse bem-feito, seria digno de elogios.

É sobre isso que estou falando.
O filme cortou as principais cenas de emoção para entender os personagens. O Ishida ficou meio traumatizado com o que se passou, parte do drama do filme é a sensação que ele tem de que não merece se redimir, que a merda já foi feita e não tem retorno, que ele está se engando achando e fazendo aquilo por ele mesmo, que no fundo ele não mudou. Antes de ele tentar se matar vemos ele pensando e imaginando que a vida dele está acabada e pensando se não seria melhor sumir da vida da família para não dar mais desgostos. Por isso que no fim do filme na cena da ponto ele pede para a Shouko para ajudar ele a viver.
Aquele sonho antes da cena da ponte, foi como se ela visse um sonho dele não é? Os dois tem um sonho semelhante e ele foi misturado, e quando ela vai atrás de reunir o pessoal, vai atrás da Ueno, é para terminar um projeto que eles estavam todos fazendo juntos. Durante essa parte há um capítulo que se passa pela perspectiva dela, os diálogos são embaçados e quase ilegíveis. O mangá faz um esforço para você tentar entender como eles veem o mundo, e o filme não consegue fazer isso de modo claro.
E pergunto, só eu que me incomodo com a exigência das pessoas para que uma pessoa surda OUÇA e FALE corretamente?
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