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(20/07/2020, 21:17)
zakon
Mas o negócio que eu realmente queria dizer eh que deveriam tentar mais adaptar obras com romances assim em desenho e abrir mais espaço pra elas nas editoras. Podem dizer que não vendem, mas não vejo arriscarem nada nesse estilo.
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(20/07/2020, 21:17)
Lonely
Eu encontrei online e vi aqui Miyamoto Musashi: Souken ni Haseru Yume. Bom, acho que a primeira coisa a dizer é: nãoé bem anime, é mais um espécie de documentário. Mas é um documentário de um assunto muito conhecido no Japão, então se ele dá muito informação sobre certos aspectos da vida do Musashi, ele se interessa pouco em dar uma explicação em geral. Usando um pouco do meu conhecimento por meio de livros e filme, creio que entendi alguma coisa.
Bem, primeiro o filme é uma tentativa de reinterpretação do Musashi. O Miyamoto Musashi, samurai do século XVII, virou uma espécie de símbolo nacionalista no período do governo nacionalista japonês que existe entre o início do século XX até o fim da segunda guerra. O Japão, depois da ocidentalização do século XIX, tenta encontrar suas raízes. O principal escritor sobre isso é o Nitobe Inazo, que encontra no Bushido o ethos da cultura japonesa. Isso vai servir como instrumento do governo japonês como arma política. Tanto na questão cultural, como nos planos imperialistas que existiam na época, etc. Isso é necessário porque quando há a ocidentalização do Japão no século XIX, as formas marciais e os conhecimentos militares, além da religiosa japonesa, passa por um estado de decadência. Eles acreditam que o uso da katana, o ensino do judo e do jiu-jitsu, são bárbaros comparados as armas e táticas dos ocidentais, que pareciam a eles como estrategistas de guerras delongo alcance. Assim, criando uma geração fraca para a guerra e para o confronto um contra um. Isso vai ser um fator importante na guerra entre os japoneses e os russos porque estes últimos usam espadas e nunca perderam contato com o combate físico . Evidentemente, o governo nacionalista irá recuperar esses valores por meio do éthos do Bushido e o Musashi é a principal figura disso. Ele é uma imagem concreta dos valores e ideias japoneses, até mesmo espirituais. Pois criaram muitas interpretações budistas das obras dele. Ah, não falei sobre isso, mas além de samurai, ele escreveu estratégia de guerra, poemas, fez pinturas, etc.
O filme então tenta recriar a imagem do Musashi levando em consideração essa utilização do Musashi e tenta mostrar o quê é verdadeiro e o que é falso. Se o Musashi é o maior dos samurais, nas batalhas um contra um, ele na verdade é assim por estar numa época pacifica - sendo que o interesse principal deste são as grandes batalhas e as estratégias de guerra. Se o Musashi é visto como um símbolo espiritual o zen budismo e do espírito japonês, o filme argumento que ele não é nada além de um genial estrategista pragmático, que pensava racionalmente. Assim, ele rebate talvez uma geração de interpretações sobre o Musashi no Japão.
Isso aí é o enredo. A animação é meio feita em 3D, com um professor palestrinha explicando história militar desdea antiguidade, e uma bela animação das principais lutas do Musashi. É um documentário com alguma coisa de anime. A música fica entre música contemporânea e mistura tradicional japonesa.
Acho que no final das contas, é filme pra japonês. Tem que entender o contexto de quem o filme tenta debater para entender integralmente o filme.
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(20/07/2020, 21:17)
rapier
(20/07/2020, 21:15)zakon Escreveu: Mas nem dá para dizer que não compraria, porque as personagens mais velhas na grande maioria tão no meio de um harém e por isso nem dá pra saber como seria uma adaptação de algo com gurias mais velhas quando elas são o produto principal e não um complemento. (Como o desenho das sensei)
Tá falando de Sunohara-san? Não fez sucesso não.
(20/07/2020, 21:15)zakon Escreveu: Tem também mesmo que no harém, sempre vejo muitos comentários falando sobre como algumas personagens mais velhas dos haréns são as melhores gurias da obra. Tipo a Chisato de Shinmai Maou.
Claro que sempre terá necrocons, mas com certeza as melhores donas do anime na opinião geral são Maria, Mio e Yuki.
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(20/07/2020, 21:18)
Gabrinius
(20/07/2020, 21:17)zakon Escreveu: Mas o negócio que eu realmente queria dizer eh que deveriam tentar mais adaptar obras com romances assim em desenho e abrir mais espaço pra elas nas editoras. Podem dizer que não vendem, mas não vejo arriscarem nada nesse estilo.
eu entendi.
o que eu disse é que se as obras que eles topam arriscar são essas bombas, imagina as outras.
baseado no nível das que tornaram, provavelmene não exista obra digna de se tornar um anime assistivel.
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(20/07/2020, 21:18)
rapier
20/07/2020, 21:18
(Resposta editada pela última vez 20/07/2020, 21:29 por rapier.)
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(20/07/2020, 21:17)zakon Escreveu: Mas o negócio que eu realmente queria dizer eh que deveriam tentar mais adaptar obras com romances assim em desenho e abrir mais espaço pra elas nas editoras. Podem dizer que não vendem, mas não vejo arriscarem nada nesse estilo.
Mangá e LN com isso deve ter trocentos. A questão é ter anime, e eu acho bastante difícil. Se tiver, terá com donas com supostos X anos mas cara de X-20, tipo as mães de animes atuais.
Me lembrei aqui de um harém de senhoras... https://anime-forum.info/showthread.php?tid=943. Mas o harém é pros fãs de shotacon, assim como o Sunohara-san.
