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Tópico em 'Vale tudo' criado por M3troid em 01/01/2024, 00:01.
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 #741
(31/07/2024, 23:17)JJaeger Escreveu: O problema que você delineou não se chama liberalismo, o nome disso é estatismo. Liberalismo é um tipo de estatismo. Na União Soviética, da mesma forma, ninguém tinha propriedade, tudo era do Estado, você morava num apartamento comunitário de propriedade do governo. "Posse" não existia na União Soviética no senso que se tem hoje, apenas os mais ricos (burocratas) é que possuíam coisas (como microondas, carros, pepsi).

O problema não é o Estado, apenas o mau uso dele. O estado é tão antigo quanto a humanidade, tendo surgido há 6000 anos atrás com os egípcios para organizar a sociedade e construir obras públicas em larga escala. O Estado sendo um corpo político- administrativo de um dado território, é uma ferramenta essencial para prestação de serviços públicos à sociedade. Não existe sociedade organizada sem Estado, e não existe um país sem Estado. Estado não é problema, muito pelo contrário: ele é a solução para vários problemas, desde a distribuição de poder público e representação popular (Política), organização de acordos/distribuição de benefícios e punições através de Leis (Judiciário) e construção de infraestrutura pública (estradas, metrôs, praças, piscinões, bibliotecas, escolas, etc...). Sem Estado para organizar essas coisas a capacidade humana de se reunir coletivamente para construir projetos e objetivos ficaria bem comprometido...seriamos não muito diferentes de homens de cavernas, que vivem em pequenos bandos e que são nômades (não conseguem construir projetos e objetivos se fixando em um território). Estado é civilização.

(31/07/2024, 23:17)JJaeger Escreveu: Eu acredito em pecado original, eu não creio que pessoas são boas por natureza (o que você, aparentemente, acredita já que bota tanta fé em caras de terno e gravata). Você já se perguntou porque Alexandre, Júlio ou Gengis não lançaram uma bomba nuclear nos seus inimigos? Porque isso só seria inventado no séc. XX.

Isso aí nada tem a ver com tecnologia. Inclusive os líderes antigos restringiam até o desenvolvimento de certas tecnologias porque isso ia contra a boa saúde da Virtude e do funcionamento saudável da alma. Os japoneses feudais, por exemplo, restringia o uso de arma de fogo, por considerar uma tecnologia que ia contra a virtude da Honra. Os líderes modernos não possuem esse tipo de limite, a Modernidade nasceu basicamente no renascimento aonde certos intelectuais e políticos na época queriam tirar o vínculo das ciências naturais (o que chamamos de Exatas hoje) das ciências sagradas (o que chamamos hoje de Humanas), coisa que a Igreja católica impunha para criar limites e tabus ao desenvolvimento da tecnologia. E quem fez isso são os liberais, só ver as Artes Liberais e compará-las as ciências antigas. se existe controle social em larga escala e genocídios calculados a sangue-frio e com tecnologia de ponta, dê graças a revolução liberal nas ciências, que desvinculou a ciência do controle da religião.

E não sei o porque ainda comenta sobre Fascismo e Comunismo, já que discordo dos dois. Fascismo, Comunismo e Liberalismo são as três teorias políticas da Modernidade, e sou contra todas essas três teorias, já que elas rompem com a noção antiga pré-moderna do que vem a ser a Política, que é a Política com objetivo de servir o bem comum e servir ao Divino.

(31/07/2024, 23:17)JJaeger Escreveu: Se você fosse de direita eu diria que se informa por grupos como o MBL, que são estatistas liberais financiados por uns ricões ae, mas sua noção anti-liberal não casa com o discurso atual deles (discurso esse que eles modificam a medida do necessário) ou de grupos similares, mas casa com o de grupos nacionalistas/bolsonaristas como o de caras feito o Aldo Rebelo que hoje é considerado direita.

Não sou de direita nem de esquerda, pois isso são definições partidárias da política liberal, que sou contra, já que sou anti-liberal. Mas tu meio que acertou: sou nacionalista não-liberal (o que me faz não ser bolsonarista), me alinho a discursos do Aldo Rebelo, Enéias Carneiro, Nildo Ouriques e o Trabalhismo de Getúlio Vargas, que são um nacionalismo anti-liberal. E ser anti-liberal é ser contra Comunismo, Fascismo e Liberalismo, pois são teorias políticas modernas, e me alinho com uma política mais tradicional (monarquismo e modelos novos que se aproximam do modelo monárquico, como o distributivismo e a Doutrina Social da Igreja).

E colocar pessoas de Virtude para usar a máquina estatal nada mais é do que o bom senso que deu certo por uns 10.000 anos, desde que a humanidade construiu seu primeiro modelo de política lá no fim do Paleolítico. Só pessoas inclinadas a fazer o Bem (Virtude) é que são confiáveis a terem poder.
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 #742
(02/08/2024, 00:27)Lucius Auri Escreveu: O problema não é o Estado, apenas o mau uso dele. O estado é tão antigo quanto a humanidade, tendo surgido há 6000 anos atrás com os egípcios para organizar a sociedade e construir obras públicas em larga escala. O Estado sendo um corpo político- administrativo de um dado território, é uma ferramenta essencial para prestação de serviços públicos à sociedade. Não existe sociedade organizada sem Estado, e não existe um país sem Estado. Estado não é problema, muito pelo contrário: ele é a solução para vários problemas, desde a distribuição de poder público e representação popular (Política), organização de acordos/distribuição de benefícios e punições através de Leis (Judiciário) e construção de infraestrutura pública (estradas, metrôs, praças, piscinões, bibliotecas, escolas, etc...). Sem Estado para organizar essas coisas a capacidade humana de se reunir coletivamente para construir projetos e objetivos ficaria bem comprometido...seriamos não muito diferentes de homens de cavernas, que vivem em pequenos bandos e que são nômades (não conseguem construir projetos e objetivos se fixando em um território). Estado é civilização.

Você já falou isso antes e eu já respondi esse argumento, mas você nunca entendeu meu ponto: a tecnologia avança, ela não para no tempo. Os egípcios constituíram as pirâmides a chibatadas, não com CLT. Eles não tinham tratores, nem empilhadeiras, mas escravos. Os egípcios sacrificavam pessoas, utilizavam emojis como escrita e fodiam cabras em ritos religiosos.

Vamos por partes.

Quando você fala "sociedade" você utiliza um termo vago pra representar um conjunto arbitrário de pessoas com alguma característica que você, Lucius, elegeu como importantes. O que você entende por sociedade não é o que eu entendo por sociedade, pra mim sociedade é um arranjo empresarial que não passa de 30 pessoas, pra você pode ser o estado de São Paulo, o Brasil ou até a humanidade inteira a depender do seu humor ou do que comeu no café da manhã.

"O Estado é uma ferramenta essencial para prestação de serviços pra sociedade", que sociedade? Os falantes de português? Os habitantes de São Paulo? As bordas do Brasil não são mantidas por motivos lógicos, elas existem por motivos históricos. Se um grupo de bandeirantes contraíssem caganeira na região do Amazonas, não existiria Amazonas no mapa do Brasil, aquilo seria território Venezuelano. O que você define por sociedade é uma delineação fictícia de um grupo de pessoas que não se conhecem e não se importam umas com as outras. Cientificamente alguém só conhece 150 pessoas, mais que isso é tratado como estranho. Quando se fala de sociedade prática, se fala, no máximo, de um grupo com até 150 pessoas. O que existe na prática seriam então comunidades. Sociedade é um termo retórico que pode significar o que você quiser.

