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(23/03/2015, 09:54)
mandrake_
(23/03/2015, 08:16)Opeth Escreveu: Em Lain, o Eiri Masami acrescenta uma funcionalidade ao Protocolo 7 ao desenvolvê-lo e o fazia se aproveitar da Ressonância de Shumann, isso é, do campo magnético da Terra, para conectar as mentes das pessoas e transformar "inconsciente coletivo" em "consciente coletivo", basicamente o protocolo dá às pessoas capacidade de se conectar naturalmente umas às outras, como a internet faz, mas só a Lain era capaz de quebrar essa barreira e conectar as pessoas, por isso ele precisa dela.
Se eu não me engano o objetivo do cara era fazer com que as pessoas conseguissem se conectar, sem precisar de um Navi ou algo assim, a Lain era a única que conseguia metaforizar. Tinha partes do anime que mostrava a Lain dentro da Wired e as pessoas conectadas, algumas só conseguiam falar (eram bocas) e outras só ouviam e etc, tem um momento em que a Lain fala que ela só existe porque as pessoas sabem da existência dela, ela sempre se perguntava o porquê das pessoas sempre conhecerem ela e ela não conhecer ninguém. O que me deixou com dúvida na primeira vez que eu vi e achei bem wtf, é que a Lain da Wired aparece na Cyberia, e no começo a Lain normal não sabia ainda do poder que ela tinha, com o passar dos episódios ela começa a "aprimorar" esse poder, seja entrando na Wired, entrando no jogo do garoto lá pra conversar com ele... chegando no final até a conseguir se conectar sem precisar da Navi, na parte em que ela vai se desculpar pra Arisu, pois a Lain da Wired tinha bisbilhotado ela fantasiando com o professor. Uma coisa interessante sobre aquele alienígena que aparece, até no começo do anime quando a Lain está começando na Wired, já rondava boatos sobre uma pessoa vestida com um casaco listrado que ficava atrás da porta olhando as pessoas... no caso, era a Lain-Wired?
(23/03/2015, 08:16)Opeth Escreveu: Sobre o sacrifício, acho legal essa parte, mas o único grande sacrifício da Lain foi o que ela acreditava ter construído com a Alice, aliás, muito boa a parte em que a Lain se declara à Alice. Ela basicamente transforma o mundo do anime no nosso mundo, daí a ideia do "present day, present time" o anime inteiro: Trazer luz ao fato de que o anime é atemporal e ao mesmo tempo fala da nossa realidade, nosso presente. O anime se "atualiza". Em suma, ela conclui que as pessoas não precisam estar conectadas para avançar, pois esse senso de coletivo mata o individual. Quando a Alice diz que a Lain estava errada sobre as pessoas serem só aplicativos e não precisarem de corpos, é essa individualidade que ela temia perder, basicamente as pessoas "morreriam". A Lain decide que isso é importante, culminando no mundo como o conhecemos.
Eu achei muito legal a parte em que a Lain toca o coração dela e fica ouvindo os "doki doki".
E sobre aquela família dela? O que de fato eles eram? E por que só a Mika sofreu mais? No anime aparece que ela ficou biruta depois que ela teve aquela experiência lombrada.
O ponto da história de Lain começa depois da metade, mas antes tem todo o lance do mistério das pessoas morrendo e o contato com o jogo PHANTOMa.
Quando a Lain se encontra com o doutor que criou a KIDS ele explica que a idéia era coletar e transformar o Psi (algum tipo de habilidade parapsicológica que as crianças tinham mas de forma fraca) em energia pura... mais tarde o doutor tenta se desfazer do programa mas alguém conseguiu recuperar e modificar ele para que não fosse preciso usar os "Receptores Externos". O jogo era justamente essa modificação da KIDS? Outra coisa, sobre a Accela, o doutor explicou que essa tal "energia pura" intensificava o funcionamento do cérebro, e era isso que a Accela fazia, não? No caso, ela acelerava o funcionamento. Mas no anime não mostra quem produzia a droga e nem quem estava por trás dos jogos... se bem que tem uma parte em que um dos Knights (o cara ricão lá) comenta algo sobre o jogo. O que você acha? Quando eu vi, eu tentava fazer uma ligação entre o experimento modificado da KIDS com a Accela.
1 usuário curtiu este post: Killy
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(23/03/2015, 10:59)
Killy
Excelente discussão pessoal.
Lain é um dos meus animes favoritos. A OP é linda demais. Até minha namorada que odeia anime, curte a música. Já tentei obriga-la a assistir, mas não rolou.
A ideia de compará-lo com Evangelion para mim não tem nada a ver. Por se tratar de sci-fi, cyberpunk são temáticas e ideias bem diferentes. Sou fã de EVA tb, um dos melhores feitos e mesmo de toda a lombra é um ótimo anime, mas a comparação é bem nada a ver.
Quanto ao anime, é muito fodah. A ideia passada, como foi colocado a visão dos cabos do post emitindo aquele barulho de energia contínua, a treta da Wired, aquela ideia do dr. utilizar crianças para a sua experiência de conexão mútua é genial.
