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Tópico em 'Vale tudo' criado por M3troid em 01/01/2024, 00:01.
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 #331
Hoje empurrei a Marajó do meu avô subindo pela rampa da garagem, que é bem ingreme.
Na hora fiquei todo quebrado pq além de ser pesado ainda estava chovendo e bem escorregadio.

Mas consegui, talvez a academia tenha dado resultado mesmo eu indo em intervalos irregulares.
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 #332
(16/04/2024, 22:23)Lonely Escreveu: Não li a discussão inteira, mas concordo 100% com você até essa parte da dignidade aí. Calma, a dignidade humana é a base da razão para se ter propriedade e a propriedade ser respeitada. O Estado grandão viola a dignidade humana, instrumentalizando o homem, retirando seus direitos naturais (como a propriedade) e oprimindo com seus encargos e empobrecimento sistemático causado pela inflação.

É pela dignidade humana que o contrato deve ser respeitado entre as duas partes, é por causa da dignidade que o homem tem seus direitos naturais e é por ela que o homem é livre. Recomendo a leitura dos Pais Fundadores, no qual as ideias cristãs fundamentaram as ideias de liberdade naquele país.

A ideia de que o homem é igual perante aos olhos de Deus é a base de uma sociedade livre, no qual os sujeitos podem firmar contratos, tomar responsabilidade pela sua própria vida e ser livre.

Sem isso, a ideia liberal desaba e é fica fácil acusar o liberalismo de "defender a ideologia burguesa para oprimir os pobres".

Eu entendi que seu ponto não é esse, mas eu acho bom já deixar claro. Imagino que você vai concordar com o que está acima.

Eu usei "dignidade" da forma, talvez, errada, acabei não especificando no post. Dignidade que eu falo seriam condições mínimas para se viver bem. Essas condições, que eu chamei de dignidade, são negociáveis a depender do seu contexto. Estar numa situação ruim é melhor que estar numa situação horrível, essa foi a lógica geral.
Quando junta dignidade e trabalho foi isso que me veio a mente, condições materiais e físicas que lhe garantam um bem-estar específico.

Eu não me referi a dignidade enquanto um conceito mais fundamental, relacionado a natureza humana. Essas palavras são complicadas, num contexto coloquial elas são uma coisa, num contexto acadêmico é outra. Se você coloca dignidade como algo relacionado a honra, nobreza, de fato isso não é negociável pois não segue lógicas econômicas, mas humanas (psicológicas se preferir).

(16/04/2024, 12:01)Houtarou3D Escreveu: Essa discussão sobre filosofia me lembra desse quadrinho:  Icon_lol

Spoiler: Imagem   

Eu aposto 10 reais no pix que quem fez essa tirinha faz curso de filosofia ou gosta de estudar sobre.
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 #333
(16/04/2024, 22:36)JJaeger Escreveu: Eu usei "dignidade" da forma, talvez, errada, acabei não especificando no post. Dignidade que eu falo seriam condições mínimas para se viver bem. Essas condições, que eu chamei de dignidade, são negociáveis a depender do seu contexto. Estar numa situação ruim é melhor que estar numa situação horrível, essa foi a lógica geral.
Quando junta dignidade e trabalho foi isso que me veio a mente, condições materiais e físicas que lhe garantam um bem-estar específico.

Eu não me referi a dignidade enquanto um conceito mais fundamental, relacionado a natureza humana. Essas palavras são complicadas, num contexto coloquial elas são uma coisa, num contexto acadêmico é outra. Se você coloca dignidade como algo relacionado a honra, nobreza, de fato isso não é negociável pois não segue lógicas econômicas, mas humanas (psicológicas se preferir).

Dignidade como fundamento do homem. O homem por ser homem tem em si uma dignidade que dá a ele o status de igualdade perante a todos os seus irmãos. É dessa ideia que pode sair a ideia de liberdade: todos são iguais e possuem, por direito, todos os direitos devidos ao homem (que são os naturais).

Eu, como sou cristão, acredito que essa dignidade é recebida por todos sermos filhos de Deus. E é por essa dignidade que o homem é livre para ser correto ou incorreto e, possuindo consciência, irá arcar com as próprias consequências dos seus atos.

