I Am What I Am (Japão 2022, Tamada Shinya)
Drama sobre uma mulher asexual.
Vários personagens tento um relacionamento com ela, tentam forçar ela em um relacionamento, e os que não não podem ficar junto como ela gostaria.
Em um filme desses é assistir a protagonista se frustrar para talvez no fim conheça alguém "como ela" e não terminar o filme se sentindo sozinha.
Então o diferencial é se tem algo a dizer, se alguma cena oferece alguma crítica sobre a "não normalidade" dela.
Tem essa:
Ela reescreveu Ciderela para crianças da creche onde trabalha questionando a lógica e expectations dos personagens.
No fim o candidato a prefeito a cidade faz aquele comentário.
O filme é bom porque essa é a crítica que o filme todo faz, em muitas cenas, não apenas nessa.
As cenas na casa da protagonista com a família são um grande exemplo disso, há vários exemplos de "valores" que ensinados desde pequeno como "normais" e expectativas que são exigidos de todos e como eles são um pouco irracionais.
A irmã está grávida e o marido trai ela enquanto a avó que teve três divórcios insiste que isso não é nada demais, é normal e até esperado.
Tanto quanto amor e casamento e ter filhos é esperado que o marido eventualmente vai trair a esposa.
O filme perigava passar a impressão de que a aversão da protagonista a amor e casamento poderia ser tanto ou mais por esse mal exemplo da família dela quanto pela assexualidade dela, mas o relacionamento com o pai talvez evita isso.
O pai é supre depressivo, todas as cenas em que ele está com a família ele é um zumbi, completamente morto e senil.
No entanto há várias cenas em que ele interage apenas com a protagonista e nelas ele é completamente diferente, eles tem uma relação bem bacana.
Talvez porque como ela ele é como o Tom Cruise em Guerra dos Mundos (sim, isso é relevante e mencionado no filme).
Tem mais algumas coisas que mas esqueci o que eram e como explicar, então fim.
Recomendo.