Vários altos funcionários da União Europeia disseram à Reuters que é pouco provável que a UE confisque os ativos do Banco Central Russo, embora o G7 planeje discutir a medida em fevereiro.
Confiscar bens russos e entregá-los a Kiev aliviaria a pressão sobre o Ocidente para financiar o esforço de guerra da Ucrânia, mas as autoridades europeias descartaram esta possibilidade como demasiado arriscada do ponto de vista jurídico. Um deles explica que isso não vai acontecer porque não há acordo entre os membros da UE.
Além disso, numa entrevista à Reuters, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Luxemburgo, Xavier Bettel, afirmou que era “muito cauteloso” quanto ao confisco dos bens:
"Imagine se decidirmos politicamente dar milhares de milhões à Ucrânia. E dentro de seis meses teremos uma decisão judicial dizendo que não podemos dar-lhes. Quem pagará então?"
A preocupação não é apenas sobre a legalidade de um confisco sem precedentes de fundos soberanos, mas também sobre as possíveis consequências para o euro. Os investidores poderão retirar ativos em euros por receio de que um dia também estes sejam confiscados.
Além disso, a Rússia prometeu retaliar se isso acontecer. Segundo dados apresentados pela agência russa RIA-Novosti, os ativos ocidentais na Rússia atingem 288 bilhões de dólares.
O Wall Street Journal informou que se a ajuda financeira não for fornecida à Ucrânia, esta será forçada a imprimir dinheiro para pagar pensões e salários. Em 2024, o governo ucraniano terá de enfrentar um déficit de 40 bilhões de dólares. Inicialmente esperava-se que 30 fossem fornecidos pelos EUA e pela UE, mas isto ainda não foi aprovado.
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O ministro da Defesa alemão, Boris Pistorius, anunciou que este país doará 6 helicópteros Westland Sea King Mk41 à Ucrânia como parte do seu apoio. Estes exemplos de 50 anos estão sendo substituídos pelo NH90:
“O Sea King é um helicóptero robusto que ajudará os ucranianos em muitas áreas, desde o reconhecimento sobre o Mar Negro até ao transporte de soldados.”
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A imprensa grega noticiou que o governo deste país aprovou a transferência de armas obsoletas de origem soviética para a Ucrânia. Cita os sistemas SAM Tor, Osa e S-300 e os canhões ZU-23-2. Em troca, a Grécia receberia 200 milhões de euros em financiamento para a compra de armas.
Até onde me consta, é questionável as condições operacionais desse S-300 grego.
Os demais podem ou não estar em melhores condições.
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O comandante das Forças de Defesa da Estônia, general Martin Herem, pediu para não subestimarmos as capacidades da Rússia. Destaca-se a sua capacidade de produzir vários milhões de projéteis de artilharia por ano e recrutar centenas de milhares de homens. Lembrou também que a estimativa da OTAN de que a Rússia poderia produzir 1 milhão de projéteis por ano revelou-se incorreta.
- NATO Has Been Underestimating Russia’s War Machine, Estonia Says
https://www.bloomberg.com/news/articles/...ys-general
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Há relatos da prisão de vários funcionários na Ucrânia por desvio de fundos. O esquema é o clássico - o Ministério da Defesa pagou ao Lviv Arsenal o equivalente a 40 milhões de dólares por 100.000 projéteis de morteiros no outono de 2022, mas estes nunca foram entregues. Uma investigação do Serviço de Segurança da Ucrânia revelou que o dinheiro tinha sido transferido para contas estrangeiras, incluindo nos Balcãs.
Entre os detidos estão antigos e atuais altos funcionários do Ministério da Defesa, o chefe comercial do Lviv Arsenal e um representante de um grupo comercial estrangeiro.