Esse episódio foi comédia demais, a sociedade chegou em um ponto tão racional que voltou a sexualidade hermafrodita primeira do Aristófanes:
''O comediante Aristófones narra o
mito dos Andróginos. Os homens no início eram esféricos, tinham dois olhos, quatro pernas, quatro braços e assim por diante. Mas como eles pretenderam se igualar aos deuses, Zeus ordena que sejam divididos ao meio. O cirurgião divino costura na frente de cada um o sexo. Dessa divisão nasce o desejo de cada ser humano completar-se no outro. Agatão mostra que Eros é o mais feliz dos deuses, sempre jovem e belo, justo, corajoso, sábio. ''
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Em outras palavras, os Nines são perfeitos pois se satisfazem sozinhos e os imperfeitos, os parasitas, são impossibilitados de exercerem sexualidade - só possuindo órgãos genitais e hormônios para pilotar os Franxx - que devem ser movidos por força sexual. Então há uma racionalidade tão grande que a emoção é renegada e o pessoal vive numa Matrix tecnológica. Que viagem, hein.
E o mais interessante: é a
mulher que deseja ter filhos e criar vida. Isso é muito relevante, a Kokoro tá assumindo o papel de mãe, porém não simplesmente de mãe, mas ela desenvolveu a consciência que ser mãe
é uma forma de marcar sua existência no mundo. A Kokoro tem um pensamento primitivo num mundo ultra-racionalizado, bem legal isso.