Now Playing Filmes 2014-2017

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878 respostas neste tópico
 #751
Black Rain
(Shohei Imamura | 1989 Japão)


[Imagem: inftWqw.jpg]

Esse filme é filmado como se fosse feito na década de 1950, todo em preto e branco.
Ele se passa na maior parte naquele mesmo ano, começando no dia da bomba de Hiroshima em 1945.
O filme não é bem sobre a bomba, é mais sobre a consequência social que teve para as vítimas. Em maior parte o filme é sobre uma jovem, Yasuko, que não estava na cidade no dia da explosão mas foi para lá logo após atrás dos tios com quem morava (que tiveram ferimentos leves). Nisso ela foi exposta a radiação secundária e a chuva negra que caiu após a bomba.

[Imagem: BHo6w0H.jpg]

Cinco anos depois a Yasuko está solteira e sem conseguir casar, porque ninguém aceita ter ela na família.
Mesmo na época em que esse filme foi feito, década de 1980, ainda havia um pouco dessa discriminação. Os sobreviventes ficaram marcados, não era simples se integrar em uma família de fora da cidade por serem vistos como doentes e condenados. E de fato, muita gente morreu nos anos seguintes, durante o filme vemos muitos amigos da família da protagonista morrerem, e não apenas adoecendo e morrendo lentamente, em alguns casos a morte é repentina.

Tem um pouco de terror psicológico nesse filme, porque além de mostrar os efeitos imediatos da bomba no início e em flashbacks no meio do filme quando personagens lembram dos eventos daquele dia, há e isso reforça um sentimento de morte constante. Você sabe que os personagens irão morrer, mas quando? Quem morrerá antes? Além dos flashbacks em alguns momentos o filme mostra de forma mais orgânica as lembranças e sentimentos e ataques de pânicos dos personagens com truques de iluminação e som em algumas cenas, em um caso de um personagem que nada teve a ver com a bomba mas estava traumatizado pelas experiências de soldado.
O filme tem um clima de angústia, boa parte do filme e o drama de a protagonista e os tios lutarem contra os boatos sobre a saúde dela e explicar a situação, que ela não estava na cidade na hora, se convencendo de que não tinha nada demais, porque acreditar é tudo que eles podem fazer.
Algo que achei interessante nisso tudo é uma cena onde a Yasuko recente uma proposta de casamento e o tio se irrita porque o noivo não é saudável... hipocrisia não? Esse detalhe deve ser uma marca do diretor e roteirista do filme, ele foi co-roteirista de Foundry Town (Kirio Urayama foi por sua ver assistente dele em seus primeiros filmes antes de se tornar diretor) e diretor de Pigs and Battleships que já tinha assistido. Ele trabalhou como assistente de diretor do Ozu e saiu da produtora porque além de poder ganhar mais e ir trabalhar como diretor ele não gostava da visão que o Ozu tinha da família e sociedade japonesa. Deveria para ele ser bastante irritante ter que trabalhar com o Ozu, mesmo que ele tenha trabalhado junto em alguns de seus melhores filmes, ou talvez até por isso mesmo. Como ele disse em algum momento ele gostava de fazer filmes mais "sujos", e já se nota isso nos dois filmes anteriores que eu tinha assistido. Com Pigs and Battleships a produtora deixou ele de molho por dois anos por causa do conteúdo e comentários sobre o filme, mais tarde ele acabou criando a própria produtora. Imagino que ele colocou com vontade o dedo na ferida de que muitas das vítimas da bomba e vítimas da segregação social também evitavam se misturar. Os tios da Yasuko queriam muito casar ela por questão de obrigação familiar, desde que casasse era o que importava, não importava com quem? Além dessa mecânica social casamenteira que vemos muito nos filmes do Ozu, como algo idealizado, a recusa em aceitar a situação deles deve tê-los impedido de viver o tempo que tinham de uma forma mais prazerosa e significativa. Yasuko poderia ter se casado antes pensassem eles de outra forma sobre tudo isso.

