Inuyashiki

Tópico em '2017' criado por rapier em 15/12/2016, 09:09.
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358 respostas neste tópico
 #91
Por isso falei da temporada...

Aquilo do astro boy foi engraçado mesmo.
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 #92
O anime continua fiel a sua aparente proposta, e os personagens continuam sendo quem eram nos dois primeiros episódios.

Eu vou só pontuar algumas coisinhas porque, eu sei que pouca gente liga tanto pra esse anime como eu, mas eu não consigo me segurar hahah

Talvez a maior injustiça seja chamar o velhinho de tosco, ingênuo, irritantemente "lerdo" e similares. Cara, acho que a gente ficou é muito insensível e incapaz de sentir empatia por personagens, além de lidar muito rápido, digamos, com coisas sobrenaturais e absurdas. Se a mãe/pai/irmão/amigo de vocês simplesmente se desfizesse num robô todo estranho na frente de vocês, duvido que vocês teriam uma reação que não fosse um mínimo de choque e paralisia(?). Se você com vocês mesmo.... É simplesmente irreal. Não seria só sair voando por aí de boas e usando os poderes pra fazer a merda que quiser. Realmente parem e se coloquem no lugar do idoso, é uma atividade interessante. 

Outra coisa que pra mim é bem óbvia é como essa "inocência" dele é usada no anime, e como ela contrasta com a do antagonista. 
Inuyashiki é o cara mais "bonzinho" da face da terra. Sorri para bichinhos de rua, pensa em sua cachorrinha com amor, é todo na dele, não ri de ninguém, etc. Porém, os poderes que ele ganha vão tão além do que ele é capaz de suportar, que ele se vê completamente incapacitado. Não sabe o que fazer nas situações que tem tudo TUDO pra dar certo. A cena que isso melhor se concretiza, claro, é a do atropelamento da gata. Ele buga tanto que não sai do lugar. Aí vem a questão de que: tanto poder nas mãos de quem não sabe usá-lo, acaba "inutilizando" o poder. Ele acaba não sendo usado no seu potencial máximo. Mas no caso dele, tenho fé que ele vai aos poucos aprender a usar, tanto que no final do episódio ele segue para o hospital com objetivo de tratar as pessoas

Já o guri não é o posto disso. Ele é tão interessante quanto veinho. Ele tem um lado psicopata clássico - mata as pessoas como se nada fosse, usa os poderes para ter dinheiro infinito, e usa os poderes no geral para o "mal". Porém, tem um apego emocional gigantesco pelo Ando, seu amigo, e faz de tudo para protegê-lo. A vida dele vale muito mais que a das outras pessoas, que não vale absolutamente nada. Ele também tem uma grande sensibilidade à ficção/arte, como já comentei aqui sobre a cena (propositalmente overdramatic) com ele lendo One Piece. Assim, ele é um assassino em massa, porém muito sensível com aqueles poucos que ama e com ficção/arte. Claro que não dá (nem quero, por favor), fazer uma comparação direta com Hitler. Mas essa questão (ter extremo poder - assassino em massa - sensível para questões pessoais) de ele ter esse tipo de "psicopatia" digamos, é bem clara pra mim.

Gostei muito da cena que ele aprende a voar, embora o cg tenha ficado todo estranho (na verdade a animação desse episódio foi até pior que a dos outros, tem uma cenas bem desconfortáveis hahaha)

OP e ED impossíveis de skipar, pra mim <3 bom demais

Ah, também gosto muito da cena que ele luta com a gangue pra salvar o cara lá. 
Não tiveram medo de desenhar o Inuyashiki todo toscão passando vergonha sem saber lutar direito. Isso aqui não é shonenzão que o cara nasce sabendo lutar todas as artes marciais e faz mil acrobacias locas. Qualquer cinquentão meio acabado, sedentário, trabalhador de escritório, pacato e da paz vai passar vergonha tentando lutar e não conseguindo. Eu seria um desastre bem parecido também 
HAHA!

(26/10/2017, 19:18)Opeth Escreveu: Melhor do ano não tem a menor chance, mas acho que ao menos será um anime com cenas bem engraçadas e algumas boas. A graça da coisa é obviamente o protagonista e nesse episódio em específico eu ri muito dele cantando a música do Astro Boy.

Sim! hahahah
Engraçado, eu pelo menos não ri dele em si, digamos, por achar ele ridículo ou coisa assim. É a graça que teve a situação que me encantou. 

