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(03/10/2023, 23:59 )
Opeth
03/10/2023, 23:59
(Resposta editada pela última vez 07/10/2023, 10:49 por Opeth.)
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Ando sumido por trabalho, mas deixar uma contribuição como o tópico tá parado pra um filme desse tamanho. Esse é um que tô acompanhando desde o primeiro trailer. Tô bem interessado. Não morro de amores pela Mari Okada, apesar de gostar bastante de Orphans. Achei a estreia dela com Maquia decente, conceito bem diferente e animação e traço muito bons. Não sei se esse filme aqui vai ser bom, mas tá bonito e diferente o bastante pra me interessar.
Várias coisas que dá pra pegar pelo que já tá claro nos trailers e letra:
Associação com Aqueles Que Deixam Omelas: Dessa vez ela tá fazendo algo levemente inspirado num conto da Ursula Le Guinn chamado Aqueles que Abandonam Omelas. O conto é uma analogia sobre uma cidade onde tudo é perfeito e não existe tristeza, mas o preço disso é que uma criança com problemas mentais precisa ficar trancafiada em um porão e sofrer. A maior parte das pessoas fica frustrada quando descobre isso, mas depois aceita que se a criança fosse salva e a cidade exposta ao sofrimento, não ajudaria a criança também. Há uma série de interpretações sobre o conto, apesar da mais óbvia discussão sobre mantermos ilusão de que o sofrimento é justificável e natural nos sistemas vigentes e não há muito que se possa fazer sobre isso. As pessoas de omelas ou fazem vista grossa, ou deixam a cidade para trás (título do conto).
Diferente do conto, porém, a cidade dos personagens não é nada perfeita. É fruto de um incidente misterioso em uma fábrica que faz com que a cidade fique misteriosamente presa no tempo e no trailer há claros indícios de uma força que ataca qualquer tipo de mudança, na forma de dragões. Os personagens são forçados a viver uma vida que não muda e proibidos de causar mudanças que possam colocar a cidade em risco, como crescer e se apaixonar (os japas adoram usar adolescência como fase de transição e ruptura). Os protagonistas parecem encontrar uma menina na fábrica que, de forma análoga ao conto, impõe um risco à cidade. A diferença aqui, é que a criança tem a aparência de uma das garotas da cidade, com quem o protagonista provavelmente vai desevolver alguma relação se o trailer já não tá óbvio o bastante, rompendo as regras da cidade (mais das crianças parecem fazer o mesmo).
Como a cidade tá presa no tempo, a letra da música já spoila a maior parte do conceito. A letra fala sobre um céu ilusório em uma cidade ilusória, sobre a dificuldade de reconhecer inimigos e aliados. Sobre a passagem de dias que não mudam e pessoas que seguem sem objetivo. O refrão da música: "Rumo ao futuro, rumo ao futuro, rumo ao futuro, apenas você irá." Indício o bastante pra entender o conceito principal do filme. O protagonista quer quebrar o status quo e arriscar a segurança da cidade para levar alguém (provavelmente a criança, mas talvez a versão não bugada dela) em direção ao futuro.
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Data de registro: 06/12/2013
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(26/11/2023, 06:16 )
rapier
Passará dia 15 de janeiro na Netflix.