A ideia de cada usuário que tenta ou vive na Wired é presentado pelo um sentido (olfato, paladar, tato, etc) ficou bem original e a Lain ser tudo isso foi top. Pelo que entendi, a Wired mesmos sendo uma rede de comunicação, a ideia ñ é diferente que é de ferrar as pessoas sem colocar o seu na reta. Aquele ditato, pimenta nos olhos dos outros é refresco.
E sim, 12 eps apenas, mais do que isso, ai seria uma fritação sem fim.
Não sabia que tinha saido o BD. Vou procurar o BD disso ae.
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(23/03/2015, 11:10)
mandrake_
(23/03/2015, 10:59)Killy Escreveu: Não sabia que tinha saido o BD. Vou procurar o BD disso ae.
O anime foi até dublado, mas a dublagem mais confunde do que ajuda...
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(23/03/2015, 11:11)
Killy
(23/03/2015, 11:10)AngelGift Escreveu: O anime foi até dublado, mas a dublagem mais confunde do que ajuda...
kkkkk. Ai não.
Ver o original legendado. Vlw.
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(23/03/2015, 11:33)
Opeth
(23/03/2015, 09:54)AngelGift Escreveu: Se eu não me engano o objetivo do cara era fazer com que as pessoas conseguissem se conectar, sem precisar de um Navi ou algo assim, a Lain era a única que conseguia metaforizar. Tinha partes do anime que mostrava a Lain dentro da Wired e as pessoas conectadas, algumas só conseguiam falar (eram bocas) e outras só ouviam e etc, tem um momento em que a Lain fala que ela só existe porque as pessoas sabem da existência dela, ela sempre se perguntava o porquê das pessoas sempre conhecerem ela e ela não conhecer ninguém. O que me deixou com dúvida na primeira vez que eu vi e achei bem wtf, é que a Lain da Wired aparece na Cyberia, e no começo a Lain normal não sabia ainda do poder que ela tinha, com o passar dos episódios ela começa a "aprimorar" esse poder, seja entrando na Wired, entrando no jogo do garoto lá pra conversar com ele... chegando no final até a conseguir se conectar sem precisar da Navi, na parte em que ela vai se desculpar pra Arisu, pois a Lain da Wired tinha bisbilhotado ela fantasiando com o professor. Uma coisa interessante sobre aquele alienígena que aparece, até no começo do anime quando a Lain está começando na Wired, já rondava boatos sobre uma pessoa vestida com um casaco listrado que ficava atrás da porta olhando as pessoas... no caso, era a Lain-Wired?
E sobre aquela família dela? O que de fato eles eram? E por que só a Mika sofreu mais? No anime aparece que ela ficou biruta depois que ela teve aquela experiência lombrada.
O ponto da história de Lain começa depois da metade, mas antes tem todo o lance do mistério das pessoas morrendo e o contato com o jogo PHANTOMa.
Quando a Lain se encontra com o doutor que criou a KIDS ele explica que a idéia era coletar e transformar o Psi (algum tipo de habilidade parapsicológica que as crianças tinham mas de forma fraca) em energia pura... mais tarde o doutor tenta se desfazer do programa mas alguém conseguiu recuperar e modificar ele para que não fosse preciso usar os "Receptores Externos". O jogo era justamente essa modificação da KIDS? Outra coisa, sobre a Accela, o doutor explicou que essa tal "energia pura" intensificava o funcionamento do cérebro, e era isso que a Accela fazia, não? No caso, ela acelerava o funcionamento. Mas no anime não mostra quem produzia a droga e nem quem estava por trás dos jogos... se bem que tem uma parte em que um dos Knights (o cara ricão lá) comenta algo sobre o jogo. O que você acha? Quando eu vi, eu tentava fazer uma ligação entre o experimento modificado da KIDS com a Accela.
Tentar responder tudo de uma vez só, talvez eu esqueça algo:
O objetivo dele era ser deus mesmo. Toda a desculpa de conectar a mente das pessoas é só algo pra justificar seu objetivo. Basicamente o Eiri só age por ego, que aliás é o nome do episódio final. A verdade é que o Eiri temia a Lain porque ela colocava sua divindade em xeque, pois, diferente dele, a Lain é um "deus" verdadeiro.