O estado pode funcionar como contraponto ao capitalismo "brutal", mas o que vemos hoje é que o estado pode ser linha auxiliar dele. Além do estado, como bem pontuado, ter em si sua enorme carga de corrupção, como vemos na criação da classe burocrática parasita e ineficiente, sua capacidade para empobrecer a população, etc. A ONU é isso: uma classe burocrática supraestatal aliada a elite financeira ocidental.

Então, por mais que eu não seja contrário a um estado que proteja os trabalhadores (não sou realmente), a forma, a extensão e como isso é feito tem que ser com muito cuidado, para que o remédio não seja pior que a doença. Ou seja, é um artifício importante, mas que deve ser utilizado com cuidado.

Como apontado anteriormente, as leis trabalhistas brasileiras são ótimos exemplos de como o remédio ajuda o paciente a morrer.

Mas já estou me alongando e atravessando a conversa de vocês. É o que eu penso.
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 #334
(16/04/2024, 21:46)JJaeger Escreveu: Como falei anteriormente, eu não sou coletivista. Eu uso a palavra judeu apenas pra me referir a etnia no contexto da idade média, pois os medievais segregavam os judeus principalmente por causa de sua etnia/religião. Eu não acredito que hajam judeus bonzinhos ou malvados, pessoas são boas ou más individualmente. Se você diz que todo judeu sionista, que eu não conheço a fundo, é necessariamente um crápula, aí é uma afirmação sua que eu não posso provar nem desprovar.

Sim, esses judeus da Idade Média seguem a linha da tradição farisaica (os mesmos que crucificaram Jesus na época). Os santos e doutores da Igreja Católica, através da Bíblia que cita que os judeus na época (que eram orientados pelo farisaísmo) pediram para que "o sangue de Jesus recaisse nas suas cabeças e de seus filhos", orientavam que, como os judeus eram "deicidas" (soltaram Barrabás e condenaram Jesus) mereciam, portanto, a "eterna servidão". E a situação dos judeus (especificamente os judeus de tradição farisaíca) na Idade Média piorou ainda mais, quando a Igreja Católica descobriu o Talmud, que pervertia até mesmo à compreensão da Torah, com mensagens supremacistas e racismo e ódio ao cristianismo (uma espécie de proto-sionismo): http://judaismoemaconaria.blogspot.com/2...almud.html

Era uma espécie de "preconceito e maldição teológica", não necessariamente a mesma dos sionistas hoje (ou seja, na Idade média já havia uma espécie de proto-sionismo, pregando supremacismo e racismo étnico).

E não há nenhum problema em julgar pessoas em grupos, pois o homem é um ser naturalmente gregário, e portanto, não vive sozinho. Não existe nenhuma civilização construída por um único indivíduo. O ethos é o valor coletivo das personalidades individuais que se juntam em um valor em comum acordo, o que naturalmente também não invalida a individualidade de cada um, pois cada um recebe o que é seu por direito. Cooperação mútua de individuos (coletividade) fortalece a individualidade, não a anula, pois há várias pessoas com talentos, dons e perspectivas ajudando um ao outro mutuamente, cobrindo o que falta na individualidade do outro.

(16/04/2024, 21:46)JJaeger Escreveu: Dignidade tem preço e é negociável. Você só consegue dizer que dignidade não tem preço pois você não é miserável, logo pra você ela parece algo garantido, mas não é. Tudo tem preço. Pergunte a um homem aleatório na rua: se você tivesse que escolher matar a si mesmo ou a mim, quem você escolheria? Ele certamente diria você, a sua vida vale menos que a dele, e vice-versa. Preço não é simplesmente um número, é a informação do quão escaço é a coisa precificada. A minha vida, para mim, tem preço infinito, a vida de alguém que amo também, a vida de um estuprador, pra mim, tem preço negativo, eu ganho se ele morrer (incremento geral de segurança pública). Nomeie o objeto e alguém lhe dará um preço

Alguém que passa fome e vem de uma família que vende as filhas para homens mais velhos para não vê-las morrerem de fome, aceitaria trabalhar numa fábrica em condições precárias e ganhar um mínimo de comida todo dia? Eu diria que sim. A dignidade dela tem um preço, algo pra comer, pois de onde ela vem nem isso tinha. A história da humanidade é de miséria, guerra e fome, porque seria diferente no início da revolução industrial onde esse paradigma estava começando a mudar? A miséria e precariedade não era uma característica exclusiva das fábricas, o mundo era muito mais difícil do que é hoje.

