[Zefiris]

Quando começam a falar ou insinuar que os russos estão atingindo alvos civis com mísseis Tochka, precisamos levar 2 coisas em consideração:

1- As fotos mostram a parte de propulsão do míssil. Enquanto a ogiva se separa do corpo principal para atingir o alvo, o restante pode cair em qualquer lugar aleatório entre o local de disparo e o alvo.
2- O Tochka (SS-21 Scarab no codinome da OTAN) na Síria está sendo usado pelo próprio governo. Os russos não estão fazendo uso dele na região.



E parece que o governo sírio, com o apoio russo, tem reconquistado bastante território nos últimos dias. Então quando os rebeldes começam a falar de acordo de paz, é pura ladainha de quem está sofrendo com a virada na maré da guerra. O intuito deve ser o mesmo usado desde a Roma Antiga, que é reagrupar e voltar a atacar quando se sentir forte o suficiente. Pois tempos de paz existem para se preparar para a próxima guerra.

[Zefiris]

http://www.spiegel.de/politik/ausland/sy...78295.html

O ministro das Relações Exteriores saudita, Adel al-Jubeir, disse que irá fornecer mísseis anti-aéreos para a oposição moderada na Síria.

------
Bem, se for portáteis, não fará diferença nenhuma para os russos que atacam a partir de 5.000 metros de altura para não correr risco com eles. E os Mi-24 russos já convivem diariamente com esses tipos, sem ter sofrido baixas até o momento. Embora a defesa deles é focada nos que são guiados por inflavermelho.

[Zefiris]

Pode não ter maiores significados, mas a Rússia andou enviando caças Mig-29 para a Armênia; uma ex-república soviética que faz fronteira com a Turquia e que ainda come na mão de Moscou.


Uma coisa interessante que se vê recentemente na Síria e seu entorno é equipamento para coleta de informações eletrônicas (como radares) e de comunicações. Não apenas foi visto dias atrás o novo avião russo de reconhecimento Tupolev Tu-214R, como no domingo foi visto o Priazove (navio SIGINT da classe Vishnya) rumando para o Mediterrâneo.

[BinSlashBash]

@Zefiris, uma curiosidade aqui.

Os mísseis ar-terra geralmente usados para interceptar mísseis balísticos, eles tem um nível de precisão ou um padrão de quantas interceptações eles conseguem fazer com sucesso ou eles usam outra unidade de medida para a eficiência deste tipo de defesa?

[BinSlashBash]

Interessante uma imagem perdida que achei aqui.

[Zefiris]

Ontem a Coreia do Norte lançou dois SRBM (míssil balistico de curto alcance) Hwasong-6 (versão norte-coreana do Scud-C soviético). Foram lançados da provincia de Hwanghae em direção ao porto de Wonsan na costa oriental. Percorrendo uns 500 km; o que condiz com o alcance teórico do míssil:

http://english.yonhapnews.co.kr/national...0315F.html




Em 2006 era estimado que a Coreia do Norte tivesse cerca de 600 mísseis Hwasong-6 e de seus primos próximos (modelo 5 e 7).

Considerando sua baixa acurácia (CEP de 1.000 metros), não acho que seja útil para atacar alvos militares. Ao menos enquanto usando ogiva convencional. Embora possa ser útil para causar temor na população civil ou tentar saturar a defesa anti-míssil do adversário. O que me lembra que a Coreia do Sul tem os destróieres da classe Sejong the Great usando o sistema Aegis usado pelo Arleigh Burke americano. Mas sendo maior que esse, e carregando 32 mísseis a mais (128 no total, contra 96 do navio americano).

@Zefiris, uma curiosidade aqui.

Os mísseis ar-terra geralmente usados para interceptar mísseis balísticos, eles tem um nível de precisão ou um padrão de quantas interceptações eles conseguem fazer com sucesso ou eles usam outra unidade de medida para a eficiência deste tipo de defesa?

Os mísseis antiaéreos da marinha americana com capacidade antibalístico não têm capacidade hit to kill, ou seja, incapazes de impacto direto com o alvo, tendo espoleta de proximidade e uma ogiva explosiva (de 115 kg). Não é o ideal para deter um veículo de reentrada que despenca a mais de Mach 10, mas parecem considerar satisfatórios para a maioria dos cenários.


