(04/09/2016, 23:54)Oritemis Escreveu: Essa foi uma enquete que me travou para votar, como escolher o melhor entre o Wen-Li e o Reinhard? Em termos de gênio tático o Wen-Li provavelmente é superior, mas o Reinhard é muito mais do que um gênio tático, em muitos sentidos, mas tive que votar no Wen-Li, porque era a razão de eu ter assistido cada um dos episódios. Quase sempre ele era o under-dog e de alguma forma conseguia fazer as coisas funcionar. A questão é que o Reinhard passou por poucas situações como essa, justamente porque era gênio em outros aspectos também, como o político. Muito difícil escolher o melhor.
Difícil, porque na realidade ambos terminam empatados (na minha opinião). Colocando de modo individual, não há dúvidas de que Yang ganha do Reinhard. Mas tem que lembrar que o Yang é mais velho que ele; o Reinhard perde para ele só por uma questão de experiência. O talento para a guerra ele já possuía.
Spoiler:
Analisando de modo coletivo, o Reinhard ganha dele: a equipe que ele formou para serem seus subordinados era bem superior ao que o Yang tinha em mãos. Você não encontra no lado da democracia alguém equivalente ao Reuenthal; ou numericamente igual ou superior ao talento militar de um Mittermeyer, Bittenfeld, Kircheis ou até um com pensamento estratégico/serviço secreto de um Oberstein.
Não sei se é porque vi já há um tempo (posso ter esquecido) ou porque estou do lado da monarquia, mas só me vem a mente de subordinados altamente competentes o Bucock, Poplin e o líder do batalhão Rosen Ritter (Schenkopp). E mesmo esse último é um desertor do Império. No geral, os bons subordinados do lado da democracia são poucos, e chegam no máximo ao nível de um Muller/Kessler. O Reinhard conseguia contrabalancear sua falta de experiência com um grupo altamente talentoso ao seu redor. Nesse ponto o Yang acaba perdendo.
Quanto ao ambiente (modelo político), não vejo vantagem em nenhum dos dois: Reinhard teve que “driblar” uma aristocracia decadente (várias vezes com risco de morte). E o Yang sempre teve dificuldades, em relação a satisfazer a vontade de políticos corruptos (com medo de o Yang se tornar um “ditador populista”, e acabar com seus cargos), o que causava os constantes saldos negativos nas guerras.
Em questão de papéis de liderança, vale bem a frase “Eu sou eu e minhas circunstâncias (grupo/ambiente)”. Um líder não pode ser avaliado somente individualmente, mas também pelas pessoas que tem ao redor (a decisão do grupo que lidera influi em parte em suas decisões) e a situação do ambiente político em que vive (o que influi também nas suas decisões).
Portanto, como um todo, dá para se dizer que ambos estão bem equilibrados. Inclusive, esse “equilíbrio de forças” se demonstra até na hora da “vitória” do Reinhard: venceu a guerra contra a Aliança, mas não antes de ser rendido pelo Yang (que no caso, também sabia que não ia obter vitória nisso; fez isso só para ter poder de barganha no acordo de rendição).
Eu acho o contrário: acredito que o Reinhard é mais genial militarmente que o Wen-li. E não creio que tenha a ver com experiência, e sim, com a personalidade e ambição dos personagens.
O Yang é durante todo o anime extremamente racional, equilibrado e corajoso, e algo mais importante, dá grande valor a vida. Ele analisa o adversário e utiliza os erros do rival a seu favor. O objetivo dele é ganhar da melhor forma possível e ir embora para casa. Para o que era, mais um comandante do que um líder, era o suficiente. E por isso que no geral, mesmo sendo vitorioso nas batalhas, acabou perdendo a guerra.
A conformidade dele era suficiente apenas para os conflitos, levando em consideração a sua análise da personalidade do adversário e jeito de planejar a forma mais segura de lutar.
Fazendo com que, muitas vezes - não sempre logicamente, a vitória fosse igual a sobrevivência apenas.
Já o Reinhard é extremamente ousado, corajoso e ambicioso, e para ele, ou vence ou morre. Ele vai de cabeça nas batalhas, utilizando táticas, às vezes insanas, para vencer. E é por isso que eu o considero melhor. É preciso bolas de aço para jogar sua tropa de frente ao inimigo - completamente desprotegido, porque percebeu que ia ser usado de isca. Ou jogar a nave debilitada em uma explosão solar para conseguir velocidade e fugir dos inimigo e etc.
E é esse o diferencial: o Reinhard tinha a coragem de levar tudo ás últimas consequências. As estratégias do Reinhard, para mim, são a genialidade no seu ponto mais alto: imaginação para fazer o impossível se tornar possível do jeito mais arriscado.
