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458 respostas neste tópico
 #351
Estou lendo "Por quem os Sinos Dobram" de Ernest Hemingway. É um bom livro, considerado um dos melhores do autor. Recomendo.
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 #352
A nova Mulher Maravilha é brbr. Mal posso esperar pra vê-la falando em espanhol, a nossa língua nativa. HAHA!

[Imagem: F8aRttI.jpg]
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 #353
Essa semana lembrei de uns livros que eu queria ler, mas eles estão no tablet agora finalmente morto.
Pensando como eu volto a ler esses livros.
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 #354
Eu tô relendo ''Em Busca do Tempo Perdido'' do Marcel Proust e há uma parte belíssima onde um dos protagonistas da história, Swann, percebe, enquanto ouve uma sonata, que a dona pela qual ele é apaixonado não é mais apaixonada por ele e isso sempre me faz ficar emocionado. Não dá para citar todo o trecho, mas postarei parte do início e a frase de conclusão, que são belíssimos (a cena, para uma explicação breve, se passa em um salão parisiense onde eles estão ouvindo música; Swann espera a resposta de uma mensagem enviada a Odette, sua amada, e estava com pressa de ir embora. Por algumas razões, ele não consegue e ouve uma sonata que ele ouviu diversas vezes na presença de Odette, isto faz com que ele relembre todas as coisas passadas com sua amada e faz com que perceba que ela não o ama mais):

''

Mas de súbito foi como se ela tivesse entrado, e tal aparição foi para ele um sofrimento tão dilacerante que teve de levar a mão ao peito. É que o violino se erguera a notas altas onde permanecia, como que à espera, espera que se prolongava sem que ele deixasse de sustentá-las, na exaltação em que estava de já perceber o objeto de sua espera, que se aproximava, e com um esforço desesperado para tentar durar até a sua chegada, de acolhê-lo antes de morrer, de lhe manter, ainda por um momento, com todas as suas últimas forças, o caminho aberto para que ele pudesse passar, como a gente sustém uma porta, que sem isso cairia. E antes que Swann tivesse tempo de compreender e dizer a si próprio: “É a pequena frase da sonata de Vinteuil, não ouçamos!” — todas as lembranças do tempo em que Odette o amava, e que até esse dia ele conseguira manter invisíveis nas profundezas de seu ser, iludidas por esse brusco luzeiro do tempo de amor que julgaram estar de volta, tinham despertado e, em voo rápido, subiram para lhe cantar perdidamente, sem piedade pela sua desgraça atual, os refrões esquecidos da felicidade.

