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(24/05/2022, 23:34 )
Zefiris
24/05/2022, 23:34
(Resposta editada pela última vez 24/05/2022, 23:43 por Zefiris.)
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Pode-se dizer que os russos estão "vencendo" em Donbass. O avanço é lento e sangrento, mas sistemático. A artilharia está sendo usada massivamente para compensar a falta de reforços, mas não deve sobrar muita coisa por onde os russos passarem. Fica a dúvida por quanto tempo os russos suportam essa sangria. Não que a Ucrânia esteja saindo incólume, longe disso.
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Em paralelo a tudo isso, há indicativos que o Erdogan está preparando para nos próximos meses fazer uma limpeza étnica no Norte da Síria enquanto os olhos do mundo estão na Ucrânia.
No próximo ano há eleições na Turquia e a presença de refugiados sírios é controversa. Uma operação militar bem-sucedida no Norte da Síria - onde a comunidade curda goza de certa autonomia - poderá gerar efeitos nas eleições que sejam benéficos aos anseios do Erdogan.
Os ucranianos estão se reposicionando para evitar uma ruptura repentina, mas se os russos conseguirem romper a linha de frente em Donbass na força bruta, presumo que a única coisa que vai fazê-los parar será o rio Dniepre.
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(25/05/2022, 10:21 )
Zefiris
Os T-62 comentados deve ser a versão modernizada dele, a T-62M, onde o dispositivo de visão noturna infravermelho TPN-1-41-11 é substituído por um multicanal 1PN-96MT-02, que possui câmera térmica.
De todo modo, é um tanque com design de 70 anos atrás e que entrou em operação nos anos 60.
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(27/05/2022, 09:42 )
Zefiris
27/05/2022, 09:42
(Resposta editada pela última vez 27/05/2022, 10:24 por Zefiris.)
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Aparentemente Israel contrariou o pedido dos EUA e não autorizou a exportação de seus mísseis anti-tanque que são fabricados na Alemanha sob licença. A razão é que Israel não quer prejudicar suas relações com a Rússia, que tem grande influência na Síria.
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Sobre os tanques T-62M e T-62MV que a Rússia está enviando para a guerra na Ucrânia, é possível especular que sejam destinados às unidades LNR/DNR que já estão habituadas a usarem o modelo durante os anos que antecederam essa escalada na guerra.
A moral dos soldados ucranianos no Leste do país parece estar em baixa, e há relatos de dificil confirmação que há ucranianos se recusando a lutar.
Mas acho que está dentro do esperado, se considerarmos que ficar rodeado 24/7 por explosões da artilharia russa não deve ajudar a deixar uma pessoa motivada. E muitos veteranos da guerra em Donbas devem sofrer de transtorno do estresse pós-traumático.
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(27/05/2022, 15:33 )
Zefiris
Me lembrando que no jogo World of Tanks eu cheguei a jogar com o tanque T-62A. Ele pegava fogo com facilidade, então eu sempre equipava um extintor automático para não morrer devido a sua tendência para combustão quase espontânea.
A realidade não difere muito do jogo. Em seus primeiros anos, o T-62 viu ação na guerra do Yom Kippur em 1973 nas mãos do Egito e Síria. E sua tendência de pegar fogo ao ser atingido o fazia tão perigoso aos seus tripulantes quanto era para o inimigo.
Nos anos 80 recebeu modernizações, com motor e proteção passando por um upgrade. É essas versões que temos visto na Ucrânia. Com o T-62MV chegando a usar primeira geração de blindagem ERA. Mas como gosto de dizer: Não importa quantas lindas flores se coloque sobre um túmulo. Sob ele continuará tendo um cadáver em decomposição.
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(29/05/2022, 14:08 )
Zefiris
Se os ucranianos terem sucesso em sua contra-ofensiva em Kherson, será um duro golpe contra os russos na Crimeia. Em 2018 eu dizia:
- Já em 2014 o fluxo de água do rio Dniepre à Crimeia foi cortado pelas autoridades ucranianas, e desde então a situação só se deteriora na península devido à escassez aguda de água. Excetuando se houver a invasão russa na região ucraniana de Kherson, basicamente não há meios de resolver a crise hídrica a curto prazo.
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(29/05/2022, 16:45 )
Zefiris
As rotas terrestres parecem serem insuficientes para escoar o trigo ucraniano. A perda do Moskva pouco interferiu no bloqueio naval russo no Mar Negro que agrava a crise alimentar global.
Países do Oriente Médio e seus arredores correm risco de fome em grande escala. Claro, países como o Iêmen já não estavam na melhor das condições, mas no caso desse, 30% do trigo vinha da Ucrânia.
Há relatos que a Grã-Bretanha está pensando em enviar navios de guerra ao Mar Negro para escoltar os navios que exportam grãos ucranianos. Se a Turquia permitir a entrada, há risco da guerra escalar.