Mesmo a derrota do Reinhard vem disso. Ele, naquele ponto, sem o Kircheis, que era equilibrado e racional como o Wen-li, só conseguia ver a anaquilação do outro ou o fim. Se o ruivo estivesse lá, o Yang teria morrido, com o próprio dizendo isso. "Se o Kircheis estivesse aqui, não estaria vendo você - mas sim sua caveira".
Em outras palavras: mesmo que o Wen-li tivesse vantagem num plano menor, o Reinhard numa visão maior da estratégia da guerra sempre foi superior. Desse modo, fez o Wen-li ficar espremido naquele globo enquanto virou o imperador do universo.
(09/10/2016, 21:11)Lonely Escreveu: Eu acho o contrário: acredito que o Reinhard é mais genial militarmente que o Wen-li. E não creio que tenha a ver com experiência, e sim, com a personalidade e ambição dos personagens.
Mas disse exatamente isso (apesar de ter sido de uma maneira implícita). O Reinhard tinha potencial e talento para derrotar ele. Mas mesmo uma ambição e talento precisam serem talhados na prática, senão fica só como potencial; coisa que ele não tinha no momento.
Quanto a questão de princípios e "fervorosidade" a eles: o Yang também tinha elas, sua ambição e princípios próprios (cumprir bem a função de militar, para poder "pagar as contas do mês", ). Ambição a princípio simples, mas é que a pessoa está enxergando isso a partir da visão do Império (que não enxerga uma função social como um "emprego", como na democracia, mas como um dever pessoal).
É preciso enxergar isso na visão democrática: o que um sistema democrático espera de um militar? No fim, o Yang, dentro de seus princípios, e dos princípios do seu próprio sistema (democracia), cumpriu (até bem demais) sua função.
Respeitou até o fim o princípio de "poder para o povo", arriscou sua vida diversas vezes, e morreu por isso. Recusou dar "golpe de estado" (virando um ditador populista), sugerido por seus colegas. Respeitava as oposições, quando o povo elegeu caras como Job Trunit. Assim, ele respeitou o princípio democrático de que "no acerto ou no erro, o povo que deve decidir". E também não é do princípio democrático que se deve respeitar e dar espaço a oposição, já que opinião e partido único é ditadura? (aquela frase clássica de Voltaire pró-democracia: "Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las".)
Reinhard como militar e estadista é superior a ele sim. Mas em questão de princípios e fidelidade a eles, os dois não devem nada. Ambos exerciam bem suas funções e respeitavam o "espírito politico" de seus sistemas.
O anime pode até ter um "10" pelo seu valor histórico, mas não merece 10. É tanta coisa que podia ser melhorada num remake, acho que já fiz até listinha aqui no tópico.
(06/12/2016, 20:17)rapier Escreveu: O anime pode até ter um "10" pelo seu valor histórico, mas não merece 10. É tanta coisa que podia ser melhorada num remake, acho que já fiz até listinha aqui no tópico.
O que eu imagino como ''ruim'' na série é só a animação, papo sério.
(06/12/2016, 20:19)Lonely Escreveu: O que eu imagino como ''ruim'' na série é só a animação, papo sério.
Não vou me repetir muito porque já tem no tópico, é só tu ler, mas...
Toda a temática sci-fi do anime precisa de atualização imediata pra anteontem. Povo viaja entre galáxias mas morre de caganeira. As lutas medievais dos cavaleiros da rosa são comédia mas não são o esperado de uma obra "no futuro distante".
As batalhas basicamente são 2D. Elas não exploram o fato de o espaço permitir livre movimentação 3D.
O anime precisa fazer uma atualização ao estilo Yamato e colocar mais mulheres na obra. É bizarro uma guerra ao estilão "99,999% da tropa é masculina".
Podiam dar uma resumida em muita coisa, tipo nos planos de Phezzan.
O lado da Aliança precisa de um maior equilíbrio, muita coisa ali ficou nas costas do Yang. Era pra ter acontecimentos mais espalhados entre o líder e os outros assim como no lado do Império.
(06/12/2016, 20:25)rapier Escreveu: Não vou me repetir muito porque já tem no tópico, é só tu ler, mas...
Toda a temática sci-fi do anime precisa de atualização imediata pra anteontem. Povo viaja entre galáxias mas morre de caganeira. As lutas medievais dos cavaleiros da rosa são comédia mas não são o esperado de uma obra "no futuro distante".
As batalhas basicamente são 2D. Elas não exploram o fato de o espaço permitir livre movimentação 3D.
O anime precisa fazer uma atualização ao estilo Yamato e colocar mais mulheres na obra. É bizarro uma guerra ao estilão "99,999% da tropa é masculina".
