Kino no Tabi: The Beautiful World - The Animated Series

Tópico em '2017' criado por rapier em 12/03/2017, 10:19.
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365 respostas neste tópico
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Pessoas assistindo ao 2003, lembrem que tem três extras:
1 -o episódio 00 da Mestra;
2- um de meia duração sobre uma Torre;
3- um episódio completo do "país da doença".
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 #332
(29/12/2017, 20:52)Nami Escreveu: Ainda, dá aquela vontade de ser como a Kino - sem compromissos, sem regras, sem ancorar em lugar algum. Ser um simples viajante sem destino. Me passa muito essa vibe, enquanto assisto.

Essa sensação de sem compromissos e regras deve ser algo bom e libertador, dado que vivemos num mundo capitalista que requer sempre de nós, principalmente de nosso intelecto que gruda num objetivo que nunca é o objetivo do ser e dos nossos anseios. Kino por ser uma viajante ela não cria raízes nos países, nem mesmo possui raízes com sua antiga terra natal dado o que aconteceu, pois qualquer ligação que tivesse estaria nos pais, mas devido ao radicalismo e ao extremismo advinda da crença e cultura daquele país, não existe mais nenhum laço e local para retornar.

A imparcialidade do personagem é algo encantador. Não paro de falar isso, mas é uma atitude correta, sensata, sábia da Kino. É bom saber que temos um local para retornar, um local que serve de porto seguro a qualquer homem/indivíduo, mas em contrapartida, é este mesmo porto seguro pode virar uma casa de abelhas. É sempre bom e mal.

O anime é perfeito, mostra a transitoriedade das coisas evidenciadas em diferente culturas. O episódio zero da torre foi o mais interessante dos que assisti até o momento. Vamos ver se há mais episódios tão bons quanto este.

(29/12/2017, 21:00)PaninoManino Escreveu: Pessoas assistindo ao 2003, lembrem que tem três extras:
1 -o episódio 00 da Mestra;
2- um de meia duração sobre uma Torre;
3- um episódio completo do "país da doença".

Agradeço, Panino. Verei sim.
Grato ?
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 #333
(29/12/2017, 21:00)PaninoManino Escreveu: Pessoas assistindo ao 2003, lembrem que tem três extras:
1 -o episódio 00 da Mestra;
2- um de meia duração sobre uma Torre;
3- um episódio completo do "país da doença".

Baixei o meio episódio da Torre como sendo o zero, que seria esse aqui:
https://myanimelist.net/anime/3466/Kino_...ou_no_Kuni

No MAL, tem mais esses outros dois:
https://myanimelist.net/anime/1379/Kino_...fe_Goes_On
https://myanimelist.net/anime/2175/Kino_..._-_For_You

Gostei bastante dos episódios 6 e 7, sobre a cidade Coliseu. Acho que o Deme não assistiu ainda.
Spoiler:   

Não consigo parar de assistir isso. O que me anima a parar de assistir é "economizar" os episódios mesmo, hahah
1 usuário curtiu este post: Demetrius
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 #334
o da torre é o unico que eu não gostei.
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 #335
(29/12/2017, 22:36)Nami Escreveu: Não consigo parar de assistir isso. O que me anima a parar de assistir é "economizar" os episódios mesmo, hahah

Muita gente duvida que as pessoas conseguiriam assistir Kino 2003 hoje em dia por ser "pretensioso".
Pode-se dizer que é, mas pelo menos é honesto no estilo dele, joga algumas filosofias na tela mas não tenta fazer você engoli-las, sempre incentiva a pensar e até questionar.