"O Estado é a solução para o problema da distribuição do poder público", quem disse que a distribuição de poder público é um problema? O que é poder público pra começo de conversa? Não existe poder público, existe poder militar exercido por uma elite de burocratas. Não existe bem público, ou tem dono ou é de ninguém. Toda obra chamada de pública tem dono, e se você irritar esse dono (digamos espalhando cartazes sobre o candidato oposto), é problema pra você (a depender da proximidade desse dono). Se eu urino numa árvore no meio da floresta, ninguém dá duas fodas, pois a floresta não tem dono (ela não foi trabalhada, está como era desde que o mundo é mundo).

Elucidada essas abstrações (bens públicos e sociedade), o que você quer dizer na prática é: deve existir uma elite de burocratas, agraciada por armas de fogo, que criem obras para um conjunto de pessoas que estão relacionadas segundo o meu padrão fictício (este padrão sendo pessoas contidas dentro da borda imaginária chamada Brasil definida em 1700 em diante por bandeirantes) pois historicamente essa configuração sempre existiu.

O que eu entendo por essa sua colocação é: escravidão existe a mais de 6 mil anos, sem ela ninguém iria construir pirâmides, seríamos como homens das cavernas. Os escravocratas tinham o mesmo raciocínio (com outros floreios como "o que homens livres farão sem seu trabalho escravo?"), mas a revolução industrial fez com que a escravidão ficasse obsoleta: é mais barato pagar um trabalhador do que manter um escravo. A tecnologia fez com que a escravidão clássica praticamente sumisse, não foi um grande líder que o fez, as próprias pessoas passaram a produzir mais utilizando-se de técnicas mais produtivas, as máquinas, e quem utilizasse técnicas obsoletas, como escravos, perdiam da concorrência.

Com tecnologias modernas, como armas de fogo e redes de comunicação instantânea, um grupo de burocratas com armas de fogo mandando num território continental faz cada vez menos sentido e o exemplo prático você pode obter na tragédia do Rio Grande do Sul: quem fez a ajuda real ali não foram os burocratas, nem o exército, mas voluntários moradores dos locais afetados e próximos além de instituições privadas (como ONGs, igrejas, escolas e personalidades empresariais como o Luciano Hang além de médios e pequenos empresários) que além de encaminhar recursos próprios angariaram doações divulgadas por meios de comunicação em massa (internet). O que você teve de ação do governo foi o Detran parando caminhões de doação por excesso de peso, um helicóptero resgatando um cavalo, soldados deixando moradores desprotegidos em meio a assaltos (eles não podiam atuar por motivos legalistas) e o IBAMA impedindo construtoras privadas de repararem uma BR por que não tinha autorização. Comparado a ação privada, o Estado foi uma vergonha. O Estado é um mecanismo retrógrado e ineficiente por natureza, e eventos como esse externam esse fato.

Quando você fala "Estado é civilização" o que ressoa na minha cabeça é: a escravidão é necessária. Se civilização é ser escravo, eu prefiro viver na barbaridade. E muitas pessoas o fazem, pois isso é o mercado informal: trabalhar sem carteira assinada, não pagar impostos e sonegar o máximo possível sem ser pego na malha fina, construir sua casa sem alvará do governo, frequentar a igreja do bairro e comprar leite, frutas, balas e armas na feira. Nada dessas atividades é permitida pelo Estado legalmente, todo leite tem que ser pasteurizado, toda fruta tem que ser avaliada, não pode comprar armas de fogo, mas as pessoas fazem da mesma forma, porque o Estado está se tornando obsoleto a medida que a tecnologia avança; quanto mais ele se hipertrofia, mais as pessoas fogem dele. E esse é meu ponto principal: o Estado é obsoleto, assim como a escravidão é.

Quem construiria as pirâmides sem os escravos?
Quem construiria os piscinões comunitários sem o Estado?

Se alguém tiver vontade de construir uma pirâmide e convencer outros ao fazerem, que faça.
Se alguém tiver vontade de construir um piscinão comunitário e convencer outros ao fazerem, que faça.

(02/08/2024, 00:27)Lucius Auri Escreveu: Isso aí nada tem a ver com tecnologia. Inclusive os líderes antigos restringiam até o desenvolvimento de certas tecnologias porque isso ia contra a boa saúde da Virtude e do funcionamento saudável da alma. Os japoneses feudais, por exemplo, restringia o uso de arma de fogo, por considerar uma tecnologia que ia contra a virtude da Honra. Os líderes modernos não possuem esse tipo de limite, a Modernidade nasceu basicamente no renascimento aonde certos intelectuais e políticos na época queriam tirar o vínculo das ciências naturais (o que chamamos de Exatas hoje) das ciências sagradas (o que chamamos hoje de Humanas), coisa que a Igreja católica impunha para criar limites e tabus ao desenvolvimento da tecnologia. E quem fez isso são os liberais, só ver as Artes Liberais e compará-las as ciências antigas. se existe controle social em larga escala e genocídios calculados a sangue-frio e com tecnologia de ponta, dê graças a revolução liberal nas ciências, que desvinculou a ciência do controle da religião.

Cara, isso tem tudo a ver com tecnologia. Sem a pedra do que seria a caça? Sem fogo do que seria a carne cozida e a proteção a noite? Sem agricultura do que seria uma vila? Você acha mesmo que o nômade brucutu caçador de mamutes ficou feliz com o nerdão que resolveu enterrar sementes pra ver no que dava? Na visão do brutucu esse cara era um liberal, o primeiro liberal da história (talvez depois do cara que resolveu usar uma pedra ou acender o fogo). É óbvio que quem está no poder vai forçar que quem estiver abaixo permaneça onde está, seja utilizando força ou religião. Porque tu acha que essas empresas de IA, como OpenAI, estão malucas pra passar leis regulamentadores de IA? Tecnologia é técnica, técnica gera produção, produção de excedente gera troca, e troca gera concorrência; quem está no topo não quer concorrência, quer estabilidade. Quem está na base quer facilidade, portanto mais concorrência.

Os romanos são um exemplo histórico da desgraça estatal: eles não se industrializaram, apesar de vários intelectuais demonstrarem a utilidade da aplicação do vapor em processos mecânicos, porque os burocratas da época não queriam que se desenvolvesse técnicas mais fáceis de produção pois isso iria atrapalhar os negócios das elites produtoras já estabelecidas (as mesmas elites que financiavam o império). O império romano impedia a melhora da técnica pra beneficiar conchavo político. Imagine o que não seria do império Romano se eles tivessem desenvolvido máquinas a vapor.

"Se hoje existe assassinatos por lâmina, agradeça ao inventor da faca".
Graças a faca eu corto carne, não preciso ter dentes super fortes (ou mesmo dentes) pra mastigar comida.