Podiam dar uma resumida em muita coisa, tipo nos planos de Phezzan.
O lado da Aliança precisa de um maior equilíbrio, muita coisa ali ficou nas costas do Yang. Era pra ter acontecimentos mais espalhados entre o líder e os outros assim como no lado do Império.
1: Válido, mas não me incomoda. A medicina ser normal não faz ter o aparecimento de lombras, tipo alguém ter tomado uma espada no meio do coração e reviver porque ''ah temos um tecnologia aqui que só existe aqui então o Yang vai continuar vivo pq sim''
2: Você pode explicar? Porque naquela imagem em inglês que postaram no tópico eu não consegui entender direito. Meu inglês é meio ruim.
3: Válido.
4: Eu gosto do detalhismo de LotGH. É como se você estivesse lendo um livro de história (a intenção da obra é essa), então essas minuncias são importantes.
5:O sistema democrata já estava em derrocada, então não faz diferença para mim.
(06/12/2016, 20:33)Lonely Escreveu: 1: Válido, mas não me incomoda. A medicina ser normal não faz ter o aparecimento de lombras, tipo alguém ter tomado uma espada no meio do coração e reviver porque ''ah temos um tecnologia aqui que só existe aqui então o Yang vai continuar vivo pq sim''
Povo tem armas laser portáteis há eras e não tem escudos de energia? A morte do Kircheis foi ridícula pra tecnologia da época.
(06/12/2016, 20:33)Lonely Escreveu: 2: Você pode explicar? Porque naquela imagem em inglês que postaram no tópico eu não consegui entender direito. Meu inglês é meio ruim.
Tu não notou que o anime representa as batalhas usando mapas planos? O eixo Z só serve pra amontoar tropas umas em cima das outras, nada mais é feito que use a tridimensionalidade do lugar. Por exemplo, imagine uma guerra na Terra onde todo mundo pode voar, mas ninguém voa porque não vale usar o eixo Z...
(06/12/2016, 20:33)Lonely Escreveu: 4: Eu gosto do detalhismo de LotGH. É como se você estivesse lendo um livro de história (a intenção da obra é essa), então essas minuncias são importantes.
É um detalhismo válido pra época mas atualmente fica cansativo, e é repetitivo. "Phezzan é do mal" é repetido a esmo.
(06/12/2016, 20:33)Lonely Escreveu: 5:O sistema democrata já estava em derrocada, então não faz diferença para mim.
Falei de equilíbrio de ação, de acontecimentos. Boa parte das coisas que ocorriam envolvendo a Aliança eram centradas no Yang, os outros personagens eram bem mais figurantes que a galera do Império.
O anime é tão 2D nas batalhas que o povo consegue ficar encurralado no espaço, tipo no ep. 16... era possível vir uma frota pela frente e outra por trás e com isso "encurralar" a frota aliada...
(06/12/2016, 20:37)rapier Escreveu: Povo tem armas laser portáteis há eras e não tem escudos? A morte do Kircheis foi ridícula pra tecnologia da época.
Tu não notou que o anime representa as batalhas usando mapas planos? O eixo Z só serve pra amontoar tropas umas em cima das outras, nada mais é feito que use a tridimensionalidade do lugar. Por exemplo, imagine uma guerra na Terra onde todo mundo pode voar, mas ninguém voa porque não vale usar o eixo Z...
É um detalhismo válido pra época mas atualmente fica cansativo, e é repetitivo. "Phezzan é do mal" é repetido a esmo.
Falei de equilíbrio de ação, de acontecimentos. Boa parte das coisas que ocorriam envolvendo a Aliança eram centradas no Yang, os outros personagens eram bem mais figurantes que a galera do Império.
1: Então, mas o que seria esse escudo? Alguma coisa autônoma que protegesse o dono? Algum laser que protegesse contra um tiro da arma a laser? A questão é essa: eu entendo o seu ponto, mas o fato de não ter esse tipo de tecnologia avançada que não faz ter renascimentos ou curas milagrosas. Dá pé no chão. Não me incomoda no todo.
2: Entendi.
3: Entendo seu ponto, mas discordo. Acredito no mesmo que disse no 4 post passado.
4:É... bem, alguns generais, por exemplo, deveriam ter tido mais participação mesmo. Válido.
O anime precisa fazer uma atualização ao estilo Yamato e colocar mais mulheres na obra. É bizarro uma guerra ao estilão "99,999% da tropa é masculina".
Podiam dar uma resumida em muita coisa, tipo nos planos de Phezzan.
Não pra essas duas coisas, anime já tem bastante mulher e criança, se colocar mais vira gundam com os dramas desnecessários, guerra é coisa pra homem em qualquer era na minha.
Acho que Phezzan ficará bem como está.