[Imagem: mi5CQZy.jpg]

Vou aproveitar e ir atrás de mais alguns filmes do Imamura que me interessam, além dos filmes serem bons e talvez divertidos ele também tem uma importância histórica além dos filmes que dirigiu. Em 1975 ele fundou um instituto de cinema e o primeiro crédito em um filme do Takashi Miike foi como assistente de diretor em um filme dele enquanto era aluno desse instituto

Enfim, bom filme, bom diretor.
 #752
Peppermint Candy
(Lee Chang-Dong | 1999 Coreia do Sul)


[Imagem: OEDsHD6.jpg]

Se eu tentar comentar sem spoiler não valerá a pena, o que eu poderia escrever de interessante sem revelar detalhes da história? Então vamos lá.

O filme começa com o protagonista "acordando" debaixo dos trilhos que passam por um rio, e ele parece não estar lá por coincidência porque levantando ele caminha até um piquenique de velhos amigos eque está sendo realizado ali, e faz um pequeno escândalo e acaba subindo na ponte e se matando nos trilhos do trem.
O filme volta três dias no tempo para mostrar o que aconteceu.
A primeira vista o filme parece que será mais uma daquelas histórias de vingança "típicas de filme coreano". Ele começa com o protagonista usando o rastante de dinheiro que tem para comprar uma pistola. Então ele entra no carro coloca ela na cabeça e aperta o gatilho. Ele não morre, porque a arma não dispara. Aí pensei lembrei da impressão que tinha antes de assistir ao filme, que poderia ser de humor, uma dramédia, algo do tipo. Enfim, nem um nem outro.
O protagonista volta para a cidade e em um estacionamento de prédio ele dispara contra alguém dentro de um carro, e erra. Cenas depois a noite na chuva ele volta para um barraco onde está morando na beira de um rio, e uma pessoa que estava esperando em um carro próximo aborda ele. Dentro do barraco o protagonista aponta a arma para ele, nervoso acabamos ouvindo ele falar sobre parte do que aconteceu e levou a situação em que ele está, tudo deu errado, falido, sem esposa e filha, traído, procurado, etc. Ele desistiu de tudo por isso quer se matar, mas aqui já vemos o primeiro sinal de como o protagonista não é gente boa, porque ele diz que irrita ele morrer sem levar junto pelo menos um dos que fuderam com ele. O homem que estava esperando ele na chuva diz que alguém mandou sim ir atrás dele mas não quer nada de mal, ele é na verdade esposo de uma antiga namorada dele que pediu para ir buscar ele. A mulher está morrendo então o esposo foi atrás e o protagonista acaba aceitando ir no hospital.
No hospital é tarde demais, a mulher perdeu a consciência, ele não teve muito o que falar com ela.
O esposo entrega para ele uma câmera velha que ela guardou e pediu para entregar para ele.
Em talvez outro sinal de que o protagonista não valha nada ele vai direto em uma loja vender a câmera, e ela tinha um filme que em seguida ele destrói.
Em seguida voltamos novamente no tempo alguns anos e o filme segue essa estrutura, cada pequeno arco voltando alguns anos.
O protagonista não é boa gente?
Sim, ele não é.
Só que o filme mostra que ele passou por situações que fizeram ele ficar ruim daquele jeito.
Voltando mais no tempo vemos que ele ficou até meio louco por algo que aconteceu no passado, naqueles 20 anos que o filme mostra.
Vemos que ele ficou traumatizado e esse trauma fez ele tomar decisões e trilhar o caminho auto destrutivo que vemos no futuro dele.
Voltando ao início daqueles 20 anos vemos que o protagonista também foi vítima de eventos maiores que ocorreram naquela época.
Se conhece um pouco da história coreana recente irá perceber que isso quer dizer que o filme aborda fatos pertinentes a ditadura militar que acabou até recentemente.