"Se hoje existem genocídios, agradeça ao inventor da escrita por ajudar a propagar ideia torpes através de gerações, ao inventor do rádio por ajudar a propagar ordens em larga escala de forma instantânea e ao inventor do inseticida por ajudar a matar seres vivos em larga escala".
Graças a escrita eu posso ler a Bíblia (e basicamente ter acesso ao fruto de qualquer técnica do mundo moderno e antigo), graças a comunicação por rádio eu posso trabalhar como programador além de ter conhecimento sobre vários campos do saber na palma da minha mão e graças ao inseticida eu e meus familiares não estão mortos devido a malária neste momento.

Eu não sou ludita (como você aparenta ser) e acredito que a técnica avança independente de qualquer coisa. Quem quiser avançar uma técnica, irá o fazer, independente de regras. Não fosse assim não existiria o fogo.

Se algo pode ser feito, ele será feito por alguém ou algo dado tempo o suficiente. Deus criou o universo dessa forma e dessa forma a realidade se apresenta, por mais que a visão ideal de muitos queira dizer o contrário.

(02/08/2024, 00:27)Lucius Auri Escreveu: E não sei o porque ainda comenta sobre Fascismo e Comunismo, já que discordo dos dois. Fascismo, Comunismo e Liberalismo são as três teorias políticas da Modernidade, e sou contra todas essas três teorias, já que elas rompem com a noção antiga pré-moderna do que vem a ser a Política, que é a Política com objetivo de servir o bem comum e servir ao Divino.

Todo Estado avança em rumo ao totalitarismo, é por isso que eu sempre menciono Fascismo e Comunismo, pois eles são exemplos atuais notáveis do maximalismo Estatal e demonstram pra quem o Estado serve: pra o psicopata que estiver no controle.

(02/08/2024, 00:27)Lucius Auri Escreveu: Não sou de direita nem de esquerda, pois isso são definições partidárias da política liberal, que sou contra, já que sou anti-liberal. Mas tu meio que acertou: sou nacionalista não-liberal (o que me faz não ser bolsonarista), me alinho a discursos do Aldo Rebelo, Enéias Carneiro, Nildo Ouriques e o Trabalhismo de Getúlio Vargas, que são um nacionalismo anti-liberal. E ser anti-liberal é ser contra Comunismo, Fascismo e Liberalismo, pois são teorias políticas modernas, e me alinho com uma política mais tradicional (monarquismo e modelos novos que se aproximam do modelo monárquico, como o distributivismo e a Doutrina Social da Igreja).

Eu também não sou de direita, nem esquerda. Uma definição mais útil seria te chamar de estatista, o que é vetorialmente contrário a minha posição como libertário (ou ao menos simpatizante já que não estudo o suficiente pra me chamar de algo que não seja programador).

O Aldo Rebelo é um primo exemplo de um estatista: ele antes era do PCdoB e chamado de esquerdista, hoje é do MDB e é chamado de direitista, e continua o Aldo Rebelo, um estatista.

Fascismo e Comunismo são basicamente a mesma coisa (um é nacionalista e o outro é internacionalista), a diferenciação só existe por motivos propagandísticos (Stalin chamava todos os adversários, inclusive Trotsky um social-democrata, de fascistas e isso se tornou uma arma retórica). Na prática só existe Socialista e Liberal, sendo o Liberal uma versão em menor escala do Socialista. Nacionalista, Monarquista, Distributivista, Protecionista, etc, são gradações que vão do Liberal (mínimo Estado) até o Socialista (máximo Estado).

Não é a toa que o Olavo de Carvalho chamava liberal de camisinha de comunista, eles são os facilitadores da expansão estatal. Liberal acumula capital (como fez Fernando Henrique e como está fazendo o Javier Milei), socialista usa desse capital pra exercer força e controle (como fez o Lula no início do milênio e continuam fazendo até hoje).

(02/08/2024, 00:27)Lucius Auri Escreveu: E colocar pessoas de Virtude para usar a máquina estatal nada mais é do que o bom senso que deu certo por uns 10.000 anos, desde que a humanidade construiu seu primeiro modelo de política lá no fim do Paleolítico. Só pessoas inclinadas a fazer o Bem (Virtude) é que são confiáveis a terem poder.

A sua afirmação parte do pressuposto que a máquina estatal deve existir, o que não se sustenta, pois não existe "deve" no mundo, apenas "está?". A escravidão clássica existia desde o Paleolítico (de lá pra 1800 ela estava forte), hoje ela regrediu enormemente (de 1800 pra cá ela está fraca). A seu argumento pró estatus quo é uma falácia derivada do viés do status quo: só porque algo era, não quer dizer que continuará sendo. Ninguém consegue lutar contra a realidade, nem voltar o tempo; o mundo avança apesar dos seus ou meus planos de controlá-lo. A escravidão clássica ficou obsoleta, o que te faz pensar que o Estado não seguirá o mesmo rumo?

E eu nem acho que o Estado vai acabar, ou que ele deva acabar (eu não controlo o mundo nem tenho planos de o fazê-lo), o meu ponto é ético: o Estado se utiliza de coerção a agentes pacíficos, e coerção a agentes pacíficos é imoral, assim como escravidão contra agentes pacíficos é imoral (e alguns argumentam que qualquer tipo de escravidão é imoral). Ainda existe resquícios de escravidão clássica no mundo, principalmente em lugares sub-desenvolvidos e em indústrias de difícil automação (como plantação de cacau). No entanto, a hipertrofia da escravidão deixou de existir; eu creio que o Estado seguirá o mesmo rumo. Seja por vias pacíficas (contraeconomia como acontece com trabalhadores sem carteira assinada - que é meu caso) ou não-pacíficas (milícias privadas como acontecem no Rio de Janeiro).
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 #743
(02/08/2024, 02:40)JJaeger Escreveu: Quando você fala "sociedade" você utiliza um termo vago pra representar um conjunto arbitrário de pessoas com alguma característica que você, Lucius, elegeu como importantes. O que você entende por sociedade não é o que eu entendo por sociedade, pra mim sociedade é um arranjo empresarial que não passa de 30 pessoas, pra você pode ser o estado de São Paulo, o Brasil ou até a humanidade inteira a depender do seu humor ou do que comeu no café da manhã.

Não uso termos vagos, uma sociedade é definida de acordo com uma identidade comum que o grupo compartilha, que pode ser e geralmente é etnia/raça e crença religiosa. No caso do Brasil a identidade comum da maioria das pessoas é compartilhar como etnia/raça a descendência ibérica (descendente de portugueses) e ter como crença o cristianismo (mais de 80% da população é cristã). Como pode ver, a identidade da qual as sociedades se organizam e se ajudam/reúnem-se mutuamente não é arbitrária, é algo bem definido.

Citar:O Estado é a solução para o problema da distribuição do poder público", quem disse que a distribuição de poder público é um problema? O que é poder público pra começo de conversa? Não existe poder público, existe poder militar exercido por uma elite de burocratas. Não existe bem público, ou tem dono ou é de ninguém.

Se você conseguir mostrar que toda obra pública, como praças, metrôs, escolas, bibliotecas, rodovias, etc...possuem um dono (ou, seja, tudo é de proprietários privados e tem dono) e reconhecido judicialmente, daí o seu argumento seria verdadeiro, o que não é na prática. Obras públicas são juridicamente reconhecidas como bem público, e não tem proprietário ou dono privado, como você sugere.

Citar:Quando você fala "Estado é civilização" o que ressoa na minha cabeça é: a escravidão é necessária. Se civilização é ser escravo, eu prefiro viver na barbaridade.

