10/05/2015, 21:37 |
Enquete: Qual destas garotas de Grisaia é a melhor? You do not have permission to vote in this poll. |
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Irisu Makina | 6 | 6.25% | |
Komine Sachi | 8 | 8.33% | |
Matsushima Michiru | 9 | 9.38% | |
Sakaki Yumiko | 10 | 10.42% | |
Suou Amane | 63 | 65.63% | |
Total | 96 votos | 100% |
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Grisaia no Kajitsu
Tópico em '2014' criado por
martec em 07/12/2013, 05:09.
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586 respostas neste tópico
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10/05/2015, 21:38 |
10/05/2015, 21:39 |
10/05/2015, 21:47 |
Ins, não tem indecisão, até porque Kazuki > resto.
11/05/2015, 18:32 |
Voto na Amane fácil.
11/05/2015, 18:32 |
Depois volto e registro o voto.
Makina é mais fraca entre as waifus de Grisaia.
Decidi assistir Grisaia pra acompanhar a segunda temporada, e me deparei com algo curioso. Normalmente eu presto pouca atenção à forma (direção) de animes TV de comédia ou fanservice, pois é perda de tempo e estraga a coisa mais importante desse tipo de série, que é a diversão. Se eu começar a pensar no quanto algumas coisas não fazem sentido, eu vou criar um problema inexistente que é tentar tirar lógica de um humor que não tá nem aí pra isso e só quer entreter. Ainda assim, às vezes, rola de um anime, mesmo sendo desse gênero, usar uns truques em termos de direção que acabam me fazendo prestar atenção à técnica. Grisaia foi um deles, e com isso eu caí na armadilha de prestar atenção. Basicamente, eu me deparei com vários animes dentro de um, e eu não sei se eles se ligam tão bem. Parte disso talvez seja o fato de que o anime tem 9 diretores, com um diretor-chefe que é o Tensho. E eu fiz questão de assistir cada episódio conferindo quem estava por trás da direção. Como era de se esperar, é bem simples você notar quem está dirigindo cada episódio depois que se acostuma, e cada diretor tem seu próprio jeito de contar a história. É algo normal em Anime TV, mas se há um estilo sendo estabelecido, penso que é importante manter os elementos em comum.
O que me fez prestar atenção em primeiro lugar? Bem, fora eu ter gostado muito do humor em si, e o protagonista merecer uma salva de palmas em proatividade perto de tantos outros do gênero, Grisaia foi a série de comédia que mais chegou perto de criar uma sensação de que eu estava jogando uma VN em um bom tempo. O clima inicial é muito parecido com o de um jogo, e sinto que esbarraram numa escolha estética que contribui muito em agradar quem curte esse tipo de jogo, se eu não estiver, claro, falando por mim. Não se trata de algo óbvio como narrativa em primeira pessoa, mas da forma que apresentam os personagens e o cenário. Algo que vou explicar mais afundo, com screens. Vamos começar: O episódio 1 é dirigido pelo Tensho em si, aqui ele estabelece alguns padrões que o anime vai adotar várias vezes. Um deles, é o uso do Plano Geral pra mostrar o quanto a escola é grande e evidenciar o fato de ela estar vazia, os diretores estão preocupados em fazer o espectador sentir que a escola não é normal, assim como o protagonista percebeu, e até reforçam isso no roteiro, através do comentário da diretora quando ela diz que é uma escola normal. A moça, aliás, é professora e gerente do dormitório também! Super normal, né? Pois eu ainda tava achando que isso era pra causar mistério. Isso me deixou confuso do clima que a história devia ter. Nesse episódio, começa a rolar algo que me chamou a atenção. Primeiro foram só vestígios, costume meu por jogar VN. Eu reparei que a Amane e a Makina faziam poses bem claras, estáticas, e nesse ponto de vista, até anormais, que eu deduzi (como não joguei) que eram pra que quem jogou a novel identificasse: Spoiler: foto Se já não fosse essa sensação de jogo, reforçada em outras partes, eu acharia que é por aí mesmo e não tem nada de mais, pois já foi feito em várias adaptações. Porém o anime reforça ainda mais a ideia de jogo