Embora o potencial da Lain já existisse no subconsciente das pessoas, a Lain é inicialmente um programa desenvolvido pelo Eiri e pelos Knights, no início, ela usava o psi que você perguntou (projeto KIDS) do cérebro humano para funcionar e emular personalidades, eventualmente ela passaria a não depender mais disso. A Lain da wired é uma entidade que existe no inconsciente das pessoas, ou seja, em um plano superior à realidade como podemos conhecê-la. O Eiri precisava dela para quebrar a barreira que faria o protocolo 7 funcionar como projetado e conectar as mentes das pessoas, por isso, era preciso torná-la real através do protocolo 7. Ao chegarem nesse estágio do programa, eles criam uma família falsa para sustentar a realidade da Lain até que o programa esteja estável o suficiente para usufruir dos poderes da Lain da Wired. Essa família falsa funciona exatamente como um holograma, assim como a Lain do mundo real. Em vários pontos do anime, você notará que a Lain está sozinha na casa, não há ninguém lá. A irmã da Lain sofre mais, porque ela não sabia que era falsa, diferente do pai e mãe da Lain, a irmã acreditava que era uma pessoa real, mais pro final do anime, ela passa a funcionar como um programa quebrado, daí os barulhos que ela fica fazendo (barulhos de telefone falhando em se comunicar ou internet discada - lol -).
Sobre o povo ver a Lain no começo do anime, em Cyberia, eles veem a Lain da Wired, e não a Lain do mundo real. Cyberia era parte de um experimento dos Knights, bem como accela e o jogo que você comentou. Experimentos que tentavam unir a wired ao mundo real e acostumar as pessoas à ideia da Lain. Eles tentam isso de várias formas. Inicialmente o povo precisava de Accela para ver a Lain. Cyberia é um local onde os cérebros das pessoas conseguem se conectar (tipo uma lanhouse - ahahahhaa), dentro da boate, as pessoas conseguiam ver a Lain da Wired.
Sobre a roupa listrada e etc, bem notado, eu teria que rever pra lembrar especificamente dessa fala, mas provavelmente era a Lain da wired sim. O troço do alien... O tema do anime é a rede de comunicação entre mentes. O anime explica sobre um neurocientista real, John C. Lilly, que acreditava que seus experimentos o conectavam a "entidades cósmicas", http://en.wikipedia.org/wiki/John_C._Lilly, leia ECCO. Isso é tudo que você precisa pra matar a charada. Não há nada de mais aqui, só simbolismo mesmo, o anime nem reforça a ideia, mas... A forma de conexão entre mentes proposta pelo anime (e uma pérola do sci-fi na minha opinião), possibilitaria uma comunicação na velocidade da luz, não limitada aos humanos, mas entre todas as formas de vida. A Lain da wired abrange uma possibilidade de conhecimento tão vasta que se estende além da espécie humana.
Espero ter esclarecido algo. Como eu disse no primeiro post, esse anime consegue concentrar tanta informação em 13 eps que é difícil comentar tudo, mesmo de forma resumida. Talvez seja por isso também que escolheram abordar o anime da forma como abordaram. Quem quiser saber + revê ou se vira, quem quiser só ver uma história legal, só precisa entender o que é a Lain, algo que o final do anime entrega de bandeja.
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(23/03/2015, 12:07)
mandrake_
(23/03/2015, 11:33)Opeth Escreveu: Sobre o povo ver a Lain no começo do anime, em Cyberia, eles veem a Lain da Wired, e não a Lain do mundo real. Cyberia era parte de um experimento dos Knights, bem como accela e o jogo que você comentou. Experimentos que tentavam unir a wired ao mundo real e acostumar as pessoas à ideia da Lain. Eles tentam isso de várias formas. Inicialmente o povo precisava de Accela para ver a Lain. Cyberia é um local onde os cérebros das pessoas conseguem se conectar (tipo uma lanhouse - ahahahhaa), dentro da boate, as pessoas conseguiam ver a Lain da Wired.
Cyber café nunca mais será o mesmo pra mim agora.
Eu conheço alguns que até vendem um produto com o mesmo poder alucinógeno de Accela.
(23/03/2015, 11:33)Opeth Escreveu: Espero ter esclarecido algo. Como eu disse no primeiro post, esse anime consegue concentrar tanta informação em 13 eps que é difícil comentar tudo, mesmo de forma resumida. Talvez seja por isso também que escolheram abordar o anime da forma como abordaram. Quem quiser saber + revê ou se vira, quem quiser só ver uma história legal, só precisa entender o que é a Lain, algo que o final do anime entrega de bandeja.
Tu me esclareceu muita coisa, muito obrigado mesmo. Devo rever agora com outros olhos.
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(23/03/2015, 12:13)
Killy
Realmente, foi muito esclarecedor.
Quando for rever, relerei o tópico novamente.
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(23/03/2015, 12:15)
jamessonic
caramba quanta informação, isso foi bastante útil, com certeza verei este anime, mesmo se eu não entender nada irei passar o olho de novo nesse tópico!
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(23/03/2015, 12:17)
Killy
23/03/2015, 12:17
(Resposta editada pela última vez 23/03/2015, 12:20 por Killy.)
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texhnolyze é do mesmo autor?
Tem o Haibane Renmei. Ainda não assisti. E deve ser bom.
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(23/03/2015, 12:22)
ElankerM
Não gostei do anime porque dormi na metade dos episódios, mas concordo com a OST, que ouvi algumas vezes enquanto estava acordado, é muito boa. O único outro anime que me fez dormir foi Nanoha.
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