[Imagem: ddNwZhO.jpg]

O protagonista foi sim em parte uma vítima, a vida dele teria sido bem diferente não fossem aqueles fatos políticos que viveu, porém pra mim ele tem grande parte da culpa pelo que aconteceu depois, ele fez suas escolhas.
A namorada que pediu para ver ele antes de morrer, ela gostava e estava preocupada dele e ele a afastou porque quis. Entendo que ele por gostar dela poderia não se sentir bem de fazer ela ficar com ele depois de como ele ficou, que ele não era mais a mesma pessoa e ela ficaria melhor com outro. No entanto ela foi atrás dele, ela tentou ajudar, ela era uma chance de ele não piorar ainda mais. Entendo o trauma, mas um complexo de culpa em que para compensar pelo trauma que vive ele faz coisas ainda piores? É difícil de aceitar, me faz questionar se ele não era um babaca desde o início e o trauma apenas deu oportunidade dele fazer coisas ruins.

[Imagem: wSbE4a6.jpg]

Enfim, um filme bastante interessante, e só fui surpreendido porque eu não notei que fez ele.
Se tivesse notado não teria dúvidas de como ele seria.
Tenho já aqui a algum tempo um filme mais antigo com roteiro dele, aparentemente também toca em temas da mesma época.
 #753
Onde está Segunda?

Esse filme aí me fez pensar se um dia o mundo de fato não vai aguentar tanta gente assim, a ponto de apelar pra "solução" apresentada. Foda é quem se lasca são os filhos de pais irresponsáveis.

Bem, não vou me aprofundar nisso, senão acabo soltando spoiler. Recomendo que vejam, pois é muito bom.
Noomi Rapace booty
 #754
Sopyonje
(Kwon-taek Im | 1993 Coreia do Sul)


[Imagem: jJliiuL.jpg]

Esse filme é sobre uma arte tradicional da Coreia chamada Pansori.
É mais ou menos parecido com Rakugo, no sentido que uma pessoa sozinha conta histórias com vários personagens, só que ela faz isso cantando, e pode ter um acompanhamento de tambor.

[Imagem: EuCBA3K.jpg]

Como toda arte tradicional no século vinte ela está decadente perdendo público.
A história é sobre dois irmãos, e é sobre o irmão andando pelo país tentando encontrar a irmã de quem se separou anos atrás, a história é contada em flashbacks conforme ele lembra da vida deles e depois com as informações e histórias e que ouvi de pessoas que ele encontra no caminho que conheceu eles.
Esse filme me lembra "Ballad of Orin" de 1977 do Masahiro Shinoda, filme que eu não assisti e talvez faça isso em seguida porque o arquivo dele também é grande e está ocupando espaço precisos no HD. Pelo que me lembro é sobre uma artista itinerante, cega, e as infelicidades dela. Daí me lembrar desse Sopyonje, em que a maior parte da história é ver as infelicidades da protagonista Songhwa.
Os irmãos tem um pai, que não é pai biológico deles, pelas circunstâncias eles acabaram juntos e esse pai é um artista de Pansori itinerante que treina eles na arte. Ele é rigoroso e realmente ama a arte e quer atingir a perfeição, algo que sempre causa dramas e tragédias para artistas, a Songhwa acaba gostando da arte, respeita esse pai adotivo e se submete ao rigor dele mesmo que ele viva as custas dela ainda mais conforme vai envelhecendo e perdendo a voz. Não sei quem é "pior", se o pai ou se ela, por tudo que ele faz ela sofrer por ele e pela arte ou se ela por tudo que se submete e sofre por ele e pela arte. O irmão não aconteceu isso e se mandou, a culpa de ter abandonado ela que faz com que ele finalmente vá atrás dela tantos anos depois.

[Imagem: ZSC59E1.jpg]

É um bom filme, um bom drama, os personagens são complexos.
E também é bom para ver o Pansori.
Nem sabia que isso existia, e é um daqueles filmes feitos para divulgar a arte, eles executam mesmo as performances direitinho, sem truques e melhorias artificiais para o público não ficar entendiado, é a arte na forma pura, algo que mais obras do gênero deveriam fazer.

[Imagem: l3LJOCn.jpg]

A história parece ser adaptada de uma novela do autor Chung-Joon Lee, e vendo a lista de filmes do diretor há um outro filme chamado "Além dos Anos", também adaptado de uma novela desse autor, também sobre um casal de irmãos e também sobre Pansori, E a protagonista se chama Songhwa e é interpretada pela mesma atriz. No entanto, não parece ser continuação? Talvez um dia eu assista.