Sobre os episódios, esse seria o episódio 00, que apesar do "número" é para assistir pelo menos depois do 4: https://myanimelist.net/anime/1379/Kino_...fe_Goes_On

Esse da Torre pode-se assistir a qualquer momento, mas por que não deixar para depois do 00 quando terminar os episódios?: https://myanimelist.net/anime/3466/Kino_...ou_no_Kuni

E por fim esse, feito pelo Shaft (sem scanlines, heresia): https://myanimelist.net/anime/2175/Kino_..._-_For_You
2 usuários curtiram este post: Demetrius, Nami
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 #336
Poxa, eu não achei Kino pretensioso não. Embora tenha uma proposta bastante grandiosa, profunda e filosófica, isso é muito sutil na série. Não apresenta respostas concretas, nem empurra definições sobre o que seria certo e errado.
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 #337
Se a internet não estivesse tão ruim esses dias teria terminado de baixar a série e assistido alguns episódios para comentar, terá que ficar para depois então.
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 #338
Ah, eu sofro com isso também. Aqui na praia a internet serve pro básico do básico mesmo. Ainda bem que consegui baixar Kino inteiro antes de vir pra cá
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 #339
Episódio Cinco -
Gostei do episódio. Comparado aos demais, elucidou muitas questões importantes que rumam o desenvolvimento não só social, mais moral, sempre correlacionando com o outro. Novamente o autor põem em xeque os prós e contras do demasiado avanço tecnológico e qual o impacto que este avanço teria no homem. Ao contar da história para o construtor de trilhos, Kino relata o diálogo que teve com um cidadão desta cidade que no qual os habitantes daquele país não precisavam trabalhar justamente porque o lucro que o governo adquiria era repassado igualmente à todos os cidadãos, mas por haver opção do trabalho, eles trabalham justamente para adquirir estresse.

Se pararmos para analisar um pouco o "por quê" deste cidadãos irem trabalhar mesmo sabendo que no final do mês receberiam todos um salarial igual, independentemente se estão trabalhando ou não, é justamente por causa do desafio que fortalece a vontade de potência do homem, impedindo a estagnação da evolução moral. De fato há a questão do "monótomo", tendo o trabalho como mola para não chegar neste estado. No entanto, o desafio, assim como qualquer obstáculo, sendo este gerador de estresse e ansiedade, é fundamental para o indivíduo descobrir em si coisas que não sabiam sobre eles mesmos.

Voltando para o episódio, Kino encontra outro trabalhador no trilho, desta vez um desmontador de trilhos. De mesma forma pede à viajante o relato de uma história, de mesma forma relata e relata a mesma história que disse ao montador de trilhos. Foi perceptível a reação de ambos. Enquanto o montador de trilhos fica feliz por seu trabalho e não consegue-se ver vivendo numa sociedade em que não precisa trabalhar, o desmontador de trilhos sente-se desconforto e exaustão e adoraria viver no país relatado por Kino. Estas discrepâncias nas reações pós-relato é fruto da história de condicionamento de ambos os trabalhadores, tendo um construindo algo que dará prazer à outras pessoas e tendo o outro o desprazer do trabalho sabendo que os trilhos não servirão para mais nada, o que nos levará a pensar que estas são as causas na criação e manifestação do desejo de ambos os trabalhadores dos trilhos.

A parte final deste episódio reflete muito o que penso sobre a democracia. Friedrich Nietzsche tem uma frase que elucida justamente a questão desta forma de governo: "democracia é uma ilusão", e concordo com o pensador. E é perceptível neste episódio, tendo primeiro a revolta popular contra o governo monárquico, levando o rei à forca e depois instaurando-se o sistema democrático. No decorrer do episódio percebe-se que, aqueles que foram contra as regras criadas morreram da mesma forma que o rei morreu: enforcado. Quis o autor trazer luz a questão da empatia, da sensibilidade ao próximo, sabendo que somente desta forma podemos criar uma sociedade totalmente harmônica e com belos frutos no avanço moral e científico.