O que disse é que os homens buscam a dignidade como bem, não que ela pode ser relativizada ou negociável. O que não muda o que disse, pois pessoas que "negociam a sua dignidade" jamais fariam isso como "primeira escolha", a menos que não veja oportunidade de se manter a sua dignidade.
(16/04/2024, 21:46)JJaeger Escreveu: [quote='JJaeger' pid='485347' dateline='1713314804']
E quem colocava esses caras lá se não o Estado que os incriminavam por vagabundagem (que era um crime na época)? Na China se você for um vagabundo paga o dobro de impostos, a China obriga a trabalhar compulsoriamente até hoje.

Sim, sei disso. E você sabe que o estado britânico nessa época era instrumentalizado pela alta burguesia nessa época, e portanto, era uma oligarquia? (burguesia dominando o aparato estatal) Isso aí é história básica, com a oligarquia britânica, através de leis estatais, fazendo confisco forçado de terras (cercamentos) e forçando os camponeses a irem para as cidades, para trabalhar nas fábricas. Essas leis, junto com a origem da Polícia, servia para os trabalhadores "andarem na linha", impedir aglomerações e multidões de trabalhadores (que se manifestavam), sendo a lógica da época punir dissidentes e manifestantes, para fazê-los "cumprir contratos" e seguir rigidamente a "oferta de trabalho disponível".

A relação com as oligarquias e as origens da Polícia: https://passapalavra.info/2015/08/105892/
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 #335
(16/04/2024, 22:26)DK666 Escreveu: Hoje empurrei a Marajó do meu avô subindo pela rampa da garagem, que é bem ingreme.
Na hora fiquei todo quebrado pq além de ser pesado ainda estava chovendo e bem escorregadio.

Mas consegui, talvez a academia tenha dado resultado mesmo eu indo em intervalos irregulares.

C ganhou +10 de xp. Só falta mais 100 pra chegar no lv2.

...

Pera... Marajó???

Pega aí +5 xp pela velharia.
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 #336
(16/04/2024, 23:01)Lonely Escreveu: Dignidade como fundamento do homem. O homem por ser homem tem em si uma dignidade que dá a ele o status de igualdade perante a todos os seus irmãos. É dessa ideia que pode sair a ideia de liberdade: todos são iguais e possuem, por direito, todos os direitos devidos ao homem (que são os naturais).

Eu, como sou cristão, acredito que essa dignidade é recebida por todos sermos filhos de Deus. E é por essa dignidade que o homem é livre para ser correto ou incorreto e, possuindo consciência, irá arcar com as próprias consequências dos seus atos.

O estado pode funcionar como contraponto ao capitalismo "brutal", mas o que vemos hoje é que o estado pode ser linha auxiliar dele. Além do estado, como bem pontuado, ter em si sua enorme carga de corrupção, como vemos na criação da classe burocrática parasita e ineficiente, sua capacidade para empobrecer a população, etc. A ONU é isso: uma classe burocrática supraestatal aliada a elite financeira ocidental.

Então, por mais que eu não seja contrário a um estado que proteja os trabalhadores (não sou realmente), a forma, a extensão e como isso é feito tem que ser com muito cuidado, para que o remédio não seja pior que a doença. Ou seja, é um artifício importante, mas que deve ser utilizado com cuidado.

Como apontado anteriormente, as leis trabalhistas brasileiras são ótimos exemplos de como o remédio ajuda o paciente a morrer.

Mas já estou me alongando e atravessando a conversa de vocês. É o que eu penso.