Ora, não exageremos. O que disse é que o Estado é uma ferramenta técnica para organização e estruturação de uma dada sociedade, só isso. E ainda bem que reconhece que sociedades sem Estado são no geral sociedades primitivas e arcaicas. Já existia sociedades praticamente sem Estado na história (o que é seu desejo): até o fim do Paleolítico (mais ou menos entre 10.000 a.C. e 6000 a.C.) não existiam grandes sociedades organizadas, mas pequenos bandos de caçadores-coletores nômades (sem fixação em um território) que viviam de forma primitiva. Conforme a humanidade foi desenvolvendo técnicas de sedentarização (fixação em uma terra/território), como o fogo, a roda e o arado, a agricultura foi desenvolvida, e daí se criou o Estado. As primeiras civilizações, como você já deve ter estudado no Fundamental, nasceram perto de grandes rios, que foram os egipcios e os sumérios, que tinham o rio Nilo (Egito) e os rios Tigre e Eufrates (Mesopotâmia), que eram onde se dava para fazer a agricultura e produzir alimento em grande quantidade e gerar excedente para estoque/armazenamento. E para distribuir esse alimento, fazer divisão de trabalho, construir obras públicas e estipular direitos e deveres o Estado foi criado, e junto com o Estado foi criado as primeiras ciências básicas (astrônomia, economia, metalurgia, matemática, engenharia, etc...) para a construção de obras públicas (pirâmides, estradas, diques, templos, etc...), organização do tempo (astronomia, matemática), produção de excedente alimentício (agricultura), entre outras coisas.

A sua sociedade sem Estado ou com Estado Mínimo (caçadores-coletores do Paleolítico) já existiu e já foi superada por homens que fizeram melhor organização social em grande escala lá pelo fim do Paleolítico, com as primeiras civilizações (egípcios e sumérios). Fora que essas micro-sociedades no geral eram, ao contrário do você deseja (querer Estado Mínimo e alta tecnologia) primitivas, arcaícas e com baixo desempenho tecnológico, já que não tinham uma ferramenta sofisticada de organização social (Estado) para orientar a força de trabalho e direcionar impulsos de construção e pesquisa tecnológica (universidades).

Citar:A seu argumento pró estatus quo é uma falácia derivada do viés do status quo: só porque algo era, não quer dizer que continuará sendo. Ninguém consegue lutar contra a realidade, nem voltar o tempo; o mundo avança apesar dos seus ou meus planos de controlá-lo. A escravidão clássica ficou obsoleta, o que te faz pensar que o Estado não seguirá o mesmo rumo?

A questão é que os críticos do Estado nunca propuseram uma alternativa melhor ao estado, fora que fazem críticas de modo errado ao Estado. O Estado é o aparelho técnico/administrativo e jurídico para organizar uma sociedade em um dado território. Por acaso os anti-estatistas propõem uma ferramenta técnica melhor que a do Estado para organizar as sociedades? (leis, governo, divisão de trabalho, obras públicas, etc...) Pelo menos nunca vi, é só crítica vazia e soluções utópicas (como um retorno a sociedades minúsculas e primitivas, já que alta tecnologia não brota do esforço de uma só pessoa).
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 #744
A Amazônia teve o pior julho de queimadas em duas décadas, e a fumaça começa a chegar aqui no Sul como se vê pela foto do NOAA/NASA com o corredor de vento vindo do interior do continente.

[Imagem: QYEHydI.jpeg]

Esse JBN (Jatos de Baixos Níveis) deve enfraquecer no domingo. E na segunda semana do mês se espera o avanço de uma forte massa de ar polar.
1 usuário curtiu este post: nando3d
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 #745
Há 14 meses aprendi a cozinhar, foi necessário após o nascimento da minha filha, minha mãe sempre cozinhou mal, ela fazia por questão de sobrevivência, minha esposa então pelo amor de Deus, ela odeia, fazia comida com cara de bosta, o resultado então já imaginam, mas eu era vagabundo nessa parte, terceirizava e se enchia a barriga tava bom. Por fim aprendi e por surpresa minha comida é a melhor que comi na vida inteira em domicílio.
Não se contentem com certas coisas, tentem, espanta a preguiça ao menos uma vez e vê se dá certo.
3 usuários curtiram este post: Lucius Auri, Makoto-kun, TimeBandit
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 #746
(02/08/2024, 21:15)firms Escreveu: Há 14 meses aprendi a cozinhar, foi necessário após o nascimento da minha filha, minha mãe sempre cozinhou mal, ela fazia por questão de sobrevivência, minha esposa então pelo amor de Deus, ela odeia, fazia comida com cara de bosta, o resultado então já imaginam, mas eu era vagabundo nessa parte, terceirizava e se enchia a barriga tava bom. Por fim aprendi e por surpresa minha comida é a melhor que comi na vida inteira em domicílio.
Não se contentem com certas coisas, tentem, espanta a preguiça ao menos uma vez e vê se dá certo.

Bom, não só aprendo a fazer comidas por mim mesmo, mas com informação no geral. Cultivo o hábito de ler livros e artigos para poder pensar por mim mesmo, porque só você mesmo conhece as suas necessidades da alma, logo é preciso uma certa independência na hora de buscar e absorver conhecimento e espiritualidade. E se você não busca conhecimento e espiritualidade por si mesmo, outras pessoas que buscam conhecimento e espiritualidade vão te controlar (como padres, pastores, empresários ou outras tipos de autoridades com acesso á conhecimento) e o controle delas sobre você nem sempre vai ser de uma forma que você acaba gostando, já que podem te mandar fazer coisas que lhe deixe desconfortável. Isso vale também para a culinária e comida: só você mesmo conhece seu paladar e gostos, logo é você mesmo que tem que fazer sua comida.
1 usuário curtiu este post: firms
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 #747
(02/08/2024, 20:43)Lucius Auri Escreveu: Não uso termos vagos, uma sociedade é definida de acordo com uma identidade comum que o grupo compartilha, que pode ser e geralmente é etnia/raça e crença religiosa. No caso do Brasil a identidade comum da maioria das pessoas é compartilhar como etnia/raça a descendência ibérica (descendente de portugueses) e ter como crença o cristianismo (mais de 80% da população é cristã). Como pode ver, a identidade da qual as sociedades se organizam e se ajudam/reúnem-se mutuamente não é arbitrária, é algo bem definido.

Vago. 80% é cristão, desses 80% quantos não são protestantes petencostais, presibiterianos, calvinistas, neopetencostais, espíritas, etc e quantos não são católicos, ortodoxos, sedevacantistas, etc? Bullshit. As pessoas não se gostam só por serem cristãs, muito pelo contrário: a maioria dos protestantes odeia católicos e católicos acham protestantes hereges e certamente não conviveriam com um se tivessem a chance. É como dizer que as pessoas se dão bem só por falarem português, simplesmente não é o caso. As pessoas se dão bem por conviverem próximas umas das outras, a cortesia e civilidade é uma ferramenta de sobrevivência: é mais fácil resolver disputas na diplomacia do que na faca se ambas as partes buscam não sair machucados dali (o que geralmente é o caso). Não existe sociedade entre eu e alguém que mora no Acre, eu não conheço o Acre e não consigo me importar com o Acre. Se amanhã o Acre virar propriedade da Venezuela eu não vou nem ficar sabendo se não sair no jornal nacional.