Episódio Seis e Sete -
Episódio bem equilibrado, envolvendo tramas e lutas. Foi previsível, assim como também a Nami identificou, o filho do Rei procurando vingança pela mãe expulsa do país. O genial do episódio foi justamente a forma que a Kino achou para transformar aquele país, indo contra sua conduta de viajante, a de não influenciar em nada os países que visita. Entretanto, como viajante era dever dela conhecer a fundo o país que visitas e por ter este tipo de moral fez aventurar-se nas batalhas do coliseu.
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 #340
Episódio Oito -
Não gostei do episódio, apesar de passar uma bela história de persistência. Foi bem light, mas dá para tirar proveito e fazer uma análise genial de sua constituição psíquica.

A personagem principal em tenra idade perde os pais e vai morar com os tios. Os pais deixaram-a grandes heranças, não obstante os tios tomaram posse e começaram a tolir de muitas coisas. Por viver sendo reprimida, tanto que foi posta num armazém à mando dos seus tios, criou nela um sentimento de inferioridade, de exclusão e solidão. O homem procura sempre pro prazer, sempre procura felicidade, e como ela vivia uma vida amargurada, ela ansiava por um objetivo e por algo que a movesse e motivasse a viver. Em sua infância, ainda quando os pais eram vivos, ela sabia da existência deu um antigo Mago que fazia o país se desenvolver com seu conhecimento de agronomia. Depois que ele faleceu seu legado ficou esquecido. Anos depois, limpando o armazém que era a antiga moradia do Mago, ela encontra um livro cheio de observações/anotações, algo simples: um livro e observações de uma pessoa que era diferente naquele país já bastou pra ela buscar e conhecer algo, surgindo aí algo a seguir e a viver.

A personagem assim que consegue realizar seu sonho, em paralelo à realização ela liberta-se de muitas questões que a impedia de viver uma vida plena, a exemplo disto é o comportamento dela com o marido. Enquanto seu plano não realizava-se, seu relacionamento amoroso ficava sempre em segundo plano, muito por causa de sua história condicionada na infância, uma história que a doía, machucava, incomodava.

Episódio Nove -
Amei! Simplesmente amei! Foi simples, tendo tramas, conspirações, ilusões e principalmente livros e ideias. O autor conseguiu exprimir muito bem o quanto uma ideia pode transformar a correte de um país, o quanto o livro e as ideias que neles há podem mudar o sentido e a existência não só do indivíduo mas do meio em que vives.

Elucidou muito bem a questão de restringir conhecimentos para que estes não desperte ou eclode revoluções, mantendo o governo atual sempre no poder sem preocupações futuras. E não duvido que isto aconteça no mundo que vivemos. Perceba a Coreia do Norte. É real. Quanto menos eles sabiam do mundo, menos eles questionam a realidade que vivem. E justamente nesta ideia que o autor trouxe, pondo um personagem (o Autor) que viajou pelo mundo e escreveu livros contando sua história por ele, no entanto o governo restringiu a circulação destes, até para não criar a anseia no povo pelo desconhecido. E na ânsia por conhecer novos mundos que forma-se uma clube revolucionário que tenta aos poucos dar luz e trazer consciência de muitos conhecimentos que o governo impede de vir.

Episódio Dez -
"O que seria da criação sem o criador?"
O ato de existir requer uma força violenta para ir contra uma maré de ideias que sempre tentam por o homem à baixo. No entanto, parece que uns inventam-se, cria-se, constrói motivos para continuar caminhando. Este foi o caso da personagem, a velhinha desta história. Ela substitui a ausência do marido, que era uma presente bem marcante, pela presença de suas criações: os robôs. A criação não foi somente dela, e por não ser somente dela e possuir os traços do marido, após o baque em seu laboratório, e ter perda de consciência, predomina o que é mais marcante: o marido. Por isso que ela acha que é serva dos robôs e a tem isso.

"O que seria da criação sem o criador?"
Após a morte de sua criadora, os robôs suplicam por um novo mestre e com a negativa de Kino, eles decidem por encerrar sua existência.
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