(19/06/2017, 22:53)junobouken Escreveu: Só uma curiosidade.. isso aqui não teve adaptação em anime pq?
talvez não seja o tipo de coisa que os japoneses assistidores de anime gostam, assim como os japoneses não são chegados em berserk e casos como o de blade que quando virou anime foi um fiasco total.
(19/06/2017, 22:53)junobouken Escreveu: Só uma curiosidade.. isso aqui não teve adaptação em anime pq?
O atrativo do mangá é a arte primeiro, o conteúdo depois, e a arte seria o problema de fazer em anime. Vagabond ficaria melhor sendo um live-action com filtros de imagem.
(19/06/2017, 23:12)rapier Escreveu: O atrativo do mangá é a arte primeiro, o conteúdo depois, e a arte seria o problema de fazer em anime. Vagabond ficaria melhor sendo um live-action com filtros de imagem.
Nesse ponto, devo discordar de você.
O atrativo, sem dúvida nenhuma é a história, a arte é muito boa, mas não supera o conteúdo.
A arte no começo, era muito amadora, tinha pouco expressão, com o tempo, como se pode acompanhar no mangá, ela vai se desenvolvendo e aperfeiçoando. E esse fato, não foi negligene ciado pelo o autor, qucom o tempo, foi melhorando - e todo artísta sabe que se não ir em busca de aperfeiçoar sua técnica, ela nunca vai sair de como está; pós seu sistima cognitivo, se adptou a trabalhar desse jeito, e não vendo o por que de melhorar, não sai de seu estado atual.
Mas nesse ponto, concordo com você, que Vagabond séria melhor em LA - mesmo eu não gostando. E não se tornou anime, pelo principal fato de não de adequar ao mercado.
Eu não sou lá esses fans do Inoue que existe por ai mas devo dizer que o atrativo do mangá foi a sua criatividade.
Não é o enredo pois não importa quantos desvios vc pegue, o local de chegada é o mesmo.
A jogada do Kojiro ser surdo e mudo foi fantástica junto com o seu background. Nem preciso dizer sobre a arte que ele evoluiu com o decorrer dos anos.
As três melhores sagas são: Hōzōin arc, Yoshioka arc e Farming arc. No primeiro, é a primeira vez que o Musashi perde e tem que amadurecer. Ele perde parte da arrogância e começa A amadurecer. Só que o autor é muito inteligente, o amadurecimento do Musashi começa, para, retrocede, continua, para, etc. O desenvolvimento é realista porque não é reto, ele tá sempre em conflito com o ego dele, aqui é a primeira vez que ele percebe que existem coisas além do ego dele, mas é cedo para ele conseguir desenvolver isso. No segundo arco, ele perde a inocência de que aquelas batalhas de vida ou morte são batalhas de derrotar ou perder, é assassinato. O caminho que ele tá seguindo é o caminho da espiral da morte e da vingança. A vida não é só o ego dele. O terceiro arco é como a própria simbologia da agricultura é: você nasce, cresce, morre e nasce novamente. Ele aprende com a terra que não há só destruição; há também o plantio, há os fracos do lado. O lado guerreiro do Musashi se transforma em humanidade. O velho agricultor que é o mestre diz algo assim, ''na semente há toda a vida''. Dentro de todos nós, há o potencial infinito da vida. Ele finalmente quebra o ego e começa a entender o mundo ao redor.
Aproveitando meu primeiro dia de férias para começar a minha releitura do mangá. Uma coisa que tinha-me passado despercebido é que no arco Hozoin, o mestre Hozoin In'ei aposentou-se e transformou-se em um agricultor. Ele tenta ensinar, tanto ao jovem que o sucedeu quanto ao Musashi, a disciplina da alma. De certa forma, quando o Musashi no último arco se torna um agricultor, é como se ele tivesse aprofundando os ensinamentos que ele começa a ter aqui. Não é o domínio da arte da espada em sentido estrito, mas o ensino da arte da espada como uma forma para aprender a disciplinar a sua própria alma.
Eu sempre me perguntei como o Musashi, mesmo tendo amadurecido na batalha contra o Ishun, desenvolveu tão forte ego posteriormente. Agora entendi: em vez compreender corretamente a fala do Takuan, de não observar apenas a folha para ver a árvore, não ver só a árvore para ver a floresta e vendo a floresta, entender como ele próprio é pequeno e faz parte daquele universo, ele toma a pequena descoberta dele e a visão que ele teve como uma visão dele próprio. Essa é a diferença do olhar dele para o do mestre do In'ei, que olha como o próprio Buda.