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(22/03/2015, 19:50)
rapier
22/03/2015, 19:50
(Resposta editada pela última vez 22/03/2015, 20:10 por rapier.)
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Ficha Técnica
Título: Serial Experiments Lain
Título alternativo: Sinônimo: - | Japonês: シリアルエクスペリメンツレイン| Abreviatura: Lain
Formato: Série de TV
Gênero: Ficção Científica
Obra original: Obra originalmente escrita para o anime
Público alvo da obra original: -
Editora (Label): -
Escrito por: -
Site oficial: http://www.geneon-ent.co.jp/rondorobe/anime/lain/
Estúdio: Triangle Staff
Produtora: Pioneer LDC
Diretor: Nakamura Ryuutarou
Supervisor do script: Konaka Chiaki
Character Design: Kishida Takahiro
Data de estréia: 07/07/1998
Emissora: TV Tokyo
Número de episódios: 13
Abertura: "Duvet" por Boa
Encerramento: "Tooi Sakebi" por Nakaido Reichi
Maiores informações: [ Wikipedia (EN) | Wikipedia (PT) | MyAnimeList | AnimeNewsNetwork | AniDB]
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(22/03/2015, 19:57)
inuivan
Hoje estou com vontade de postar.
Muito antes de eu ver o anime, chegaram a me dizer que era quase um "Matrix" sem ação, apenas sono, porém vi o anime recentemente (uns 18 meses atrás) e tive a grata surpresa de encontrar um anime que acabei por gostar muito, com uma boa MC, e uma historia leviana mas boa.
Exatamente o estilo de anime que eu gosto, com o porém, de que se o anime tivesse mais do que 12~13 eps., se tornaria cansativo e logo ficaria chato e sairia da minha lista de bons animes que assisti.
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(22/03/2015, 20:17)
rapier
Pra mim a melhor coisa do anime é a OP... foi um dos únicos animes onde dormi enquanto o via.
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(22/03/2015, 20:19)
jamessonic
(22/03/2015, 20:17)rapier Escreveu: Pra mim a melhor coisa do anime é a OP... foi um dos únicos animes onde dormi enquanto o via.
isso pq é uma obra "vanguarda". ainda não vi mas verei quando tiver tempo!
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(22/03/2015, 20:43)
Opeth
22/03/2015, 20:43
(Resposta editada pela última vez 22/03/2015, 20:52 por Opeth.)
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Que bom poder falar um pouco desse divisor de opiniões, em vários sentidos. É um anime tão rico, que é improvável que eu consiga comentar metade do que gostaria só nesse post, mas me aterei ao principal. De início, Lain não é um anime padrão da indústria, assim como emogelion não foi na época, em certo sentido, e isso leva muita gente a comparar as duas obras, e colocá-las no patamar das "coisas noiadas que não valem meu tempo" ou do "coisas diferentes que me fazem sentir inteligente". Essa é a opinião geral sobre "anime lombra". Ou é chato, ou te dá uma recompensa catártica. Então antes de falar especificamente porque considero Lain um anime singular em sua abordagem, vou chamar a atenção para o detalhe que o afasta tanto de emogelion e seus clones:
De cara, a quantidade de episódios. Lain é um anime que te convida fortemente a assistir a obra duas ou mais vezes. Diferente de evangelion, que claramente não sabe o que quer ser no início da obra e depois desanda totalmente no decorrer, os criadores de Lain têm total controle do escopo da obra. É a típica história com protagonista não confiável que se enquadra no gênero "Paranoid fiction", embora lain esteja mais para "ficção científica". Assim sendo, Lain se revela uma história inicialmente confusa, levando o espectador a refletir sobre a obra, o que pra muita gente não é divertido. E é por isso que lain é enquadrado junto com obras como Evangelion, Utena, Gits (movie), Raxephon, etc... O grande diferencial é que Lain não deve nada a emogelion, apenas, talvez, ter preparado o público a esse tipo de história. Evangelion, Utena e outros dependem de informações fora da obra, seja simbolismo (utena), ou religião e filosofia (evangelion). Lain, assim como GITS(filme), tem toda a informação necessária à sua compreensão dentro da obra.
