Ping Pong the Animation

Tópico em '2014' criado por martec em 17/01/2014, 04:31.
Páginas (4): 1 2 3 4
31 respostas neste tópico
 #31
Ping Pong the Animation é um anime decente e que vale a pena ver de novo. É um "estudo" anímico bem-sucedido. A história é simples, curta, verossímil e agradável, e serve para mostrar que dá para fazer anime com qualquer assunto e mesmo assim torná-lo interessante para o grande público. A arte é medíocre para ruim, mas não é nada tão ruim que uma história razoável não compense, e a música é mediana; no geral dá para entender a ideia. O anime fala basicamente de vocação e diversão.

Alguns personagens levavam o ping pong a sério de mais enquanto jovens, e outros nem tanto assim. No final do anime, já homens, muitos continuam a jogar ping pong como hobby, por diversão, sem nenhuma pretensão profissional, enquanto outros seguem carreira nesse esporte. O final até que foi imprevisível e satisfatório. Personagens excepcionais no ping pong não se tornaram jogadores e foram fazer outra coisa da vida, enquanto outros não tão bons assim no começo da história acabaram virando jogadores de ping pong. Não consegui imaginar um final melhor. Talvez ficaram faltando umas cenas sobre as profissões de alguns personagens. Por exemplo, podiam mostrar umas cenas de alguns deles trabalhando, felizes, como bombeiro, comerciante, policial ou cozinheiro, para mostrar mais claramente que a vida não acaba aos 18 anos quando você fracassa em ser um jogador de ping pong de elite. A cena final do último jogo e a fotografia dos vencedores do torneio no pódio foi bem emocionante.

Assim como Death Note, foca-se bastante no monólogo interno dos personagens que estão sempre pensando na melhor maneira de derrotar o adversário durante as partidas de ping pong, mais ou menos como na cena do Light e do L jogando tênis na universidade. Isso é muito divertido, principalmente quando são pensamentos lógicos que pessoas normais de carne e osso teriam no lugar dos personagens. Não vejo muita graça em acompanhar pensamentos que não poderiam de forma alguma ser concebidos por uma pessoal normal no mundo real: "Droga! Estou encurralado numa situação de perigo. O que devo fazer? Ah, já sei: vou aplicar um Kamerramerrá e depois eu emendo com um Rasêngan!" No PPTA isso não acontece: os pensamentos são aparentemente bem sóbrios, tratam de assuntos técnicos do jogo, "estilos", tipos de raquete, formas de bater com a raquete na bolinha, sentimentos de vitória ou derrota etc. São pensamentos que devem ser bem comuns entre os praticantes de ping pong que têm algum treinamento mais técnico.

Eu gostei mais dos personagens secundários Sakuma e Egami. O primeiro era um ingênuo que mesmo sem talento e estrutura óssea tentava compensar suas debilidades físicas com trabalho duro e dedicação. O segundo era um esquisitão típico mas lúcido, sem muito talento para ping pong e indeciso sobre o que fazer da vida. Os treinadores Koizumi, Tamura e o treinador do Wenge também são bastante agradáveis e agem conforme suas idades e funções, são praticamente a voz da razão. Peko e Tsukimoto, os personagens supostamente principais, são ridiculamente talentosos, para variar; e suas personalidades são extremamente forçadas e totalmente fora do comum. Não consigo imaginar como alguém é capaz de gostar de personagens assim, perfeitos. Esses exageros me incomodam bastante a ponto de eu gostar mais dos personagens secundários. Mas gostei do destino final de ambos. Quanto ao Kazama, a ideia era boa: o jogador disciplinado que treina 24 horas por dia, 7 dias por semana, que sofre pressão social e joga igual a uma máquina. Mas a execução não é tão boa. A começar pela aparência dele. 

As imagens são ligeiramente desfiguradas mas bem coloridas e vivas. A abertura é bem animada. Não é muito do meu gosto. Não sei nem se combinou muito com o anime. A trilha sonora, efeitos sonoros e vozes são minimamente apropriados, e o encerramento é enjoativo. A voz do Wenge é bem marcante, um chinês com emoção, contrastando com o japonês dos outros personagens. Um belo ponto positivo.

Gostei desse anime. Sem falar que, por eu já ter jogado um pouco de ping pong, deu muita vontade de voltar a jogar, pelo menos para aprender alguns truques. Quem entende de ping pong deve ter se identificado bastante com esse anime. Tênis de mesa é muito divertido. Só de olhar talvez não pareça, mas é. A mensagem final do anime é boa: nem tudo na vida é sobre vencer e ser o melhor; às vezes se divertir basta.
Responder
 #32
É um anime de drama (muito mais do que de esporte) bem comovente e com uma direção primorosa. O lado negativo é o baixo orçamento com o qual foi produzido. Por isso que não dou nota 10 pra ele, mas recomendo muito. Um dos melhores da década. 