Isso demonstra outra característica dele que gosto - o jeito como ele não se importa muito com o que os outros estão pensando. Quando a família passou por ele e a menina perguntou o que ele tava fazendo, e a família com certeza pensou em como ele era louco, ele não tava nem aí. Nem hesitou. Mesma coisa quando ele salva a família da casa em chamas, ele pede pra não revelarem a identidade dele, ou seja, ele se importa muito mais em deixar a situação controlada do que ser reconhecido como um herói. Mesma coisa na cena que ele é todo ridículo lutando com a gangue, que eu já citei... Passar vergonha pra ele está se tornando cada vez mais irrelevante, ao passo que ele ganha confiança e não sente necessidade de alimentar o ego.
1 usuário curtiu este post: Opeth
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 #93
Não curto o modo como ele tá descobrindo/aprendendo os "poderes". Primeiro que me parece senso comum que depois de passar por uma experiência daquelas e virar uma máquina/robô a primeira coisa que você faz no dia seguinte não é ir ao trabalho e fingir que tá tudo bem, pois mesmo o estágio de negação tem limites. Pode até fingir que foi trabalhar, mas daí procura algum lugar deserto pra compreender direito o que virou ou corre atrás de pesquisar sobre o assunto ou buscar ajuda de alguém, sei lá... Se esse aprendizado ocorre de modo "semi-automático" por meio da necessidade da situação me parece bem incongruente que o garoto já tivesse aprendido a curar, visto que seria uma das últimas coisas que esperaria daquele personagem. Eu esperaria que cada um fosse avançando suas "skill trees" por caminhos diferentes e seria legal de ver isso provavelmente. Mas enfim, to sentindo falta dessa proatividade do idoso em dominar melhor suas habilidades principalmente considerando seu interesse em ajudar as pessoas em situações de risco iminente. Mas é uma reclamação leve, vai me incomodar mais se perdurar por mais episódios mas ao mesmo tempo não estraga a série nem nada.
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 #94
EP 3

Episodio ok, o velho continua sendo bem lerdo e burro para se adaptar... e o vilão continua matando.

única cena legal foi ele matando os cara que fazia bullying com o amigo.

maior problema desse anime é o cumulo do exagero que tem em tudo na obra... não tem meio termo... ou vc é fodao do mal ou é inocente que quer ajudar todos...
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 #95
Essa música do Astro Boy foi foda demais, gostei do que fizeram ali
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 #96
(27/10/2017, 00:00)Israfil Escreveu: depois de passar por uma experiência daquelas e virar uma máquina/robô a primeira coisa que você faz no dia seguinte não é ir ao trabalho e fingir que tá tudo bem, pois mesmo o estágio de negação tem limites.

Isso eu aceito de boas pq o Inuyashiki parece o tipo de velho que pede pra filha achar as coisas na internet pra ele. Ele não tem muito repertório de possibilidades ou de como acessá-las que um jovem acostumado a tecnologia pensaria. Não tem muito como ele testar sem saber o que quer fazer. Ele possivelmente nem achava que tinha poderes além do que já fazia antes de ver o Ando. Pra acessar o poder de voar ele teve que visualizar o astro boy em vez de só pensar em voar ou seja lá como o troço é ativado, isso mostra o esforço que é pra ele só entender os conceitos por trás da tecnologia.
2 usuários curtiram este post: Makoto-kun, Nami
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 #97
Isso sem contar outros dois pontos: ele é uma pessoa "certinha" demais para simplesmente faltar o trabalho/sair da rotina sem ter uma desculpa plausível pra apresentar; ele quer ser low-profile o máximo que puder, para não levantar suspeitas ou ter problemas nesse período que já está sendo bastante difícil de lidar sozinho.
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 #98
(27/10/2017, 17:27)Opeth Escreveu: Isso eu aceito de boas pq o Inuyashiki parece o tipo de velho que pede pra filha achar as coisas na internet pra ele. Ele não tem muito repertório de possibilidades ou de como acessá-las que um jovem acostumado a tecnologia pensaria. Não tem muito como ele testar sem saber o que quer fazer. Ele possivelmente nem achava que tinha poderes além do que já fazia antes de ver o Ando. Pra acessar o poder de voar ele teve que visualizar o astro boy em vez de só pensar em voar ou seja lá como o troço é ativado, isso mostra o esforço que é pra ele só entender os conceitos por trás da tecnologia.

