[Zefiris]

O ainda hipotético sucesso dos ucranianos em sua contra-ofensiva em Kherson pode acabar sendo nocivo para eles próprios a médio prazo, pois um urso encurralado é de uma teimosia ímpar.

Se as forças ucranianas recapturassem Kherson e outras áreas próximas à fronteira com a Crimeia, teriam um incentivo para negar o uso da base naval de Sebastopol na Crimeia como um santuário seguro do qual as forças russas poderiam continuar seu bloqueio ao comércio de exportação da Ucrânia. Se esses ataques aumentarem, especialmente se vistos como um precursor de uma invasão em grande escala da Crimeia, isso poderia levar a um perigo crescente de que a Rússia recorra a uma ameaça de escalada nuclear.

A perda de Donbas seria muito menos impactante do que a perda da Crimeia. Até 1954, quando foi transferido para a Ucrânia, fazia parte do Império Russo desde 1783. Nos últimos oito anos, sua sociedade foi reestruturada para se tornar parte da Rússia. E é o lar da frota russa do Mar Negro. A perspectiva de sua perda por meio de ação militar seria muito mais provável de ser vista como um desafio fundamental à própria integridade territorial da Rússia.

Sim, o uso real de armas nucleares – mesmo em escala muito limitada – incorreria em enormes riscos para a Rússia. Mas a tendência é que a Rússia vá se apegar a Crimeia até as últimas consequências.

[Lonely]

O ainda hipotético sucesso dos ucranianos em sua contra-ofensiva em Kherson pode acabar sendo nocivo para eles próprios a médio prazo, pois um urso encurralado é de uma teimosia ímpar.

Se as forças ucranianas recapturassem Kherson e outras áreas próximas à fronteira com a Crimeia, teriam um incentivo para negar o uso da base naval de Sebastopol na Crimeia como um santuário seguro do qual as forças russas poderiam continuar seu bloqueio ao comércio de exportação da Ucrânia. Se esses ataques aumentarem, especialmente se vistos como um precursor de uma invasão em grande escala da Crimeia, isso poderia levar a um perigo crescente de que a Rússia recorra a uma ameaça de escalada nuclear.

A perda de Donbas seria muito menos impactante do que a perda da Crimeia. Até 1954, quando foi transferido para a Ucrânia, fazia parte do Império Russo desde 1783. Nos últimos oito anos, sua sociedade foi reestruturada para se tornar parte da Rússia. E é o lar da frota russa do Mar Negro. A perspectiva de sua perda por meio de ação militar seria muito mais provável de ser vista como um desafio fundamental à própria integridade territorial da Rússia.

Sim, o uso real de armas nucleares – mesmo em escala muito limitada – incorreria em enormes riscos para a Rússia. Mas a tendência é que a Rússia vá se apegar a Crimeia até as últimas consequências.

A chance de ter uma guerra nuclear é grande? Eu não consigo conceber isso, de uma dia para outro Paris, Londres, Moscou e Nova Iorque somem do mapa.

[Zefiris]

A chance de ter uma guerra nuclear é grande? Eu não consigo conceber isso, de uma dia para outro Paris, Londres, Moscou e Nova Iorque somem do mapa.

Grande não é, mas não é desprezivel a depender do que ocorra em volta da Crimeia.

[Zefiris]

- A tática do ‘caldeirão’ da Rússia pode estar inclinando a batalha de Donbas a seu favor
https://www.forte.jor.br/2022/05/29/a-ta...seu-favor/

[...]O problema fundamental da Ucrânia é que, embora possa ter combatido os ataques a Kyiv e Kharkiv na primeira fase da guerra de três meses, não conseguiu reverter os ganhos territoriais da Rússia no sul e no leste.

Isso significa que sofreu perdas humanas e econômicas muito maiores do que a Rússia. Quase 13 milhões de pessoas foram deslocadas pelos combates, estima a ONU. Sua economia deve cair 45% este ano, segundo o Banco Mundial, e o país não consegue equilibrar suas contas. Suas exportações estratégicas de grãos – 99% dos quais costumavam viajar por portos bloqueados ou mantidos pela Rússia – estão em silos onde 22 milhões de toneladas correm o risco de apodrecer.