Em termos de gênero(não entrarei em detalhes e explicações da história, se alguém quiser discutir eu comento):
Por que escolher fazer um anime "lombrado"? Além desse fator investigativo/catártico se valer como forma de diversão em si para certo público, em Lain o espectador é colocado no mesmo patamar da personagem. Ele tem tantas informações para compreender o que está havendo quanto a Lain fora da wired, visto que ela ainda estava instável por se manifestar no mundo real. Todo o simbolismo de lain (e até o alienígena, se alguém tiver curiosidade de saber), pode ser facilmente explicado com informações de dentro da obra que a Lain vai desvendando ao se conectar cada vez mais à wired. A lain começa "burra" na obra pelo mesmo motivo. Ela fica mais estável à medida que vai se afinando à realidade.
Em termos visuais Lain é rico em simbolismo, mas diferente de Utena (que descarrega simbolismo vazio), as informações visuais (e até sonoras) são facilmente associadas à proposta do anime. Os ângulos das câmeras focados nos fios dos postes, a iluminação ofuscante e os sons dos transformadores em uma atmosfera silenciosa apelam ao óbvio. Lain quer mostrar uma humanidade cada vez mais conectada e como essa comunicação é transformadora da realidade e na forma como lidamos com o mundo. Quanto mais informações a Lain consegue sobre si mesma e sobre o mundo, mais conectada ela se revela. Ao passar dos episódios, o computador dela (sua porta ao mundo) aparece cada vez mais coberto de aparatos e cabos, reforçando essa ideia, a ponto de a própria Lain aparecer enterrada sob os cabos no clímax da história.
Em termos sonoros, fora o que já comentei sobre os sons de transformadores e equipamentos elétricos, a trilha sonora do anime é excelente. Não só a abertura (que revi loucamente quando assisti o anime) mas toda a trilha do anime. Composições muito adequadas às cenas e que trazem um ar maduro ao anime, o afastando da trilha sonora dramática de que dependem séries como evangelion. Não estou falando só de uma música. Eu consigo ouvir a totalidade da ost do anime e só nisso ficar com vontade de rever cenas ou episódios inteiros, o que pra mim é bem raro.
O conceito de personagens do anime não é nada de mais, o desenho do abe é legal, mas o maior destaque aqui vai pro cabelo da lain mesmo.
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(22/03/2015, 20:48)
rapier
@ Opeth, desconfio que você já tenha visto a versão BD de Lain, que mudou muita coisa do visual.
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(22/03/2015, 20:50)
Opeth
(22/03/2015, 20:48)rapier Escreveu: @Opeth, desconfio que você já tenha visto a versão BD de Lain, que mudou muita coisa do visual.
Sim, vi o BD 3x.
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(22/03/2015, 20:51)
rapier
(22/03/2015, 20:50)Opeth Escreveu: Sim, vi o BD 3x.
Já ia citar https://anime-forum.info/showthread.php?...6#pid24526.
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(23/03/2015, 03:02)
mandrake_
Lain é um anime que eu peguei às cegas quando procurava por "animes de terror", primeiro eu vi a versão TV (qualidade bem ruim) e depois eu vi o BD, até tentei ver dublado, mas parei no ep 05.
Gostei bastante quando vi, mesmo sem entender algumas coisas... o problema não é nem a complexidade da história, e sim a forma que ela é jogada pro telespectador... a cenas seguem um rumo e do nada mudam, é preciso muita atenção pra tentar entender o que acontece nos primeiros eps.. e mesmo assim a pessoa se perde.
O que eu mais gostei no anime foi a Lain, óbvio, no começo ela não tem nada atraente, é só uma garota "estranha" e tímida que não tem muito interesse em Navis (computadores) e Wired (algo como a rede de internet), mas no decorrer dos episódios é espantoso a maneira como ela se desenvolve... quanto mais ela interage com a Wired mais longe "dela mesma" ela fica... bizarro também é quando ela começa a dar uns upgrades no Navi dela, com 3~4 episódios começa a ficar algo surreal... ela cria quase que um laboratório de Navi locão.