As leis trabalhistas de hoje estão desatualizadas e com lideranças corrompidas. Mas à época que foi feita deu resultados, a Era Vargas junto com o governo militar (que continuaram sua política e economia) foram que industrializam o Brasil e que foi o período de maior crescimento economico do Brasil. Isso porque, na época, Getúlio Vargas fez uma síntese com o sindicalismo anarquista e a Doutrina Social da Igreja Católica, que assegurava que o Estado tinha o dever de amparar o trabalhador. Você que é cristão, recomendo estudar o período de Getúlio Vargas, aonde as idéias cristãs da DSI de "economia solidária, com foco no bem comum" foram absorvidas no período. Junto á isso, pegou as tradições políticas gaúchas do Castilhismo no manejamento da máquina estatal e formulou a política do Trabalhismo, com enfoque em justiça social ou "capitalismo solidário".
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 #337
(16/04/2024, 23:04)Lucius Auri Escreveu: Sim, esses judeus da Idade Média seguem a linha da tradição farisaica (os mesmos que crucificaram Jesus na época). Os santos e doutores da Igreja Católica, através da Bíblia que cita que os judeus na época (que eram orientados pelo farisaísmo) pediram para que "o sangue de Jesus recaisse nas suas cabeças e de seus filhos", orientavam que, como os judeus eram "deicidas" (soltaram Barrabás e condenaram Jesus) mereciam, portanto, a "eterna servidão". E a situação dos judeus (especificamente os judeus de tradição farisaíca) na Idade Média piorou ainda mais, quando a Igreja Católica descobriu o Talmud, que pervertia até mesmo à compreensão da Torah, com mensagens supremacistas e racismo e ódio ao cristianismo (uma espécie de proto-sionismo): http://judaismoemaconaria.blogspot.com/2...almud.html

Era uma espécie de "preconceito e maldição teológica", não necessariamente a mesma dos sionistas hoje (ou seja, na Idade média já havia uma espécie de proto-sionismo, pregando supremacismo e racismo étnico).

É, eu sei mais de economia do que sobre história de conflitos religiosos, então não posso falar muito. Além de que, discutir os aspectos de cada religião é uma tangente que prefiro não entrar, mas reconheço sim sua importância, e também sei que existem vieses na análise de tais conflitos por diversos motivos.

(16/04/2024, 23:04)Lucius Auri Escreveu: E não há nenhum problema em julgar pessoas em grupos, pois o homem é um ser naturalmente gregário, e portanto, não vive sozinho

Há sim, eu não respondo pelo que o nordestino faz, eu respondo pelo que eu faço. A história da humanidade é formada por grupos pequenos de pessoas, mesmo quando analisados em conjunto, as pessoas historicamente viviam em famílias ou em pequenos grupos de famílias (em vilarejos ou como nômades caçadores e coletores). Existe um estudo que diz que alguém só consegue ter relação com 150 pessoas no máximo, mais que isso qualquer um é tratado como estranho. Analisar pessoas em coletivos, que tendem ao infinito, é, além de injusto, anti-natural. Uma coisa é haver certa coesão num grupo de 50, 150 pessoas, outra é haver uma suposta coesão em todo ariano, índio, judeu, brasileiro, americano, ou o raio que o parta de gentílico que algum sociólogo europeu decidiu adotar.

(16/04/2024, 23:04)Lucius Auri Escreveu: O que não muda o que disse, pois pessoas que "negociam a sua dignidade" jamais fariam isso como "primeira escolha", a menos que não veja oportunidade de se manter a sua dignidade.

Não entendi. Eu não trabalho por escolha, se eu pudesse ficava o dia todo jogando Elden Ring. Você escolhe o que lhe é dado, sendo essa escolha a primeira, a segundo ou a ordem que seja. Se eu vivo na merda, eu não tenho como escolher viver no bom, é uma impossibilidade física, do contrário eu não vivia na merda.

(16/04/2024, 23:04)Lucius Auri Escreveu: Sim, sei disso. E você sabe que o estado britânico nessa época era instrumentalizado pela alta burguesia nessa época, e portanto, era uma oligarquia? (burguesia dominando o aparato estatal) Isso aí é história básica, com a oligarquia britânica, através de leis estatais, fazendo confisco forçado de terras (cercamentos) e forçando os camponeses a irem para as cidades, para trabalhar nas fábricas. Essas leis, junto com a origem da Polícia, servia para os trabalhadores "andarem na linha", impedir aglomerações e multidões de trabalhadores (que se manifestavam), sendo a lógica da época punir dissidentes e manifestantes, para fazê-los "cumprir contratos" e seguir rigidamente a "oferta de trabalho disponível".

A relação com as oligarquias e as origens da Polícia: https://passapalavra.info/2015/08/105892/

O estado é instrumentalizado até hoje pela que vocês marxistas chamam de burguesia, isso não mudou e não vai mudar, pois a função do Estado é ser controlada por algum grupo de interesse. A minha crítica é justamente ao aparato do Estado, que permite essas coisas acontecerem.