Ah, tem outro: O Tenchi das trevas que ninguém assistiu, o GXP. Que é do mesmo autor do anime anterior.
(20/07/2020, 21:27)Ash_ Escreveu: O intuito do anime está nítido, assim como o intuito de anime de baseball é criar jogadores e animes de magia é criar magos.
O último não da muito certo.
Mas tem gente que se esforça.
Dá certo sim. No Japão, "mago" é quem é virgem com mais de 30 anos.
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(20/07/2020, 21:30)
zakon
(20/07/2020, 21:17)rapier Escreveu: Tá falando de Sunohara-san? Não fez sucesso não.
Não, não. Esse daí eh shotacon e atualmente eu ando passando esse tipo de obra. Falo de coisas estilo garden of words, que eu gostei, mas o final foi meh.
(20/07/2020, 21:18)rapier Escreveu: Me lembrei aqui de um harém de senhoras... https://anime-forum.info/showthread.php?tid=943. Mas o harém é pros fãs de shotacon, assim como o Sunohara-san.
Posso num lembrar o desenho e até devo rever esse ano ainda, mas sei que não são do mesmo nível. lol
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(20/07/2020, 21:31)
rapier
(20/07/2020, 21:30)zakon Escreveu: Não, não. Esse daí eh shotacon e atualmente eu ando passando esse tipo de obra. Falo de coisas estilo garden of words, que eu gostei, mas o final foi meh.
Kotonoha é novela, e não é incomum em novela ter donas com mais idade.
(20/07/2020, 21:30)zakon Escreveu: Posso num lembrar o desenho e até devo rever esse ano ainda, mas sei que não são do mesmo nível. lol
Não são, o Sunohara-san tem donas mais bonitas e mais romantismo.
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(20/07/2020, 21:34)
zakon
(20/07/2020, 21:31)rapier Escreveu: Não são, o Sunohara-san tem donas mais bonitas e mais romantismo.
Mas o protagonista estraga a apreciação da obra.
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(20/07/2020, 21:37)
Ash_
(20/07/2020, 21:18)rapier Escreveu:
Dá certo sim. No Japão, "mago" é quem é virgem com mais de 30 anos. Oxe, mas isso aí não é o normal?
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(20/07/2020, 21:39)
zakon
(20/07/2020, 21:17)Lonely Escreveu: Eu encontrei online e vi aqui Miyamoto Musashi: Souken ni Haseru Yume. Bom, acho que a primeira coisa a dizer é: nãoé bem anime, é mais um espécie de documentário. Mas é um documentário de um assunto muito conhecido no Japão, então se ele dá muito informação sobre certos aspectos da vida do Musashi, ele se interessa pouco em dar uma explicação em geral. Usando um pouco do meu conhecimento por meio de livros e filme, creio que entendi alguma coisa.
Bem, primeiro o filme é uma tentativa de reinterpretação do Musashi. O Miyamoto Musashi, samurai do século XVII, virou uma espécie de símbolo nacionalista no período do governo nacionalista japonês que existe entre o início do século XX até o fim da segunda guerra. O Japão, depois da ocidentalização do século XIX, tenta encontrar suas raízes. O principal escritor sobre isso é o Nitobe Inazo, que encontra no Bushido o ethos da cultura japonesa. Isso vai servir como instrumento do governo japonês como arma política. Tanto na questão cultural, como nos planos imperialistas que existiam na época, etc. Isso é necessário porque quando há a ocidentalização do Japão no século XIX, as formas marciais e os conhecimentos militares, além da religiosa japonesa, passa por um estado de decadência. Eles acreditam que o uso da katana, o ensino do judo e do jiu-jitsu, são bárbaros comparados as armas e táticas dos ocidentais, que pareciam a eles como estrategistas de guerras delongo alcance. Assim, criando uma geração fraca para a guerra e para o confronto um contra um. Isso vai ser um fator importante na guerra entre os japoneses e os russos porque estes últimos usam espadas e nunca perderam contato com o combate físico . Evidentemente, o governo nacionalista irá recuperar esses valores por meio do éthos do Bushido e o Musashi é a principal figura disso. Ele é uma imagem concreta dos valores e ideias japoneses, até mesmo espirituais. Pois criaram muitas interpretações budistas das obras dele. Ah, não falei sobre isso, mas além de samurai, ele escreveu estratégia de guerra, poemas, fez pinturas, etc.
O filme então tenta recriar a imagem do Musashi levando em consideração essa utilização do Musashi e tenta mostrar o quê é verdadeiro e o que é falso. Se o Musashi é o maior dos samurais, nas batalhas um contra um, ele na verdade é assim por estar numa época pacifica - sendo que o interesse principal deste são as grandes batalhas e as estratégias de guerra. Se o Musashi é visto como um símbolo espiritual o zen budismo e do espírito japonês, o filme argumento que ele não é nada além de um genial estrategista pragmático, que pensava racionalmente. Assim, ele rebate talvez uma geração de interpretações sobre o Musashi no Japão.
Isso aí é o enredo. A animação é meio feita em 3D, com um professor palestrinha explicando história militar desdea antiguidade, e uma bela animação das principais lutas do Musashi. É um documentário com alguma coisa de anime. A música fica entre música contemporânea e mistura tradicional japonesa.
Acho que no final das contas, é filme pra japonês. Tem que entender o contexto de quem o filme tenta debater para entender integralmente o filme.
Eu ia colocar ele na minha lista (que eh gigantesca) de coisas pra ver, mas vou deixar pra lá.
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