E os dois episódios finais são fodas! A maneira que ela enfrentou o "Deus" e depois sacrificou toda a existência dela em prol dos amigos/familiares. O anime tem muita coisa sobre computação que mesmo eu revendo, consigo entender quase nada.
A OST é muito boa também, tenho completa no note, eu lembro da cena onde a Lain leva o garoto lá pro quarto dela, pra descobrir se ele era um Knight e ela bota a "Faixa 44" pra tocar.
A OP como já falaram, é ótima, já escutei tanto... e mesmo assim não consigo enjoar!
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(23/03/2015, 08:16)
Opeth
23/03/2015, 08:16
(Resposta editada pela última vez 23/03/2015, 08:19 por Opeth.)
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(23/03/2015, 03:02)AngelGift Escreveu: O que eu mais gostei no anime foi a Lain, óbvio, no começo ela não tem nada atraente, é só uma garota "estranha" e tímida que não tem muito interesse em Navis (computadores) e Wired (algo como a rede de internet), mas no decorrer dos episódios é espantoso a maneira como ela se desenvolve... quanto mais ela interage com a Wired mais longe "dela mesma" ela fica... bizarro também é quando ela começa a dar uns upgrades no Navi dela, com 3~4 episódios começa a ficar algo surreal... ela cria quase que um laboratório de Navi locão.
E os dois episódios finais são fodas! A maneira que ela enfrentou o "Deus" e depois sacrificou toda a existência dela em prol dos amigos/familiares. O anime tem muita coisa sobre computação que mesmo eu revendo, consigo entender quase nada.
Eu só considero lain "difícil" no primeiro momento, pois o final explica tudo que importa saber, essa é outra grande diferença de Lain pra essas outras obras com reset. Quando eu era mais novo tinha achado isso chato, quando revi, nos BDs, eu já tinha cabeça pra assistir o anime, daí adorei. Não é anime pra criança. Sobre o PC, a Lain não é humana, ela vive através das outras pessoas confirmarem sua existência por meio do Protocolo 7. O plot do anime é em parte o conflito das duas Lains, a Lain da Wired, que é praticamente deus, onisciente, onipotente e onipresente e a Lain do mundo real, que é uma projeção, um corpo inconveniente, e também a protagonista. Uma escolha interessante de roteiro, pois o espectador é lançado num mundo diferente do nosso, com a mesma bagagem que a protagonista, e questiona os fatos assim como ela.
Lain se propõe a lidar com coisas de computação, mas embora empreste alguns conceitos, a computação no anime não é a convencional, ela catapulta o anime para o reino da ficção mais do que para o reino do cientítico no nome "ficção científica". O principal elemento para compreender Lain não é muito "científico", e sim paracientífico, embora empreste o conceito real da Ressonância de Schumann. Em Lain, o Eiri Masami acrescenta uma funcionalidade ao Protocolo 7 ao desenvolvê-lo e o fazia se aproveitar da Ressonância de Shumann, isso é, do campo magnético da Terra, para conectar as mentes das pessoas e transformar "inconsciente coletivo" em "consciente coletivo", basicamente o protocolo dá às pessoas capacidade de se conectar naturalmente umas às outras, como a internet faz, mas só a Lain era capaz de quebrar essa barreira e conectar as pessoas, por isso ele precisa dela.
Sobre o sacrifício, acho legal essa parte, mas o único grande sacrifício da Lain foi o que ela acreditava ter construído com a Alice, aliás, muito boa a parte em que a Lain se declara à Alice. Ela basicamente transforma o mundo do anime no nosso mundo, daí a ideia do "present day, present time" o anime inteiro: Trazer luz ao fato de que o anime é atemporal e ao mesmo tempo fala da nossa realidade, nosso presente. O anime se "atualiza". Em suma, ela conclui que as pessoas não precisam estar conectadas para avançar, pois esse senso de coletivo mata o individual. Quando a Alice diz que a Lain estava errada sobre as pessoas serem só aplicativos e não precisarem de corpos, é essa individualidade que ela temia perder, basicamente as pessoas "morreriam". A Lain decide que isso é importante, culminando no mundo como o conhecemos.
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