Se a sociedade como você enxerga fosse uma unidade (tal qual em nação como statistas enxergam), o Sul não teria movimentos separatistas hoje, nem haveria tais movimentos ao decorrer da história do Huezil. Porque não existe movimentos separatista em bairros de Florianópolis mas existe em unidades federativas no Brasil? Tamanho. Tamanho, como eu sempre falo, faz toda a diferença (ui). Não existe coesão, portanto não existe sociedade, entre 200 milhões de pessoas, quanto maior o grupo, menos coeso ele é.

(02/08/2024, 20:43)Lucius Auri Escreveu: Se você conseguir mostrar que toda obra pública, como praças, metrôs, escolas, bibliotecas, rodovias, etc...possuem um dono (ou, seja, tudo é de proprietários privados e tem dono) e reconhecido judicialmente, daí o seu argumento seria verdadeiro, o que não é na prática. Obras públicas são juridicamente reconhecidas como bem público, e não tem proprietário ou dono privado, como você sugere.

Vamos por partes. 

Primeiro, "reconhecido judicialmente": escravos negros em 1700 eram reconhecidos judicialmente no Brasil como pessoas? Bullshit. Positivismo é bullshit e eu não uso isso como métrica de nada, apenas de desgraça. Não reconheço esse parâmetro por motivos éticos. Pra mim isso é um não-argumento. Lei é natural, não positiva. Eu não poderia me importar menos sobre o que está escrito na constituição, se lá disser que estuprar é correto ou que o MST tem direito de invadir a minha casa eu continuarei achando estrupo imoral e continuarei achando o MST um bando de terroristas.

Segundo, "ser dono". O que é ser dono de algo? Se eu digo que a Lua é minha propriedade isso faz da Lua minha posse? Claro que não. Eu sou tanto dono da Lua quanto o Alexandre de Morais é dono do Brasil: isso é absurdo. Ser dono de algo significa usar e defender aquele algo. Eu sou dono da minha casa, porquê? Eu cuido da minha casa e eu moro nela, se alguém tentar invadir eu irei expulsá-la daqui utilizando de todos os meios que eu tiver a disposição. Eu sou dono do meu celular, porquê? Eu uso ele todo dia e se alguém tentar tomar de mim a força eu irei fazer de tudo pra não deixar que isso aconteça. Isso é ser dono. No momento que eu deixar de cuidar de algo, eu deixo de ser dono desse algo. Se eu fugir do Brasil e não deixar ninguém de confiança defendendo a minha casa ela passa a não ter dono, por necessidade, por quê? Se um maconheiro decidir invadir minha casa sem ninguém ali pra defender é porquê não tem dono, o maconheiro virou o dono daquela casa agora. Dono é quem cuida e defende, propriedade é tudo que é cuidado e defendido ativamente por alguém. É por isso que coloquialmente homens dizem "essa é minha mulher", ou ele cuida da mulher dele ativamente ou um Ricardão vai lá e define um novo dono pra ela. O mesmo para mulheres que dizem "esse é meu esposo/homem/namorado", se ela não cuidar, outra mulher vai (se o cara for requisitado ao menos).

Terceiro, o nível "quem é dono" varia de obra pública. Uma rodovia é de propriedade do presidente da instituição estatal mais próxima do trecho da rodovia ou do dono (ou donos) da empresa que cuida do trecho. Na ficção literária satânica e maçônica chamada "Constituição Brasileira" (que no passado já considerou negros como não-pessoas) quem "cuida" das rodovias é a ANTT, mas ela não consegue exercer sua força na malha rodoviária continental brasileira (portanto ela não é dona, já que não consegue cuidar e proteger a malha rodoviária) então ela delega essa "falsa autoridade" (novamente, provinda do livro fictício supracitado) a donos de empresas. Quem cuida do trecho BR 101 Mimosa do Sul no Espírito Santo até Mucuri na Bahia é uma empresa chamada Eco101, se você tiver um problema enquanto trafega por esse trecho é pra Eco101 que você vai reclamar (seja diretamente via o site deles ou indiretamente fazendo uma reclamação pra ANTT pra ela repassar a reclamação pra Eco101).

Definido esses três pontos, quem é dono de uma obra pública? Varia da obra e do tamanho dela. Uma repartição pública é de posse da gerência que cuida do prédio naquele período eleitoral (que pode mudar de 4 em 4 anos), se eu tacar um coquetel Molotov numa repartição pública (que esteja sendo ativamente usada) o gerente do prédio vai ligar pra polícia local e mandar me prender. O gerente do prédio é o dono. Se você acha que não faz sentido o gerente do prédio ser o dono, já que esse dono pode variar de 4 em 4 anos, eu lhe digo: bem vindo a democracia. Pois é isso mesmo, bens públicos, na prática, não tem donos muito bem definidos e é justamente por esse fato que vandalismo existe. Porque escolas públicas são uma porcaria de mal cuidadas e fedem a merda e maconha enquanto escolas particulares são melhores cuidadas em comparação? Escolas públicas tem donos mal definidos, como gerentes que não estão presentes, não ligam pra escola e variam de 4 em 4 anos, enquanto escolas particulares tem donos bem definidos, que pagaram pelo prédio da escola e estão ativamente no local mantendo o lugar (seja pessoalmente ou contratando funcionários).

(02/08/2024, 20:43)Lucius Auri Escreveu: Ora, não exageremos. O que disse é que o Estado é uma ferramenta técnica para organização e estruturação de uma dada sociedade, só isso. E ainda bem que reconhece que sociedades sem Estado são no geral sociedades primitivas e arcaicas. Já existia sociedades praticamente sem Estado na história (o que é seu desejo): até o fim do Paleolítico (mais ou menos entre 10.000 a.C. e 6000 a.C.) não existiam grandes sociedades organizadas, mas pequenos bandos de caçadores-coletores nômades (sem fixação em um território) que viviam de forma primitiva. Conforme a humanidade foi desenvolvendo técnicas de sedentarização (fixação em uma terra/território), como o fogo, a roda e o arado, a agricultura foi desenvolvida, e daí se criou o Estado. As primeiras civilizações, como você já deve ter estudado no Fundamental, nasceram perto de grandes rios, que foram os egipcios e os sumérios, que tinham o rio Nilo (Egito) e os rios Tigre e Eufrates (Mesopotâmia), que eram onde se dava para fazer a agricultura e produzir alimento em grande quantidade e gerar excedente para estoque/armazenamento. E para distribuir esse alimento, fazer divisão de trabalho, construir obras públicas e estipular direitos e deveres o Estado foi criado, e junto com o Estado foi criado as primeiras ciências básicas (astrônomia, economia, metalurgia, matemática, engenharia, etc...) para a construção de obras públicas (pirâmides, estradas, diques, templos, etc...), organização do tempo (astronomia, matemática), produção de excedente alimentício (agricultura), entre outras coisas.

Escravidão é uma organização e estruturação de forma de trabalho também. Sem eles obras públicas brasileiras não existiriam, além de várias outras coisas. Se lembre, escravos eram as máquinas do passado. Não existiram grandes sociedades avançadas sem escravidão, todas as civilizações desde o paleolítico escravizaram pessoas. Você tem coragem de dizer "não seja exagerado, escravidão é necessário porque os egípcios tinham escravos"? Se não acha que escravidão é necessária nos dias de hoje, porque acha que apontar um rifle na minha cabeça e me obrigar a te pagar dinheiro (impostos) não é necessário também?