E essa interpretações dos cercamentos é, como é de se esperar, uma visão anacrônica interpretada por marxistas sob a ótica do patrão/proletário que impregna praticamente tudo que tem de história analisada no Huezil que é dominado por marxistas e que você provavelmente bebe como fonte já que citou um artigo do passapalavra (provavelmente lê boitempo também). A história dos cercamentos é outra, e aconteceu ao longo de séculos, por diversos motivos ao contrário do que marxistas querem que você pense. O materialismo histórico-dialético envenena qualquer análise histórica pra produzir o mesmo discurso patrão/empregado de sindicalista da CUT.
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 #338
(16/04/2024, 23:30)JJaeger Escreveu: Há sim, eu não respondo pelo que o nordestino faz, eu respondo pelo que eu faço. A história da humanidade é formada por grupos pequenos de pessoas, mesmo quando analisados em conjunto, as pessoas historicamente viviam em famílias ou em pequenos grupos de famílias (em vilarejos ou como nômades caçadores e coletores). Existe um estudo que diz que alguém só consegue ter relação com 150 pessoas no máximo, mais que isso qualquer um é tratado como estranho. Analisar pessoas em coletivos, que tendem ao infinito, é, além de injusto, anti-natural. Uma coisa é haver certa coesão num grupo de 50, 150 pessoas, outra é haver uma suposta coesão em todo ariano, índio, judeu, brasileiro, americano, ou o raio que o parta de gentílico que algum sociólogo europeu decidiu adotar.

Conheço esse estudo, e aplico em minha vida também (essa lógica também se aplica em formações militares, aonde se preza por eficiências em cumprir missões). Mas está confundindo vínculo afetivo com interdependência coletiva: não preciso ser íntimo de todas as pessoas de um país para saber da importância de uma pessoa ou mais pessoas, que vive no mesmo país que eu, na cooperação em pegar meu lixo (lixeiro), me entregar cartas (carteiro), fazer e usar leis que me ajudem com questões de justiça (político/juíz), me trazer segurança (policial/militar) ou me vender coisas em uma "budega" qualquer (mercearia). Eles me ajudam na minha vida, compartilham da mesma língua/cultura/leis/cidadânia, mesmo que não tenha vínculo afetivo profundo com eles.

(16/04/2024, 23:30)JJaeger Escreveu: Não entendi. Eu não trabalho por escolha, se eu pudesse ficava o dia todo jogando Elden Ring. Você escolhe o que lhe é dado, sendo essa escolha a primeira, a segundo ou a ordem que seja. Se eu vivo na merda, eu não tenho como escolher viver no bom, é uma impossibilidade física, do contrário eu não vivia na merda.

Ah, escrevi errado.
(16/04/2024, 23:30)JJaeger Escreveu: Não entendi. Eu não trabalho por escolha, se eu pudesse ficava o dia todo jogando Elden Ring. Você escolhe o que lhe é dado, sendo essa escolha a primeira, a segundo ou a ordem que seja. Se eu vivo na merda, eu não tenho como escolher viver no bom, é uma impossibilidade física, do contrário eu não vivia na merda.

Bom, se você compartilha de uma espécie de raciocínio "fatalista", que as circunstâncias dizem como você será até morrer, então nada tenho a dizer. Mas minha visão de mundo é diferente: tem coisas que não podemos controlar (Destino), como escolher nacionalidade, etnia, sexo, família, talentos/dons, etc...e controlar a Fortuna (sorte/azar), mas podemos controlar como podemos interpretar essas coisas (juízo/perspectiva, coisas que se alteram com estudo e conhecimento) e basear suas ações com base nisso. Há coisas que podem ser mudadas, outras não. As circunstâncias externas a nós podem serem mudadas, no sentido de que por elas serem físicas, estão em constante transformação. Pode haver mudança, mas não um controle total, portanto.

(16/04/2024, 23:30)JJaeger Escreveu: O estado é instrumentalizado até hoje pela que vocês marxistas chamam de burguesia, isso não mudou e não vai mudar, pois a função do Estado é ser controlada por algum grupo de interesse. A minha crítica é justamente ao aparato do Estado, que permite essas coisas acontecerem.

E essa interpretações dos cercamentos é, como é de se esperar, uma visão anacrônica interpretada por marxistas sob a ótica do patrão/proletário que impregna praticamente tudo que tem de história analisada no Huezil (que é dominado por marxistas e que você provavelmente bebe como fonte). A história dos cercamentos é outra, e aconteceu ao longo de séculos, por diversos motivos ao contrário do que marxistas querem que você pense.

