Jin-Rou

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35 respostas neste tópico
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(08/01/2018, 02:56)mandrake_ Escreveu: Assisti Jin-Roh, não sei se peguei a idéia do filme, quer dizer, tem uma boa ambientação, guerra civil, política, conflito entre entidades de segurança e etc, mas acho que foi mais sobre o romance entre os dois lá... O lance do lobo e a chapeuzinho vermelho. Deve ter sido, porque fora isso, não teve nenhuma grande história.

Mas é isso mesmo, é só um filme legal de ação, com um final bem foda.
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 #22
Eu tinha certeza que o cara atiraria dessa vez, mas achava que iria se matar depois... HAHA!
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 #23
(08/01/2018, 02:56)mandrake_ Escreveu: Assisti Jin-Roh, não sei se peguei a idéia do filme, quer dizer, tem uma boa ambientação, guerra civil, política, conflito entre entidades de segurança e etc, mas acho que foi mais sobre o romance entre os dois lá... O lance do lobo e a chapeuzinho vermelho. Deve ter sido, porque fora isso, não teve nenhuma grande história.

Como não teve história? Acho o roteiro muito bem pensado do início ao fim, discussão antimoralismo interessante e conflitos realistas dos personagens que ficam no foco da narrativa o tempo todo. Acho que se o povo fica perdido, é mais pelo realismo da abordagem já que contrainteligência de verdade é um troço complicado de acompanhar porque você acaba caindo na enganação também e não é um roteiro de ação convencional nesse sentido, o que está em jogo é uma interação política, mas quem sofre as ações são os personagens.

Quanto à ideia do filme, Jinrou integra uma série de trabalhos do Oshii chamada Kerberos Saga, mas nesse filme a ideia é basicamente: Uma unidade de elite antiterrorista chamada Kerberos é alvo de uma armação de unidades rivais, a Segurança Pública e a Polícia Local, que queriam descreditar a Kerberos. Quando o protagonista, um integrante da Kerberos falha em matar uma terrorista e permite que ela detone uma bomba improvisada, a Segurança Pública coloca uma ex-terrorista que eles capturaram para agir como irmã da garota que o protagonista falhou em matar, acreditando que ela era capaz de fazer ele sentir culpa pela morte da garota e se apaixonasse pela irmã dela (o que funciona).

A ideia é que se a Segurança Pública conseguisse provar que a Kerberos tinha laços com os grupos terroristas que eles combatiam então isso seria um escândalo que descreditaria a organização, tornando a Segurança Pública mais influente e possivelmente acabando com a Kerberos. A questão é que desde o início, como descobrimos no final do filme, o protagonista já fazia parte de um esquema de contrainteligência que previu as ações da Segurança Pública e visava cair no jogo deles para expor sua armação e fazer o tiro sair pela culatra (o que funciona). A ideia é que o Fuse, assim como a falsa irmã da terrorista, também está fingindo gostar dela e sentir culpa pela morte da outra. Ele ser rebaixado e etc. por não ter matado a terrorista e deixar a bomba explodir no início é tudo parte do plano da Kerberos para expor o esquema da Segurança Pública. Enfim, os dois estão se traindo mutuamente.

Para discutir a questão da inexistência de bem e mal, o anime escolhe o clássico da Chapeuzinho Vermelho por ter um modelo moral claro com arquétipos como "Lobo Mau"e "Chapeuzinho". A questão é que ele abertamente descarta esse modelo moral, mostrando que numa situação real, todo mundo é ao mesmo tempo Lobo e Chapeuzinho. O diretor conscientemente usa enquadramentos, edição e fala dos personagens para apresentar ambos o Fuse e a Kei como vilão e vítima. Apesar de se vestir como chapeuzinho, durante várias cenas a Kei está no controle do Fuse pois faz ele se apaixonar por ela conforme o plano e ficar exposto aos jogo da segurança pública, aqui ela é o Lobo. O conflito interno da personagem está no fato de que ela realmente se apaixona por ele e em certa altura desiste de sua missão e decide fugir. Mas mesmo ciente da armação, o Fuse se nega a fugir. Só no final do filme é que a Kei descobre que o Fuse também estava enganando ela. Aqui ele é o Lobo. Após o plano da Kerberos funcionar, a organização decide matar a Kei, pois ela é o único ponto fraco do plano e seria importante a Segurança Pública não saber do seu paradeiro. O Fuse não concorda com o plano e aqui a gente percebe que ele (obviamente) também acabou se apaixonando pela Kei apesar de ser tudo parte da armação. O Fuse aceitar matar a Kei no final implica que naquele momento ele termina aquela história como Lobo e eterniza ela como Chapeuzinho (inocente), isso é, como a Kei é a vítima da armação deles, ela é inocente (quando o filme obviamente descarta inocência). Assim, a Kei não precisa sofrer o fato de ser a vilã ou sentir culpa. Não faz sentido o Fuse se matar ou etc, como vocês comentaram, porque o objetivo da obra nessa cena é justamente mostrar a Kerberos como uma organização capaz de fazer o necessário e se tornar um Lobo para se manter no controle por ela ser um mal necessário (ela mantém a ordem).
2 usuários curtiram este post: juno, mandrake_
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 #24
Nunca disse que não tinha história, só disse que não achei "grande"... é que não sou acostumado com esses filmes antigo mais realistas... mas realmente é isso aí tudo que tu falou, a única coisa que eu não sabia era que o cara estava fingindo e estava à par das intenções da dona também.
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 #25
Pela capa achei que era um filme de ação, mas 87% é pura frescura, até parecia os filmes daquele makoto kon. Demorei quase 3 horas pra assistir o filme .

Embora, pra ser justo, o jeito que foi feito, as semelhanças com o conto e a parte política é legal, mas o filme em si enrola muito e fica numa chatice terrível.
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 #26
Vai sair filme  Icon_e_surprised Icon_e_surprised Icon_e_surprised

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[Imagem: COfvQgi.jpg]
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 #27
Captação direta de coisa com cara de anime raramente presta. Já desgostei do pôster.
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 #28
Histórinha já está montada e não tem tantos efeitos especiais para estragar.
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 #29
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 #30
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