Kidou Senshi Gundam: Cucuruz Doan no Shima

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33 respostas neste tópico
 #21
Mais cenas do filme.
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 #22
[Imagem: PZCTybw.jpg]

Se for contar com as crianças na ilha do cuscuz fazia é tempo que não via tanta criança em anime.

O filme podia ter uns 20-30 minutos a menos. Anime sem criança é anime melhor.
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 #23
Gostei pra caramba do filme. Sinto que fizeram um bom trabalho em contextualizar pra quem não viu o original, com uns flashbacks aqui e ali, mas que pra muita gente vai parecer um filme potencialmente desnecessário. Pra mim, foi uma oportunidade de rever os personagens que eu gostava com uma abordagem revisada e profundamente nostálgica. Adorei o uso das trilhas do original e as músicas de combate.

Sobre o filme em si. No geral muito bonito. Gosto da temporalidade da narrativa ter uma passagem de tempo clara, que dá a sensação de que você está conhecendo a ilha com o Amuro. Se tem algo que aprecio bastante nas coisas novas da UC, é como tudo tem impacto. As pessoas são feitas de carne e osso. Um personagem vai sentir um soco, vai se cansar de uma longa viagem e andar desajeitado com o peso sobre as pernas. Os mechas vão danificar a paisagem, suas carcaças vibram e impõem peso. São preocupações que ficam bem evidentes no combate na cidade em Gundam Hathaway e acho que agrega muito quando a história tem esse objetivo tão claro de te transportar para um momento, em vez de avançar de forma imediatista através de cortes ao essencial, como tem sido com tanta coisa moderna por causa da forma como a gente consome conteúdo.

Gosto de como o combate é cru e, quando o Gundam entra em cena, não dura mais do que deveria, visto que naquele ponto da história o Amuro já é um piloto bem superior. Acho que retrataram bem como ele não hesita em matar, mas não se sente bem com isso. Pra mim todo o filme é uma construção para chegar a esse climax, dando muito mais valor à cena quando o Gundam aparece na colina, com a OST do original que rapidamente muda para algo mais moderno. Como fã, confesso que fiquei arrepiado nessa parte. Uma mistura do clássico e do novo, que pra mim faz justiça ao legado da UC e ao Gundam original, que não era especialmente sombrio como sua sequência e tenta de forma geral concluir em tons mais otimistas e anti-guerra. Uma ótima mensagem a se deixar pra trás em se tratando de provavelmente o último trabalho no legado do Yoshikazu, que há não tanto tempo entregou o The Origin, mangá e OVAs. Seguindo sua visão da franquia até o fim como desenhista e diretor. Fica a vontade de ver um dia o mangá completamente adaptado com o mesmo cuidado que ele teve com esse filme.
1 usuário curtiu este post: Ash_
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 #24
O filme podia ter uns 20 minutos a menos e ainda manter o clima enrolado, que era o objetivo (enrolar um ep. só do anime original).

(21/06/2022, 22:44)Opeth Escreveu: Uma mistura do clássico e do novo, que pra mim faz justiça ao legado da UC e ao Gundam original, que não era especialmente sombrio como sua sequência e tenta de forma geral concluir em tons mais otimistas e anti-guerra.

Eu vejo esse tom mais otimista como parte do problema "por que não fazem um remake total do Gundam 0079", e o filme me deu uma explicação pro motivo.

O clima da White Base é muito casa da mãe Joana. Não tem nada a ver com os outros Gundams (os que eu vi ao menos), destoa muito do que a Sunrise fez depois. Tem mais a ver com Eureka 7 e outros shonens mais puros. Até um Gundam X que tem equipe Rocket e é shonen de gritaria tenta ser menos pastelão nisso.

O próprio clima do filme do Cuscuz é esquisito, é como se não levassem a guerra a sério e a disputa Federação-Zeon fosse uma rodada de War num tabuleiro sem consequências. O Origin OVA era mais coerente em clima por ser uma seleção pinçada de acontecimentos mais sérios com o cara mais sério, o Char.
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 #25
(22/06/2022, 12:20)rapier Escreveu: O filme podia ter uns 20 minutos a menos e ainda manter o clima enrolado, que era o objetivo (enrolar um ep. só do anime original).


Eu vejo esse tom mais otimista como parte do problema "por que não fazem um remake total do Gundam 0079", e o filme me deu uma explicação pro motivo.

O clima da White Base é muito casa da mãe Joana. Não tem nada a ver com os outros Gundams (os que eu vi ao menos), destoa muito do que a Sunrise fez depois. Tem mais a ver com Eureka 7 e outros shonens mais puros. Até um Gundam X que tem equipe Rocket e é shonen de gritaria tenta ser menos pastelão nisso.