Nem sou marxista, só cito certos estudos relacionados à eles porque falam verdades. A verdade não tem "partido". O que ver como verdade, seja de quem for, estarei citando. No caso, gosto dos estudos marxistas sobre as oligarquias capitalistas, que no geral, são bons e falam coisas bem esclarecedoras. Mas considero bobo algumas outras coisas, como o conceito deles de materialismo histórico, que diz que as relações economicas determinam as relações humanas.
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 #339
(17/04/2024, 00:07)Lucius Auri Escreveu: Bom, se você compartilha de uma espécie de raciocínio "fatalista", que as circunstâncias dizem como você será até morrer, então nada tenho a dizer. Mas minha visão de mundo é diferente: tem coisas que não podemos controlar (Destino), como escolher nacionalidade, etnia, sexo, família, talentos/dons, etc...e controlar a Fortuna (sorte/azar), mas podemos controlar como podemos interpretar essas coisas (juízo/perspectiva, coisas que se alteram com estudo e conhecimento) e basear suas ações com base nisso. Há coisas que podem ser mudadas, outras não. As circunstâncias externas a nós podem serem mudadas, no sentido de que por elas serem físicas, estão em constante transformação. Pode haver mudança, mas não um controle total, portanto.

Eu não sou fatalista, mas você escolhe o que lhe é dado no momento. Você, através de gerações de escolhas, pode melhorar sua situação até chegar num estado que considera "bom" ou ideal. Porém, dado múltiplas escolhas ruins, você não tem como escolher algo bom, é ilógico. As circunstâncias dizem como você será no momento, apenas isto. Se você está na merda (naquele momento) não pode escolher viver no bom (naquele momento) se apenas lhe são dadas escolhas ruins (naquele momento); esta foi a realidade da esmagadora maioria das pessoas na revolução industrial, sendo esse o meu ponto no final das contas.

(17/04/2024, 00:07)Lucius Auri Escreveu: Nem sou marxista, só cito certos estudos relacionados à eles porque falam verdades. A verdade não tem "partido". O que ver como verdade, seja de quem for, estarei citando. No caso, gosto dos estudos marxistas sobre as oligarquias capitalistas, que no geral, são bons e falam coisas bem esclarecedoras.

Estudos e análises huezileiras são escritas em sua esmagadora maioria por marxistas. Concordo com você que verdade não tem partido, você provavelmente chega em algo verdadeiro analisando várias fontes e vendo onde elas convergem. O problema é que no Huezil existem apenas marxistas, vozes dissonantes, na academia, são praticamente inexistentes. Difícil chegar numa aproximação da verdade sendo que só um "partido" diz a versão dos fatos.
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 #340
(16/04/2024, 23:20)Lucius Auri Escreveu: As leis trabalhistas de hoje estão desatualizadas e com lideranças corrompidas. Mas à época que foi feita deu resultados, a Era Vargas junto com o governo militar (que continuaram sua política e economia) foram que industrializam o Brasil e que foi o período de maior crescimento economico do Brasil. Isso porque, na época, Getúlio Vargas fez uma síntese com o sindicalismo anarquista e a Doutrina Social da Igreja Católica, que assegurava que o Estado tinha o dever de amparar o trabalhador. Você que é cristão, recomendo estudar o período de Getúlio Vargas, aonde as idéias cristãs da DSI de "economia solidária, com foco no bem comum" foram absorvidas no período. Junto á isso, pegou as tradições políticas gaúchas do Castilhismo no manejamento da máquina estatal e formulou a política do Trabalhismo, com enfoque em justiça social ou "capitalismo solidário".

Getúlio Vargas foi um ditador e as ações dele foram muito prejudiciais ao país. Minha opinião sobre o varguismo, eu compartilho com o de um católico chamado Marcelo Andrade. o Thomas Giuliano também fala bem sobre o Vargas.

Ele é um ótimo exemplo de como as ações estatais modernas são corrompidas: as ações dele definiram o Brasil até 1984 e, de certa forma, de 85 para cá. Uma verdadeira tragédia. Ele dá força ao JK, ao Brizola e ao João Goulart. Isso vai desembocar no PT.

Depois de todos esses anos de fórum, acredito que não preciso entrar em detalhes acerca da minha opiniâo sobre essas figuras.
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