Em vez das expressões abstratas “tempo em que eu era feliz”, “tempo em que eu era amado”, que ele muitas vezes pronunciara até então e sem muito sofrimento, pois sua inteligência só encerrara, do passado, pretensos extratos que não conservavam nada dele, Swann reencontrou tudo aquilo, que dessa felicidade perdida, fixara para sempre a essência volátil e específica; reviu tudo, as pétalas nivosas e frisadas do crisântemo que ela lhe lançara no carro, e que ele conservara entre os lábios — o endereço, em relevo, da Maison Dorée na carta em que ele havia lido: “Minha mão treme tanto enquanto escrevo” — a aproximação das sobrancelhas dela quando lhe dissera com ar súplice: “Não levará muito tempo para me fazer sinal?”; sentiu o cheiro do ferro do cabeleireiro, com o qual mandava alisar a escovinha enquanto Lorédan ia buscar a pequena operária, as chuvas tempestuosas que tinham caído com tanta frequência naquela primavera, o retorno glacial na sua vitória, ao luar, todas as malhas de hábitos mentais, de impressões sazonais, de reações cutâneas, que haviam estendido numa série de semanas uma rede uniforme na qual seu corpo se achava preso. Naquele momento, Swann satisfazia uma curiosidade voluptuosa ao conhecer os prazeres das pessoas que vivem pelo amor. Achara que poderia parar por aí, que não mais seria obrigado a lhe conhecer os sofrimentos; e como agora o encanto de Odette representava pouco para ele, diante desse terror tremendo que o prolongava como um halo perturbador, essa angústia imensa de não saber o que ela havia feito em todos os momentos, de não possuí-la sempre e em toda parte! Infelizmente, ele se recordava do tom em que ela exclamara: “Mas poderei vê-lo sempre, estou sempre livre!”, ela que já não o seria nunca mais! O interesse, a curiosidade que ela tivera pela vida dele, o desejo apaixonado de que ele lhe fizesse o favor — aliás, temido por ele, naquele tempo, como causa de transtornos aborrecidos — de deixá-la penetrar em sua vida; como ela fora obrigada a lhe implorar para que ele se deixasse conduzir à casa dos Verdurin; e quando ele a fazia vir à sua casa uma vez por mês, como fora necessário, antes que se deixasse vencer, que ela lhe repetisse que delícia seria aquele costume de se verem todos os dias, coisa com que ela sonhava então, ao passo que para ele só lhe parecia uma preocupação fastidiosa, costume que depois a desgostara e com o qual rompera em definitivo, ao passo que ela se lhe tornara uma necessidade tão invencível e dolorosa. Não saberia dizer o quanto fora sincero quando, na terceira vez em que a vira, como ela lhe repetisse: “Mas por que não me deixa vir mais vezes seguidas?”, dissera-lhe rindo, com um galanteio: “Por medo de sofrer.” Agora, infelizmente, acontecia ainda que ela lhe escrevesse de um restaurante ou de um hotel, num papel timbrado; mas era como letras de fogo que o queimavam. “Este escrito do Hotel Vouillemont? Que é que ela pode ter ido fazer ali? Com quem? Que aconteceu?” Lembrou-se dos bicos de gás que eram apagados no bulevar dos italianos quando a encontrara, contra toda expectativa, em meio às sombras errantes, naquela noite que lhe parecera quase sobrenatural e que, de fato — noite de um tempo em que nem precisava se indagar se não a teria contrariado ao procurá-la, ao encontrá-la, de tanta certeza que tinha de que ela não teria maior alegria do que vê-lo e voltar para casa com ele — pertencia a um mundo misterioso ao qual não se pode regressar jamais depois que suas portas se fecharam. E Swann percebeu, imóvel diante dessa felicidade revivida, um desgraçado que lhe causou piedade porque o não reconheceu de imediato, se bem que teve de baixar os olhos para que não vissem que estavam cheios de lágrimas. Era ele próprio.

Quando compreendeu aquilo, sua piedade cessou, mas teve ciúmes do outro eu que Odette havia amado, teve ciúmes daqueles de quem dissera muitas vezes, sem muito sofrer, “ela ama-os talvez”, agora que havia mudado a vaga ideia de amar, na qual não existe amor, pelas pétalas do crisântemo e o “reservado” da Maison d’Or, que estavam cheios de amor. Depois, como seu sofrimento se tornasse muito acerbo, passou a mão pela testa, deixou cair o monóculo, enxugou as lentes. E, sem dúvida, se se visse naquele momento, o teria ajuntado à coleção daqueles cujos monóculos examinara, o monóculo que afastava como a um pensamento importuno e sobre cuja superfície embaciada experimentava apagar as preocupações com um lenço.

(...)

A partir daquele sarau, Swann compreendeu que o sentimento que Odette nutrira por ele não renasceria jamais, que suas esperanças de felicidade não mais se cumpririam.

Não saberia dizer o quanto fora sincero quando, na terceira vez em que a vira, como ela lhe repetisse: “Mas por que não me deixa vir mais vezes seguidas?”, dissera-lhe rindo, com um galanteio: “Por medo de sofrer.” Agora, infelizmente, acontecia (...)
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 #355
https://diariodonordeste.verdesmares.com...-1.3001750

É, a dona é parecida com essa Yara Flor.
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 #356
A dona da estátua da Messejana. Bem que eu tava achando familiar.
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 #357
Enfim a Panini publicou Carnificina Total. Isso só saiu por aqui uma vez pela finada Abril, em 1996.
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 #358
[Imagem: 9NPj222.jpg]

Então o nome da filha do Wolverine é... Wolverine? Hmm
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 #359
Tinha me esquecido de como a arte do Sal Buscema é tosca mesmo pros anos 1990. Ficava puto quando comprava alguma HQ do Aranha e me deparava com alguma história desenhada por ele.

[Imagem: grhqlOd.jpg]
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 #360
Estou lendo o "Senhor dos Anéis I". Comprei o livro por conta da quarentena e porque queria ler ele faz um tempo.
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