mais pra frente, e confesso que gostei bastante disso. Ficou diferente. A gente sentia que tava diferente, mas nem todo mundo saca essa experimentação, então vou avançar mais ainda nos fatos. A cena que me fez sentir que o estúdio tava com o dedo em algo interessante foi essa: Spoiler: foto2 Se assistir a cena com atenção, você notará que essa composição faz pouco sentido. Em todos os momentos da cena, a Michiru não olha uma vez sequer para o Yuuji, ao invés disso, ela olha diretamente pra câmera. O Yuuji está completamente deslocado no plano, e embora ele esteja posicionado no sentido em que as linhas de perspectiva das carteiras convergem a Michiru está olhando na direção oposta. É como se o Yuji não estivesse lá, e ao invés disso ela estivesse falando com o espectador. Uma quebra de quarta barreira sutil, que ouso dizer, só está lá pra agradar aos fãs de novels, como eu pontuei antes. Se ainda não te convenci, e parece coisa de quem está interpretando demais... Eis um último fato, o mais irrefutável dentre várias escolhas da direção. Em certa cena do episódio 2 (pós estética estabelecida pelo Tensho), que aliás é dirigido pelo diretor mais recorrente do anime, o Aoyagi, a Makina se vira de costas para a ação e olha diretamente pra câmera, completamente fora de contexto, e grita um "otanoshimini", frase comum nas prévias de anime pra dizer "aguarde ansiosamente o que virá". Já não é mais uma quebra de quarta barreira sutil, mas uma quebra gritante de um dos poucos diretores ao longo do anime que abraçou a proposta do Tensho. Isso é no episódio 2, por volta dos 10 minutos, pra quem quiser ver a cena. Spoiler: foto3 A história não foca nessas coisas, e nem é importante que foque, pois quebraria a imersão ao fazer o espectador questionar demais. Mas sempre que faziam algo assim, eu me sentia bastante recompensado como fã do gênero. E essa estética de associação acontece em vários momentos, criando uma sinergia que eu acho muito importante pra consistência de uma obra bem feita. Por exemplo, outra coisa que notei, sem ter jogado, era que o anime estava usando a ost do jogo. Acabei de confirmar enquanto escrevia essa frase, e já dava isso por certo. Estava óbvio, pela qualidade dos arranjos. E essa não foi uma escolha só pra poupar grana, até porque os animadores se preocupam muito em deixar as cenas dinâmicas e a animação fluida ao longo do anime. Foi pra associar anime/jogo. Por fim, há momentos em que a arte muda pra SD, ou que usam recursos gráficos pra simplificar as emoções dos personagens de forma mais caricata, dessa vez, sem confirmar, também vou supor que isso estava no jogo. Por falar em cenas dinâmicas, isso é outra coisa com que o Tensho parece se importar. No arco da Michiru (5 primeiros eps), de longe o mais sofisticado do anime, algo extremamente comum são câmeras deslizando. Quem quiser fazer um teste, pode contar quantas vezes eles fazem isso ao longo de um episódio em todo tipo de plano. A sensação que eu tenho, é que o diretor-geral não gosta de cenas estáticas. Eu particularmente não sou fã dessa movimentação forçada, se por vezes ela está dizendo alguma coisa, por outras é só pra termos mais tempo em quadro pra apreciar a composição. Isso acaba confundindo as duas intenções. Por exemplo, eu posso deslizar a câmera lateralmente até um personagem, pra mostrar a distância horizontal entre ele e outro objeto (uma porta ou outro personagem), isso cria uma noção espacial realista que o nosso cérebro percebe, ainda que você não esta ciente. Mas se eu uso o mesmo movimento quando a Yumiko está no topo da escola, no episódio 2, é só pra mostar como ela fica "maneira" vendo o protagonista de cima enquanto planeja sua ação. São intenções distintas de uma mesma técnica, mas como é usada o tempo todo, acaba por desvalorizar momentos em que a câmera serve pra algo. Se o arco da Michiru é o mais bem dirigido, então o episódio mais bem feito do anime inteiro é o quarto. Dirigido pelo Takahiro Majima. É o episódio com mais enquadramentos