Em relação ao "não ter como testar sem saber o que quer fazer" eu concordaria se não tivéssemos visto a cena do braço dele se transformando em arma e "atirando" na parede da casa dele ou a cena dele se "abrindo" no quarto, mas com isso tendo acontecido nada justificou de maneira convincente para mim porque ele não sentaria a bunda ali e ficasse fuçando em tudo que ele pode até descobrir algo ou ao menos descobrir que não consegue entender nada. Afinal é assim que os jovens aprendem tecnologia e apesar de gente mais velha normalmente não ter paciência pra essa fase de aprendizado quando a sua própria existência se transforma num aparato tecnológico você cria a droga da paciência XD. Não estou dizendo que ele deveria saber tudo do que ele é capaz de fazer, mas se era uma questão dele não ter capacidade de descobrir colocar uma cena dele frustrado e depois outra rapidinho da mulher pentelhando ele pra ir ao trabalho talvez amenizassem bastante minhas insatisfações (talvez seja aquela história de "show, don't tell" mas aqui não houve nem show nem tell). Sobre ele ter mais dificuldade com tecnologia eu acho um traço interessante de se colocar no personagem, mas é um trope por assim dizer que me incomoda em animes quando um personagem faz algo que deveria exigir muito controle e técnica ou que é muito específico mas "sem querer", como foi o caso de identificar os jovens, hackear suas informações pessoais, obter provas em vídeo e hackear diversos veículos de informação pra expor mesmo que apenas em nível municipal. Realmente ver ele aprendendo a voar foi muito bom, mas "realisticamente" falando não acho viável ele ter aprendido isso em tempo hábil de salvar as duas pessoas do incêndio. Acho que tem um sweetspot entre o visto com personagens como o Lelouch/Light e personagens como o Inuyashiki que me agradariam mais do que qualquer um desses "extremos".
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 #99
Vi 3 eps e to curtindo bastante, a cena do velhinho lutando contra os cara foi comédia. HAHA!
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 #100
(27/10/2017, 23:02)Israfil Escreveu: Em relação ao "não ter como testar sem saber o que quer fazer" eu concordaria se não tivéssemos visto a cena do braço dele se transformando em arma e "atirando" na parede da casa dele ou a cena dele se "abrindo" no quarto,

Fala da cena onde o corpo dele automaticamente rejeita as coisas que ele comeu porque ele não precisa comer? Mas isso aí não precisa saber como funciona pra fazer. O corpo humano faz isso desde sempre com a comida processada e nunca exigiu manual de instrução. Nessa cena ali ele tava querendo se livrar do vapor (provavelmente alguma reação na máquina com o que ele comeu) e ejetou a comida, foi tão sem controle quanto o resto e como eu disse, ele não parece do tipo que entende o que é capaz de fazer.  Mas como eu já alertei antes, esse é um péssimo anime pra se buscar sentido nas coisas porque esse autor faz coisas absurdas sem pensar duas vezes só por estar a fim ou achar que seria legal, não vou dar spoiler, mas vai "piorar" muito nesse sentido. Quem leu Gantz deve lembrar de como em uma obra sobre aliens de repente
Spoiler:  
aparece vampiros e espers e o protagonista é morto por vampiros até fazerem um clone dele
só pq o autor disse qua achava legal. É um autor que tá mais interessado em como os personagens lidam com as coisas do que nas coisas em si e não fosse sua abordagem mais realista eu acharia ele tão lombrado quanto Satoshi Kon. Eu acho bem válido dobrar o óbvio assim e contar a história do jeito que você está a fim e se divertir no processo num meio onde as pessoas exigem cada vez mais explicação pras coisas como se fosse objetivo de ficção ser uma imitação do real e as únicas opções são escolher entre Papa-Léguas ou Arthur Clarke. O Oku é um cara que claramente zomba dessas expectativas e faz mangá pra criar coisas que ele quer ver e não pra agradar um público mainstream como ele já falou em várias entrevistas:

"Oku: Só fiz o que queria fazer. O fato é que tinha consciência do que eu mesmo queria "ler". Sendo muito sincero, se eu trabalhasse pensando só no que o leitor gostaria de ver, poderia ter empacado no meio do caminho (...) Faço sempre o possível para desenhar o que me satisfaz e nunca vou mudar.Que sentido tem em produzir uma história com que eu mesmo não consigo me empolgar? Por isso, a gente não pode ficar fazendo só o que sabe fazer."
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