Mas diferindo do SM-2 Block IV e SM-6, o SM-3 é específico para a função antibalístico e com capacidade exoatmosférica (atingir o alvo fora da atmosfera). É basicamente um veículo de destruição cinético que sequer tem ogiva. A própria energia cinética decorrente da somatória do impacto dos dois objetos é capaz de vaporizar o alvo.

De todo modo, não sei as entrelinhas de como os americanos e os russos fazem suas estimativas para a eficiência dos mísseis. Posso chutar que usam modelos de computador.

---

A propósito, durante as 2 semanas que fiquei sem computador (placa-mãe morreu), eu estive relendo o livro Fênix Vermelha do autor Larry Bond. A história nos contra sobre uma hipotética segunda guerra da Coreia, com o Norte invadindo o Sul. No final do livro, os chineses atiçam uma facção norte-coreana para matar seu Grande Líder e acabar com a guerra

[Zefiris]

Com a Rússia se retirando da Síria - http://www.valor.com.br/internacional/44...erca-feira - chegou a hora do Putin focar na Ucrânia. Os combates ainda continuam em pequena escala, com snipers e ataques com morteiros de 120 e 82 mm.

O tratado de cessar-fogo no ano passado não trouxe a verdadeira paz, e a linha de frente ucraniana deve estar vulnerável a uma eventual blitzkrieg do lado russo. Estão desgastados com essa pseudo-paz e ataques esporádicos de artilharia.

E parece que os russos começaram a concentrar tanques na região de Debaltseve.

Eu disse tempos atrás que esse ano a Ucrânia deixará de existir como nação. E ainda acredito nisso.

[Zefiris]

Coreia do Norte andou dizendo que a ogiva nuclear miniaturizada que eles mostraram em foto dias atrás é real e não uma maquete. Em outra foto se insinuava que a ogiva pode ser colocada nos mísseis KN-08 (Hwasong 13) que se via em segundo plano. O alcance do KN-08 supostamente tem cerca de 5.000/6.000 km, mas parece um frankenstein que só existe no mundo da ficção: o primeiro estágio se parece com o do míssil Rodong-1, o segundo estágio com o SS-N-6 Serb dos soviéticos e o terceiro é rememorativo ao Unha SLV.

[Zefiris]

O primeiro grupo de caças russos retornando para a Mãe Rússia:



Foram 3 caças Sukhoi Su-34 e um avião de transporte Tupolev Tu-154 onde vai o pessoal de apoio.

Nas últimas 24 horas houve alguns ataques quebrando o cessar-fogo, como o povoado Sheij Gilal recebendo um ataque MLRS (Multiple Launch Rocket System) vindo de Jub Saad, mas também houve mais cidades se unindo a trégua. Com algumas negociações em andamento nas provincias de Hama e Alepo.

---

Abaixo mapa da situação no Leste da Ucrânia em 13 de março de 2016:



Se percebe que a Ucrânia mantem embarcações patrulhando o mar de Azov para tentar impedir a entrada de sabotadores e espiões russos. Mas em terra a situação é mais dificil e diariamente as patrulhas ucranianas brincam de gato e rato com os sabotadores que penetram em suas linhas, enquanto estão sob fogo de snipers e morteiros de 120 e 82 mm. Também há ataques esporádicos de artilharia russa que não podem ser revidados devido as limitações impostas pelo cessar-fogo feito ano passado.

Com a retirada russa da Síria, é possível supor que Putin agora focará mais na Ucrânia, onde a linha de frente ucraniana está desgastada com meses de atrito.

Muitos povoados que estão entre as forças ucranianas e pró-Rússia estão praticamente desertos e com boa parte de suas construções destruídas pelos combates em meses anteriores, vide o site abaixo:
http://www.dailymail.co.uk/news/article-...-year.html
"Eerie drone footage shows war-scarred landscape of Debaltseve devastated by fighting in the Ukrainian conflict last year"

[Zefiris]

Curiosamente, parece que a Ucrânia está estreitando os laços com a Turquia. Dias atrás foi visto 2 navios da marinha ucraniana visitando Istanbul e fazendo alguns exercicios em Gölcük, principal base naval da Turquia.

Foi a primeira saida deles do Mar Negro desde a anexação da Crimeia pela Rússia. Os navios eram o navio auxiliar U-811 Balta e a fragata da classe Krivak, U130 Hetman Sahaydachniy. Fotos abaixo: