#4
Já no primeiro episódio eu tinha reclamado sobre isso, sobre por que e para quê afinal a Natsume quer "lutar"?
Esse episódio respondeu essa pergunta e a resposta é válida.
"MAS!"
Para tirar logo do caminho as coisas que me incomodam, depois da explicação sobre porquê a Natsume quer tanto "lutar", e não se importa se acabar morrendo rápido por conta disso, ela confessa seus sentimentos.
Não é pelo mundo nem por ninguém, é apenas por ela, como esperado de um roteiro japonês.
No fim é pela rasa, mal entendida e insignificante ideia de "jiyuu'.
É um pouco decepcionante que o roteiro não consiga se "libertar" cofcof disso, porque as "leituras marxistas" se escrevem sozinhas nos diálogos dos personagens. Sério, essa cena acaba sendo uma contradição porque a Natsume diz que ela não quer mudar o mundo imediatamente após ela nos mostrar em tela como o mundo está forçando ela a ser menos e inútil.
Natsume NÃO PRECISA MUDAR, ela pode continuar sendo como ela é e mudar o mundo que se recusa a reconhecê-la, não é?
Não é isso que todas essas cenas estão mostrando?
Natsume está sendo julgada pelo o que ela supostamente deveria ser, não pelo que ela pode fazer.
E entendo que muitos cresceriam acostumados com o mundo em que nascerão e não veriam nada de errado com ele e não pensariam em mudança. Gente como a Kurenai. Ela não gosta mas ela aceita. Esse não é o caso da Natsume, esses quatro episódios foram sobre como ela se recusa aceitar como esse mundo funciona, ainda mais depois de vermos o sonho do pai dela. Ele queria mudar o mundo, não queria? E ela é inspirada por ele.
Para terminar, seria melhor se já soubéssemos sobre a motivação dela para lutar durante a briga com o Kaburagi, mas sem ele explicar seus motivos para querê-la longa da batalha a briga assume o sentido dele ser mais um querendo limitar o que ela pode fazer.
De volta para "TOME OS MEIOS DE PRODUÇÃO", é como se tudo isso fosse apenas mais uma insurgência socialista fracassada.