(02/08/2024, 20:43)Lucius Auri Escreveu: A sua sociedade sem Estado ou com Estado Mínimo (caçadores-coletores do Paleolítico) já existiu e já foi superada por homens que fizeram melhor organização social em grande escala lá pelo fim do Paleolítico, com as primeiras civilizações (egípcios e sumérios). Fora que essas micro-sociedades no geral eram, ao contrário do você deseja (querer Estado Mínimo e alta tecnologia) primitivas, arcaícas e com baixo desempenho tecnológico, já que não tinham uma ferramenta sofisticada de organização social (Estado) para orientar a força de trabalho e direcionar impulsos de construção e pesquisa tecnológica (universidades).

As sociedades passadas não tinham Estados como conhecemos hoje, tinham governos autocráticos. O Estado, como conhecemos hoje, nasceu na Prússia (1872) e foi conjecturado por pensadores iluministas. As sociedades passadas não tinham Banco Central, nem moeda fiduciária, como eu já repeti diversas vezes. As civilizações antigas se organizam em vilas conectadas por cidades, a cobrança de impostos existia e a escravidão também, mas quem era livre, era livre de verdade. Um camponês podia estocar riqueza e deixar pros seus descendentes sem ver sua riqueza diluir com a inflação da moeda. Alguém que juntasse riqueza no passado, conseguia de fato ficar rico. Não existiam guerras mundiais no passado, isso só começou a existir com o Estado moderno.

Quem avançou a tecnologia não foram os Estados, foram a igreja e pensadores livres. Platão não era um político (apesar de falar sobre pol[itica), nem Galileu, ou Newton. Quem inventou o fogo não foi um burocrata. As universidades eram cuidadas pela Igreja Católica.

E eu não tenho sociedade ideal, ao contrário do que você imagina, eu não digo o que o mundo deva ser, apenas reconheço o que as coisas são. Homem que corta o pau não é mulher, o nome disso é eunuco; não existe bem público, o nome disso é sem dono; imposto não é contribuição, o nome disso é roubo.

(02/08/2024, 20:43)Lucius Auri Escreveu: A questão é que os críticos do Estado nunca propuseram uma alternativa melhor ao estado, fora que fazem críticas de modo errado ao Estado. O Estado é o aparelho técnico/administrativo e jurídico para organizar uma sociedade em um dado território. Por acaso os anti-estatistas propõem uma ferramenta técnica melhor que a do Estado para organizar as sociedades? (leis, governo, divisão de trabalho, obras públicas, etc...) Pelo menos nunca vi, é só crítica vazia e soluções utópicas (como um retorno a sociedades minúsculas e primitivas, já que alta tecnologia não brota do esforço de uma só pessoa).

Se eu estivesse em 1700 no Brasil eu não estaria dizendo "acabem com a escravidão, todos são filhos de Deus", eu poderia ser morto por isso inclusive, mas eu estaria dizendo entre os meus familiares que não concordo com essa prática (por mais que na época não existisse alternativa a escravidão pra configuração que se existia ali) e faria o possível pra não financiar escravistas, se essa opção me fosse dada. Reconhecer algo como imoral não é o mesmo que propor uma alternativa, eu não tenho alternativa pro mundo, eu não sou Deus (o que muitos burocratas acham que são, não é a toa que políticos em geral são psicopatas).

Eu crítico o que é errado segundo a lei natural (não me roube, e eu não irei te roubar, seja esse roubo um bem físico ou a vida). O Estado é imoral, você faz com essa informação o que você quiser. Muitos não comprariam uma arma, pois são positivistas (acreditam no Estado) e acham que é papel da polícia defendê-lo caso um maconheiro decida o roubar (mesmo que a polícia nunca esteja presente quando é realmente necessário), quem é cético ao Estado compra uma arma (pelos meios que ele achar mais conveniente, seja na mão do CNPJ ou na mão do feirante) e tenta ao máximo possível cuidar do que é seu. Esse é um exemplo de ação prática que acontece no mundo real provinda do ceticismo estatal. Quanto mais pessoas forem céticas ao Estado, mais comércio a margem da lei positiva irá existir, quanto mais comércio sem impostos existir, mais empregos serão criados, mais baratos serão os produtos, e no final do dia é isso o que me interessa: comprar barato, ganhar muito dinheiro, dar uma boa vida aos meus pais e familiares e trabalhar com o que eu gosto.

Resumindo, a solução pro mundo eu não sei qual é, o que eu sei é: se eu estivesse em São Paulo faria minhas compras na 25 de março, pois lá é mais barato.
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 #748
(03/08/2024, 02:17)JJaeger Escreveu: Vago. 80% é cristão, desses 80% quantos não são protestantes petencostais, presibiterianos, calvinistas, neopetencostais, espíritas, etc e quantos não são católicos, ortodoxos, sedevacantistas, etc? Bullshit.

Não, não é vago. Identidades coletivas vagas não constroem impérios nem caí no senso do IBGE, tampouco ajuda na orientação cultural (lei Rouanet) e na construção de obras públicas e isenção de impostos (edifícios religiosos são isentos de impostos, se fosse identidade vaga não haveria benefícios fiscais do Estado).

(03/08/2024, 02:17)JJaeger Escreveu: Primeiro, "reconhecido judicialmente": escravos negros em 1700 eram reconhecidos judicialmente no Brasil como pessoas? Bullshit.

A questão é que posso mostrar que tem um papel, gente que assina o papel, e uma entidade pública (Estado) para se responsabilizar pelas obras públicas, logo meu critério é objetivo, o seu é subjetivo (se baseia unicamente em uma idéia na sua cabeça).

(03/08/2024, 02:17)JJaeger Escreveu: Escravidão é uma organização e estruturação de forma de trabalho também. Sem eles obras públicas brasileiras não existiriam, além de várias outras coisas. Se lembre, escravos eram as máquinas do passado. Não existiram grandes sociedades avançadas sem escravidão, todas as civilizações desde o paleolítico escravizaram pessoas.

O problema aí é que você está associando Estado necessariamente à escravidão, o que não é verdade. Existiam estados na Antiguidade e na Idade Média que eram contra a escravidão, outros só tinham escravos em periodos de guerra (butim), proibido o comércio de escravos. O Estado pode organizar a escravidão, assim como pode organizar leis para proibi-la e/ou limitá-la. O problema não é o Estado.

(03/08/2024, 02:17)JJaeger Escreveu: As sociedades passadas não tinham Estados como conhecemos hoje, tinham governos autocráticos. O Estado, como conhecemos hoje, nasceu na Prússia (1872) e foi conjecturado por pensadores iluministas. As sociedades passadas não tinham Banco Central, nem moeda fiduciária, como eu já repeti diversas vezes. As civilizações antigas se organizam em vilas conectadas por cidades, a cobrança de impostos existia e a escravidão também, mas quem era livre, era livre de verdade. Um camponês podia estocar riqueza e deixar pros seus descendentes sem ver sua riqueza diluir com a inflação da moeda. Alguém que juntasse riqueza no passado, conseguia de fato ficar rico. Não existiam guerras mundiais no passado, isso só começou a existir com o Estado moderno.