direcionados à ação e recursos avançados de narrativa. Por exemplo, o diretor usa o cenário pra refletir o que os personagens sentem. Isso é algo muito usado na animação japonesa, mas que pouca gente realmente entende. Uma técnica do Akira Kurosawa, mestre do cinema japonês e alguém que o Majima certamente estudou. Outra coisa é o jeito do Majima se aproximar da proposta do Tensho e trazer o espectador pro ponto de vista do protagonista, ele até usa câmeras em primeira pessoa na cena em que o Yuuji está correndo e encontra a Michiru no jardim. Quer algo mais pessoal e direcionado que isso? No caso dos cenário, o diretor faz algumas brincadeiras puramente metafóricas com o cenário. Na cena do mirante, há uma paralaxe muito forçada nas nuvens, com elas se movendo em sentidos opostos pra gerar um conflito visual e criar uma tensão na cena, pois aqui é quando a Michiru falsa nos é apresentada(cena dinâmica, do jeito que o Tensho gosta, mas sem depender de câmeras deslizando, palmas pra esse cara). Quando a câmera nos coloca no ponto de vista da Michiru (em primeira pessoa), a paralaxe já está normal, com as nuvens mais distantes se movendo devagar em relação às mais próximas, afinal, se trata de uma câmera "real", o ponto de vista de alguém naquele cenário (Michiru) e não o recurso estético usado anteriormente pra criar conflito. Há várias outras coisas que eu queria comentar, mas como eu disse ao @rapier mais cedo, tem muito a se falar desse anime prum post só e, como sempre, eu exagero no tamanho dos textos. Daí escolhi falar só da "forma" ao invés do roteiro, design e etc. Resumindo essa primeira ideia, o anime tinha algo diferente ante às outras adaptações de VN por aí, e se preocupava com essa linguagem acima dos clichês que já tem a rodo na indústria e das câmeras fixas (que ele vai adotar em outros arcos, infelizmente). A impressão ruim que fiquei foi basicamente: Os arcos de um episódio (que bom que foi só isso) chutaram completamente o balde da estética que o anime propunha, e nem os SD eu vi voltar. Adeus dinamicidade, adeus SD, adeus quebras sutis ou forçadas de quarta barreira e referências ao gênero VN como um todo. Os arcos da Sachi e da Yumiko foram completamente zoados... Nem acho isso ruim, pra ser sincero, só entendam o ponto de vista de alguém que tentou prestar atenção à forma e tomou um tapa na cara do anime e dos outros diretores. Acho que o Tensho guardou os melhores diretores pros arcos que importavam, o primeiro, o da Makina (onde o diretor dos episódios 2 e 3 volta) e o da Amane.
25/05/2015, 19:22 |
(25/05/2015, 19:12)Opeth Escreveu: Há várias outras coisas que eu queria comentar, mas como eu disse ao @rapier mais cedo, tem muito a se falar desse anime prum post só e, como sempre, eu exagero no tamanho dos textos. Daí escolhi falar só da "forma" ao invés do roteiro, design e etc. Pode comentar, pois como já disse, quero ver o limite de caracteres que o fórum suporta por post. (25/05/2015, 19:12)Opeth Escreveu: A impressão ruim que fiquei foi basicamente: Os arcos de um episódio (que bom que foi só isso) chutaram completamente o balde da estética que o anime propunha, e nem os SD eu vi voltar. Não tinha tempo pra ter estética em todo ep., e SD que presta é http://anime-forum.info/showthread.php?tid=424. Grisaia tinha muito conteúdo pra botar em 13 eps. e acho que fizeram o correto do ponto de vista de resumo. Não é um anime com Unlimited Budget Works. (25/05/2015, 19:12)Opeth Escreveu: Acho que o Tensho guardou os melhores diretores pros arcos que importavam, o primeiro, o da Makina (onde o diretor dos episódios 2 e 3 volta) e o da Amane. O da Michiru é o arco mais pé no saco porque tem a Michiru. Não adianta ser bem feito se o conteúdo é um saco, vide https://anime-forum.info/showthread.php?tid=552. E tu tá unindo a rota comum (3 primeiros eps.) com o arco da Michiru (eps. 4-5).
25/05/2015, 19:24 |
Depois desse discurso do Opeth quase fiquei com vontade de baixar o anime
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