Enquanto isso, pode ter levado três meses para a Rússia tomar o porto de Mariupol, arruinando e despovoando a cidade no processo, mas esta semana os caça-minas estavam limpando as praias e o porto, que Moscou espera reabrir para criar uma nova linha de abastecimento da Rússia para o sul ocupado.

Uma ameaça para a Ucrânia continua sendo a fadiga ocidental, ou uma perda de unidade, principalmente se uma guerra em grande parte estagnada se arrastar para o próximo ano. Países tradicionalmente menos hostis à Rússia podem seguir a sugestão do veterano diplomata Henry Kissinger na cúpula de Davos nesta semana, para considerar pressionar a Ucrânia a concordar a fazer uma partição.[...]

[Zefiris]

Fui ver por onde anda a fragata Admiral Makarov - que fizeram alarde que afundou mas continua operacional - e parece que se tornará a nova nau capitânia da frota russa do Mar Negro.
https://www.navalnews.com/naval-news/202...sea-fleet/

[Zefiris]

O Ministério da Defesa da Rússia publicou um vídeo alegando a destruição de vários canhões FH70 de 155 mm entregues pela Itália. O vídeo me pareceu inconclusivo, mas nas palavras deles, foram destruídos.

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Nas últimas horas, os restos de um Mi-35MS russo e um Su-25 ucraniano apareceram no Twitter. Mas é difícil verificar se é material recente ou de aeronaves já derrubadas anteriormente.

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Os Estados Unidos assinaram um contrato com a Raytheon para adquirir 1.468 manpads Stinger, com entregas a serem concluídas em junho de 2026. Em abril foi relatado que a substituição dos Stinger entregues à Ucrânia levaria 5 anos.

[Zefiris]

Tem circulado alguns videos do TOS-1A em ação nos últimos dias. Pode-se dizer que são bonitas as explosões dos foguetes termobáricos. Ao menos para quem observa do outro lado do mundo. Para quem está próximo delas, deve ser o inferno na terra.

Abaixo um infográfico a respeito:



Não há trincheira que salve seus pulmões disso.

[Zefiris]

Já falei mais de uma vez que tirar o Putin do poder não é nenhuma panaceia, seja para o Ocidente, seja para o próprio povo russo.

E minutos atrás me deparei com um texto a respeito:
- A ‘Rússia depois de Putin’ não será nada apreciada pelo Ocidente
https://www.forte.jor.br/2022/05/31/a-ru...-ocidente/

[Zefiris]

Nas redes sociais às vezes se reclama do material da era soviética doado a Ucrânia, vide os canhões 2S1 Gvozdika (década de 70) doados pela Polônia.
Mas percebi agora que Portugal deu 5 canhões M114A1 para a Ucrânia. Em vez da URSS é EUA, mas isso é da Segunda Guerra Mundial.

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Há relatos de artilharia M777 e FH70 sendo destruídos por drones ou fogo de contrabateria dos russos, mas não pude verificar a autenticidade disso e tampouco sei dizer a quantidade que teria sido perdida. Mas algumas perdas estaria dentro do normal em qualquer guerra.

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A Rússia parece se aproximar a 2.600 mísseis usados contra a Ucrânia.
E, aparentemente, as fábricas de produção de mísseis começaram a fazer turnos triplos, além de abrir 500 vagas de emprego.

[Zefiris]

Esse avanço ucraniano em Kherson...

Pontes podem ser destruídas. E tempos atrás eu até disse sobre o que parecia engenheiros russos colocando explosivos sob uma delas.
Esperar que isso não seja premeditado por parte da Rússia...

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A Rússia de hoje não é igual ao da época de atuação do NKVD, mas também não é tão diferente assim.

No fim do dia, o soldado na guerra é como um grão de areia na praia. As ondas passam por cima dele, sugando-o, e o jogam de novo, para torná-lo a sugá-lo, desaparecendo sem que ninguém repare nele ou se importe com ele.