Quem avançou a tecnologia não foram os Estados, foram a igreja e pensadores livres. Platão não era um político (apesar de falar sobre pol[itica), nem Galileu, ou Newton. Quem inventou o fogo não foi um burocrata. As universidades eram cuidadas pela Igreja Católica.

Primeiro, Estado existe sim desde o fim do Paleolítico (e se chamavam veja só, cidades-Estado!!!)e isso você encontra nos livros do Fundamental de História (aonde menciona os egípcios e os sumérios como os primeiros a organizarem uma estrutura estatal). E isso não é só nos livros de História, mas é coisa básica de Ciência Política, ensinada em universidade. Você que está fazendo interpretação freestyle do que vem a ser Estado.

Recomendo esse livro do cientista político Felipe Quintas, aonde ele faz uma análise histórica desde os egípcios e sumérios, até o vem a ser o Estado moderno, comentando sobre a importância do Estado no desenvolvimento das nações ao longo da história: https://www.amazon.com.br/Desenvolviment...6526600263

Segundo: a tecnologia foi sim avançada através de impulsos estatais, através de fomento e incentivo às atividades inetlectuais. na Grécia Antiga, havia a ágora (local de debate público cosntruido por reis/políticos) aonde filósofos e especialistas de diversas áreas debatiam entre si para aprimorar suas artes e técnicas. Dependendo do debate, era até convidado pelo rei ou um político/militar para uma audiência. O Aristóteles, que foi o criador do método científico ocidental, foi patrocinado e professor do imperador Alexandre O Grande.

A Biblioteca de Alexandria, que foi o primeiro centro de pesquisa intelectual do mundo, era fomentado pela casta aristocrática (políticos) egípcia e grega. A Hipátia de Alexandria, filósofa e pesquisadora científica, era funcionária da Biblioteca.

A Casa da Sabedoria, que foi os primórdios da primeira universidade do mundo, foi fundada por um califa (político): https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_da_Sabedoria

E sobre a Igreja Católica: as primeiras universidades católicas foram abertas em parceria com o poder estatal (reis e imperadores). Que aliás: a Igreja Católica existe porque um imperador/político (Constantino) organizou e autorizou o primeiro Concílio da Igreja Católica (Concílio de Nicéia). Na Igreja Ortodoxa (império Bizantino) era o imperador que autorizava os Concílios dos sacerdotes.

Bom, como pode ver aí, o Estado é fomentador de tecnologia, e isso por uma questão bem simples e prática: começa com a preocupação mais básica, que é a defesa de território, que exige ciência militar, e ciência militar exige tecnologia de ponta, que por sua vez exige um corpo de sábios e intelectuais (centros de discussão acadêmica), que por sua vez para se produzir os armamentos e equipamentos militares que os intelectuais pensaram em larga escala exige divisão de trabalho da sociedade, que por sua vez exige indústria e fonte de energia (carvão, eletricidade, energia atômica, etc...) e toda essa cadeia de sofisticação e produção tecnológica exige uma estrutura que organize tudo isso e direcione para um objetivo (bem comum) que é o Estado.

(03/08/2024, 02:17)JJaeger Escreveu: Resumindo, a solução pro mundo eu não sei qual é, o que eu sei é: se eu estivesse em São Paulo faria minhas compras na 25 de março, pois lá é mais barato.

Bom, ao menos reconhece que é crítica sem solução. Bom, o Estado vai continuar sendo necessário, por que é a melhor ferramenta disponível para organização de um corpo coletivo, e o melhor impulsionador de alta tecnologia, porque Estado tem corpo militar, e corpo militar exige tecnologia de ponta. Micro-sociedades não fazem esse tipo de coisa.
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 #749
(03/08/2024, 19:09)Lucius Auri Escreveu: Não, não é vago. Identidades coletivas vagas não constroem impérios nem caí no senso do IBGE, tampouco ajuda na orientação cultural (lei Rouanet) e na construção de obras públicas e isenção de impostos (edifícios religiosos são isentos de impostos, se fosse identidade vaga não haveria benefícios fiscais do Estado).

Identidade é individual, não coletiva. Não existe identidade coletiva, isso é ficção literária. 1 é sempre igual a 1, 1 somado a 1 vira 2, já mudou de identidade.

O que você chama de identidade coletiva é uma categorização arbitrária feito por um jurista do passado que você toma como importante. E está tudo bem, religião é religião e cada um tem a sua; mas eu não compartilho dessa fé.

(03/08/2024, 19:09)Lucius Auri Escreveu: A questão é que posso mostrar que tem um papel, gente que assina o papel, e uma entidade pública (Estado) para se responsabilizar pelas obras públicas, logo meu critério é objetivo, o seu é subjetivo (se baseia unicamente em uma idéia na sua cabeça).

Eu escrevo "a Lua é minha" num papel, tiro uma foto e posto aqui, é um critério objetivo: e aí, a Lua é minha agora? O seu critério "está escrito num papel" é tão objetivo quanto dizer que elfos existem porque eles aparecem no livro O Senhor dos Anéis.

(03/08/2024, 19:09)Lucius Auri Escreveu: O problema aí é que você está associando Estado necessariamente à escravidão, o que não é verdade. Existiam estados na Antiguidade e na Idade Média que eram contra a escravidão, outros só tinham escravos em periodos de guerra (butim), proibido o comércio de escravos. O Estado pode organizar a escravidão, assim como pode organizar leis para proibi-la e/ou limitá-la. O problema não é o Estado.

Escravidão foi um exemplo para demonstrar a imoralidade do aparato estatal. No entanto, uma propriedade qualquer Estado vai obrigatoriamente ter: cobrança de impostos.

Qual a diferença entre sexo e estupro? Consentimento.
Qual a diferença entre roubo e troca? Acordo.

Imposto, como já diz no nome, é imposto a você. Você não tem escolha senão pagar. Não tem acordo, eu nunca assinei um contrato dizendo: eu aceito pagar impostos em troca de X, eu simplesmente pago impostos e não tenho a opção de distratar esse fato. Se eu não pagar, eu vou pra cadeia, e se eu resistir a cadeia, eu sou morto. Logo, se eu não pago impostos, eu posso morrer. Se você acha que utilizar rede social de big tech é escravidão imposta por liberais, pagar dinheiro sem consentimento é o quê? Contribuição? Eu conheço isso como roubo.

E antes que você diga: não existe contrato social, eu nunca assinei isso, e não tem pensador iluminista no mundo que me convença de que eu assinei esse papel.

O Estado se valida da sua crença nele. Não é a toa que os estados antigos eram teocracias, o ditador era o deus na terra (ou da família dele), por isso as pessoas (algumas) davam validação ao Estado: era uma religião. E continua sendo uma religião.

(03/08/2024, 19:09)Lucius Auri Escreveu: Primeiro, Estado existe sim desde o fim do Paleolítico (e se chamavam veja só, cidades-Estado!!!)e isso você encontra nos livros do Fundamental de História (aonde menciona os egípcios e os sumérios como os primeiros a organizarem uma estrutura estatal). E isso não é só nos livros de História, mas é coisa básica de Ciência Política, ensinada em universidade. Você que está fazendo interpretação freestyle do que vem a ser Estado.