(12/07/2019, 11:38)Peregrino Escreveu: Ping Pong the Animation é um anime decente e que vale a pena ver de novo. É um "estudo" anímico bem-sucedido. A história é simples, curta, verossímil e agradável, e serve para mostrar que dá para fazer anime com qualquer assunto e mesmo assim torná-lo interessante para o grande público. A arte é medíocre para ruim, mas não é nada tão ruim que uma história razoável não compense, e a música é mediana; no geral dá para entender a ideia. O anime fala basicamente de vocação e diversão.

Alguns personagens levavam o ping pong a sério de mais enquanto jovens, e outros nem tanto assim. No final do anime, já homens, muitos continuam a jogar ping pong como hobby, por diversão, sem nenhuma pretensão profissional, enquanto outros seguem carreira nesse esporte. O final até que foi imprevisível e satisfatório. Personagens excepcionais no ping pong não se tornaram jogadores e foram fazer outra coisa da vida, enquanto outros não tão bons assim no começo da história acabaram virando jogadores de ping pong. Não consegui imaginar um final melhor. Talvez ficaram faltando umas cenas sobre as profissões de alguns personagens. Por exemplo, podiam mostrar umas cenas de alguns deles trabalhando, felizes, como bombeiro, comerciante, policial ou cozinheiro, para mostrar mais claramente que a vida não acaba aos 18 anos quando você fracassa em ser um jogador de ping pong de elite. A cena final do último jogo e a fotografia dos vencedores do torneio no pódio foi bem emocionante.

Assim como Death Note, foca-se bastante no monólogo interno dos personagens que estão sempre pensando na melhor maneira de derrotar o adversário durante as partidas de ping pong, mais ou menos como na cena do Light e do L jogando tênis na universidade. Isso é muito divertido, principalmente quando são pensamentos lógicos que pessoas normais de carne e osso teriam no lugar dos personagens. Não vejo muita graça em acompanhar pensamentos que não poderiam de forma alguma ser concebidos por uma pessoal normal no mundo real: "Droga! Estou encurralado numa situação de perigo. O que devo fazer? Ah, já sei: vou aplicar um Kamerramerrá e depois eu emendo com um Rasêngan!" No PPTA isso não acontece: os pensamentos são aparentemente bem sóbrios, tratam de assuntos técnicos do jogo, "estilos", tipos de raquete, formas de bater com a raquete na bolinha, sentimentos de vitória ou derrota etc. São pensamentos que devem ser bem comuns entre os praticantes de ping pong que têm algum treinamento mais técnico.

Eu gostei mais dos personagens secundários Sakuma e Egami. O primeiro era um ingênuo que mesmo sem talento e estrutura óssea tentava compensar suas debilidades físicas com trabalho duro e dedicação. O segundo era um esquisitão típico mas lúcido, sem muito talento para ping pong e indeciso sobre o que fazer da vida. Os treinadores Koizumi, Tamura e o treinador do Wenge também são bastante agradáveis e agem conforme suas idades e funções, são praticamente a voz da razão. Peko e Tsukimoto, os personagens supostamente principais, são ridiculamente talentosos, para variar; e suas personalidades são extremamente forçadas e totalmente fora do comum. Não consigo imaginar como alguém é capaz de gostar de personagens assim, perfeitos. Esses exageros me incomodam bastante a ponto de eu gostar mais dos personagens secundários. Mas gostei do destino final de ambos. Quanto ao Kazama, a ideia era boa: o jogador disciplinado que treina 24 horas por dia, 7 dias por semana, que sofre pressão social e joga igual a uma máquina. Mas a execução não é tão boa. A começar pela aparência dele. 

As imagens são ligeiramente desfiguradas mas bem coloridas e vivas. A abertura é bem animada. Não é muito do meu gosto. Não sei nem se combinou muito com o anime. A trilha sonora, efeitos sonoros e vozes são minimamente apropriados, e o encerramento é enjoativo. A voz do Wenge é bem marcante, um chinês com emoção, contrastando com o japonês dos outros personagens. Um belo ponto positivo.

Gostei desse anime. Sem falar que, por eu já ter jogado um pouco de ping pong, deu muita vontade de voltar a jogar, pelo menos para aprender alguns truques. Quem entende de ping pong deve ter se identificado bastante com esse anime. Tênis de mesa é muito divertido. Só de olhar talvez não pareça, mas é. A mensagem final do anime é boa: nem tudo na vida é sobre vencer e ser o melhor; às vezes se divertir basta.

Não acho a arte do anime ruim ou medíocre, na verdade ela é bem destacável até (e feia propositalmente em vários momentos), porém, o anime foi animado com baixo orçamento, então as cenas que eram feias de propósito também tinham um toque involuntário a mais que contribuía com a feiura.

Por sorte, teve coisa arrumada no bluray.
Responder
Páginas (4): 1 2 3 4

Usuários visualizando este tópico: 1 Visitantes