Cara, acho nada a ver essa correlação de tom com remake. O tom do mangá é bem adequado aos novos da UC. Não vou tentar especular o motivo de não ter um remake, porque seriam só teorias minhas.

Acho que não ficou claro o que falei por otimismo. Um remake do 79 funcionaria bem. O Origin mangá é a exata vibe dos OVAs, que tem o mesmo tom desse filme também, a diferença aqui é só enredo. O original tem seus momentos icônicos e sua dose de mortes, quando falo de ser mais positivo, é em relação ao pessimismo do Zeta, que tem uma taxa de mortes e tragédias maior e uma visão constante de que as coisas não mudam. O The Origin (ova) não se encaixa no mesmo pessimismo, e é até bem cartunesco em vários trechos. A ascenção do Char nos ovas é uma subida de poder que te faz torcer pela vingança dele, com direito a frases de efeito como "deus, se ajoelhe", não um arco trágico como Thunderbolt/Zeta/Hathaway onde o povo constantemente se fode. Os dois estilos coexistem bem na UC, são visões e personalidades diferentes em situações distintas. O mais farofa de todos sendo o ZZ. Mas quando adaptam algo do 79, faz mais sentido o tom do The Origin e desse filme.

Pra mim, sobre a WB, A Argama no Zeta e ZZ era mais casa da mãe joana, porque todo episódio alguém
roubava um gundam, nave ou etc, pelo fato da cadeia de comando ser frouxa. A cadeia de comando da White Base era mais estruturada, por isso as cenas do Bright batendo em todo mundo. Os personagens vão presos com frequência por desobedecer ordens. A diferença é que ela era formada por muitos amadores e transportava um grupo de crianças por causa da situação original de fuga. O Zeta tenta forçar isso colocando crianças lá, mas não faz sentido nenhum no contexto. Pra mim a sunrise segue alimentando as coisas modernas nos moldes do gundam original. O Lelouch tem um arco parecido com o Char. Os personagens de Ryvius são prisioneiros em uma nave cheia de amadores como a WB, achar exemplos é fácil. Não percebo o mesmo destom que você falou, tendo visto o original.
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 #26
Eu comparo o Gundam Cuscuz com os que vi. Não vi UC original (79/Z/ZZ/CCA), logo pra mim o Cuscuz me parece mais Eureka 7 do que Gundam.

Ou melhor, dizem que depois desse ep. do Cuscuz (é mais ou menos o 15? 19?) o 0079 muda de rumo e fica menos zoado... talvez eu apenas vi as sequelas dessa mudança?
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 #27
(22/06/2022, 15:05)rapier Escreveu: pra mim o Cuscuz me parece mais Eureka 7 do que Gundam

Eita porra. Que incentivo pra não ver isso.
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 #28
(22/06/2022, 15:06)M3troid Escreveu: Eita porra. Que incentivo pra não ver isso.

Estou falando mal de algo pontual, no geral o filme é bom. Mas não vá esperando um filme de ação frenética, ele tem mais a ver com o esquema do Hathaway.

Por exemplo, algo bom desse filme é que ele foge do template cansativo da Sunrise pra séries (até por ser um filme Cry ) como falei em https://anime-forum.info/showthread.php?...#pid449615.
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 #29
Belo filme, se eu tiver um rank dos melhores filmes da franquia este certamente está ali no top 3. Foi muito bom rever Amuro e sua trupe, com o vovô refeito e em ação Também gostei muito da atmosfera tranquila de interior, meio primitiva/pós apocalíptica, sem tanto foco em estratégias e artimanhas do maligno. Depois devo rever o episódio pra fazer uma comparação, mas pelo que me lembro parece fiel na maior parte do tempo.
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 #30
(22/06/2022, 15:05)rapier Escreveu: Eu comparo o Gundam Cuscuz com os que vi. Não vi UC original (79/Z/ZZ/CCA), logo pra mim o Cuscuz me parece mais Eureka 7 do que Gundam.

Ou melhor, dizem que depois desse ep. do Cuscuz (é mais ou menos o 15? 19?) o 0079 muda de rumo e fica menos zoado... talvez eu apenas vi as sequelas dessa mudança?

19. Gundam 79 era para ter 50 episódios, só que o vôvô deu muito tempo de tela para o Amuro ser emo até que cancelaram parte da produção e o anime ficou 100% focado na guerra para ter um final fechado com 39 episódios. O Gundam Z, se aproveitando do sucesso estrondoso da segunda parte do 79, deu mais tempo de tela para o povo sofrer, sem correr o risco de ser cancelado.
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