Recomendo esse livro do cientista político Felipe Quintas, aonde ele faz uma análise histórica desde os egípcios e sumérios, até o vem a ser o Estado moderno, comentando sobre a importância do Estado no desenvolvimento das nações ao longo da história: https://www.amazon.com.br/Desenvolviment...6526600263

Segundo: a tecnologia foi sim avançada através de impulsos estatais, através de fomento e incentivo às atividades inetlectuais. na Grécia Antiga, havia a ágora (local de debate público cosntruido por reis/políticos) aonde filósofos e especialistas de diversas áreas debatiam entre si para aprimorar suas artes e técnicas. Dependendo do debate, era até convidado pelo rei ou um político/militar para uma audiência. O Aristóteles, que foi o criador do método científico ocidental, foi patrocinado e professor do imperador Alexandre O Grande.

A Biblioteca de Alexandria, que foi o primeiro centro de pesquisa intelectual do mundo, era fomentado pela casta aristocrática (políticos) egípcia e grega. A Hipátia de Alexandria, filósofa e pesquisadora científica, era funcionária da Biblioteca.

A Casa da Sabedoria, que foi os primórdios da primeira universidade do mundo, foi fundada por um califa (político): https://pt.wikipedia.org/wiki/Casa_da_Sabedoria

E sobre a Igreja Católica: as primeiras universidades católicas foram abertas em parceria com o poder estatal (reis e imperadores). Que aliás: a Igreja Católica existe porque um imperador/político (Constantino) organizou e autorizou o primeiro Concílio da Igreja Católica (Concílio de Nicéia). Na Igreja Ortodoxa (império Bizantino) era o imperador que autorizava os Concílios dos sacerdotes.

O problema de debater história é que não existe critério objetivo, é difícil se ater a fatos porque história não se estuda com base em fatos (principalmente história antiga), mas em versões que convergem a uma espécie de verdade. Pra responder esses argumentos eu teria que ler sobre cada evento que você citou e apurar o contexto de cada um pra lhe responder, não tenho esse tempo. Eu dei o exemplo do império romano impedindo o avanço da máquina a vapor, eu posso pegar vários outros exemplos, mas isso não vai chegar em nenhuma conclusão objetiva.

Eu não vou forçar minha mão nesse ponto. Trabalho escravo e experimentos médicos nazistas ajudaram a avançar a engenharia e a ciência médica, eu faço uso desses frutos que caíram de uma árvore podre, mas isso não me obriga a chamar a árvore podre de saudável.

(03/08/2024, 19:09)Lucius Auri Escreveu: Bom, ao menos reconhece que é crítica sem solução. Bom, o Estado vai continuar sendo necessário, por que é a melhor ferramenta disponível para organização de um corpo coletivo, e o melhor impulsionador de alta tecnologia, porque Estado tem corpo militar, e corpo militar exige tecnologia de ponta. Micro-sociedades não fazem esse tipo de coisa.

O fogo veio de uma micro-sociedade, então sim, micro-sociedades fazem tecnologia de ponta.
Anyway, eu sou um frankfurtiniano de direita, só reclamo, mas não dou solução pra nada  HAHA!

O Estado é um deus civil na cabeça das pessoas. Podem não chamar de deus, mas é ao Estado que pedem pra resolver qualquer problema. Se na antiguidade um camponês pedia a Deus pra que caísse chuva, hoje um trabalhador de baixa renda pede ao Estado pra que caía bolsa família. Não é por coincidência que Rousseau chamava o estado de religião civil.

Eu não sei se o estado continuará sendo necessário, até porque necessidade é algo individual e se for falar só de mim eu não vejo necessidade em pagar DANFE, mas enquanto as pessoas forem crentes nele, ele continuará existindo; disso eu tenho certeza
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 #750
(03/08/2024, 21:06)JJaeger Escreveu: Identidade é individual, não coletiva. Não existe identidade coletiva, isso é ficção literária. 1 é sempre igual a 1, 1 somado a 1 vira 2, já mudou de identidade.

Existe identidade individual (pessoa, indivíduo) e identidade coletiva. Em Sociologia, Antropologia e Ciências Políticas chamam identidade coletiva de ethos: Ethos (em grego antigo ἔθος: 'hábito, costume, uso'; ἦθος 'caráter, disposição, costume, hábito') é o conjunto de traços e modos de comportamento que conformam o caráter ou a identidade de uma coletividade.

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ethos

(03/08/2024, 21:06)JJaeger Escreveu: Eu escrevo "a Lua é minha" num papel, tiro uma foto e posto aqui, é um critério objetivo: e aí, a Lua é minha agora? O seu critério "está escrito num papel" é tão objetivo quanto dizer que elfos existem porque eles aparecem no livro O Senhor dos Anéis.

Fiz apenas o velho método científico de teoria, experimentação (prática) e demonstração (prova). Tu não demonstrou que a Lua é sua (faltou a experimentação e demonstração aí), só rabiscou um papel com uma frase de efeito para impressionar ignorantes Pacman

(03/08/2024, 21:06)JJaeger Escreveu: Imposto, como já diz no nome, é imposto a você. Você não tem escolha senão pagar. Não tem acordo, eu nunca assinei um contrato dizendo: eu aceito pagar impostos em troca de X, eu simplesmente pago impostos e não tenho a opção de distratar esse fato. Se eu não pagar, eu vou pra cadeia, e se eu resistir a cadeia, eu sou morto. Logo, se eu não pago impostos, eu posso morrer. Se você acha que utilizar rede social de big tech é escravidão imposta por liberais, pagar dinheiro sem consentimento é o quê? Contribuição? Eu conheço isso como roubo.

Ai ai o velho argumento-retórico liberal que reduz o Estado à cobrança de impostos (imposto é roubo!!!), sendo que já demonstrei aqui que o Estado cumpre várias funções para a sociedade no geral. Nem vou escrever de novo aqui, está no meu post anterior as funções básicas do Estado. Ainda tu não conseguiu provar que o Estado é imoral colega, já que demosntrei que ele cumpre variadas funções.

(03/08/2024, 21:06)JJaeger Escreveu: O problema de debater história é que não existe critério objetivo, é difícil se ater a fatos porque história não se estuda com base em fatos (principalmente história antiga), mas em versões que convergem a uma espécie de verdade. Pra responder esses argumentos eu teria que ler sobre cada evento que você citou e apurar o contexto de cada um pra lhe responder, não tenho esse tempo. Eu dei o exemplo do império romano impedindo o avanço da máquina a vapor, eu posso pegar vários outros exemplos, mas isso não vai chegar em nenhuma conclusão objetiva.

Se não existe critério objetivo, qual seria o seu critério objetivo para dizer que o Estado é imoral e que não deveria existir? Cara, tô quase rindo aqui. Tipo, tu tá me lembrando de uns esquerdistas liberais que encontrava na universidade, que dizia que "tudo é subjetivo, não existe objetividade nem Verdade" e que dizia que buscar uma Verdade clara e objetiva era oprimir a diversidade das opiniões (kkkkkk). Tu já pode dar um rolê nas universidades aí com os esquerdistas descontrucionistas (relativistas), tu tá falando igual à eles.

(03/08/2024, 21:06)JJaeger Escreveu: Anyway, eu sou um frankfurtiniano de direita, só reclamo, mas não dou solução pra nada 

Você é um relativista de direita, ainda bem que sabe. Bom, nada mais a dizer (acho né?) Desu
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