Patlabor WXIII
(Madhouse 2001)
OUTRO EPISÓDIO DE MONSTRO MARINHO!!!
Alguém tem que ir para o tribunal por isso.
Fazia tempo que eu não assistia a um filme da Madhouse daquela época, animação muito bonita, bem típica daquela fase do estúdio. Não há nada de excepcional no entanto, diria. A qualidade e consistência faz com que nenhuma cena se destaque muito dos outras.
Sobre o filme, outro dia eu estava pensando no filme 2, e sobre o que afinal ele é. Ele tem algum tema claro E real? Alguma mensagem? Talvez sim, eu diria que sim, consigo sentir algumas coisas vindo de lá, e ele explicita alguns pontos. Este filme 3, tem algum tema e mensagem? Não consigo dizer que tenha. Na história você tem elemento de trama tópica de militares mancomunados com alguma corporação e uma encobrindo e protegendo o outro em uma colaboração que de parcialmente errado. Detetives investigam, há um clímax para resolver a situação, assunto morre.
O plot adicional é algo mais pessoal, com a cientista que deu origem ao problema. Só que o que quer dizer? As ações dela foram motivadas pela incapacidade de superar a morte da filha, mas aonde é que ela queria chegar com aquilo? Por que ela precisava usar as células da filha e criar aquele monstro? Ela mesma não sabe as respostas, entendo isso, mas não havia outras opções melhores? No fim ela conseguiu nada daquilo, apenas piorou a situação, fazendo e vendo a filha morrer novamente. Algo que não pude deixar de pensar sobre isso é que pela época em que a história do filme se passa, e pela época em que o filme foi realizado, não seria uma opção muito melhor para ela clonar a filha? Já não seria viável fazer isso? Daí que digo, o que o filme queria dizer com essa trama?
Comentando sobre detalhes mais específicos sobre isso, qual a relevância de mostrar que o mostro era fêmea? E tinha seios desenvolvidos? Qual a significância disso?
O estilo visual do filme é semelhante aos filmes anteriores da série, há algum significado e relação entre a trama e as imagens mostradas? Eu não consegui sentir isso em momento nenhum.
Notei um padrão e preferência por mostrar imagens da cidade que contrastem o novo com o velho. Fora a cidade estar em processo de expansão, se tornar uma nova cidade com toda aquela história do Projeto Babilônia que se arrasta por anos, e naturalmente detetives se meterem em cantos e recantos obscuros da cidade para procurar pistas e pessoas sobre os casos que investigam, essas imagens do antigo tem alguma relevância nesse caso? Talvez a ideia de a cidade estar se expandindo para o mar, acabando com o mar, enquanto resiste a se livrar de suas partes obsoletas o que tiraria a necessidade dessa expansão tão radical é um paralelo com a situação da cientista, que não aceita a perda de algo e compensa daquela forma radical e absurda ao invés de inciar algo novo, com uma nova família?
Talvez... mas forçado demais para fazer sentido e minimamente plausível.
Fora isso é um filme de alto nível em todos os aspectos.
Apesar de que por ser um Patlabor muito podem se incomodar com a ausência dos personagens clássicos que mal aparecem e bem próximo ao final. Mesmo assim, o filme não foi diferente de outros da série, que também são em maioria investigação lenta e pouca ação.