Sobre aspectos técnicas, não tem nada de destaque para eu comentar então não inventarei.
 #755
Hanare Goze Orin
(Masahiro Shinoda | 1977 Japão)


[Imagem: iYItKWG.jpg]

Não foi triste e uma sequência de tragédias como eu imaginava, mesmo que seja um drama e sobre uma vida sofrida. Levando em consideração que a protagonista viaja durante anos sozinho, durante a década de 1910, fazendo o trabalho que fazia de artista solitária itinerante, até que não abusaram muito dela. E até por ela preferir não ter uma vida de santa ela até pôde se divertir um pouco nesse período.

[Imagem: bMVySmT.jpg]

Sobre comparar com Sopyonje, só mesmo o fato da protagonista ser uma artista cega, e o período, fora isso não tem muito o que comentar.
Difícil ver algum comentário relevante na história além de um específico dito quase que explicitamente lá pelo final do filme sobre os soldados que viveram o período imperialista do Japão, e como o sistema de alistamento explorava os mais pobres para fazer e morrer nessa missão. A Orin como artista marginalizada também era explorada por aquela sociedade, porém em um outro nível, e querendo havia alternativa, era possível tentar sair daquela vida, diferente do soltado convocado que era obrigado e a recusa significava a morte.
Talvez tenha algo sobre budismo aqui, porque há vários momentos de menção e recitação de mantra budista, a Orin e as outras Gozé como ela são consagradas a Buda, as solitárias e itinerantes como ela sempre tem que se abrigar em cabanas abandonadas e templos, e a "Madame" líder da trupe passa o pensamento de que "buda misericordioso as fez cegas para não ver o inferno do mundo". Só que se levar em consideração que poucas tragédias são mostradas e que em grande parte das situações em que homens tiram vantagem das personagens elas poucos resistem e em vários casos desejam... talvez o de mais infernal naquele mundo no momento sejam as infinitas guerras em que o país está metido, situação que a Orin quase que ignora completamente, mas podemos ver afetando indireta e diretamente as vidas de vários personagens, como a menina cega que a Orin e a amiga recusam adotar e o próprio Tsurukawa.
Fica a dúvida.

[Imagem: CKn0nOv.jpg]
[Imagem: aBZ1xgS.jpg]

Fora isso não tenho muito mais a dizer sobre esse filme, o maior elogio considerando minha expectativa antes de assistir é que não é tão triste e dramático, que vejo como positivo.
Para um filme daquele ano as cores são bonitas. Digo isso porque pelo menos na década de 1960 alguns diretores usavam filme Agfa e eu não gosto muito das cores desse filme naquela época, elas não são legais, não são naturais. Em alguns filmes até que cai bem, como em Floating Weed do Ozu, mas já estou desviando do assunto. Se o filme é bonito não é apenas pelas cores, é pela fotografia e direção de arte também, há algumas imagens bastante delicadas.
 #756
Oneul
(Lee Jeong-Hyang | 2011 Coreia do Sul)


[Imagem: Icx3CJN.jpg]

Excelente filme.
Ele é sobre o mesmo tema de Secret Sunshine (2007, também coreano).
O noivo da protagonista é morto uma noite, e vemos um anos depois como a vida dela e pessoas próximas foi afetada, explorando a ideia de perdão cristã.
Já comentei anteriormente, sobre outros filmes coreanos. A Coreia do Sul é muito diferente do Japão, é bem mais parecida com o Brasil. Há crime e leis escrotíssimas por lá. O que mais me deixou assustados obre aqueles filmes foi perceber que muito do que eles mostravam era real, e que as leis ou aparentemente ausência de leis não era fantasia, que aqueles filmes eram críticas à sociedade. Esse filme também mostra como as leis de lá podem ser brandas e injustas, como beneficiam os criminosos e prejudicam as vítimas. Talvez tenha mudado desde 2011 para cá, esses filmes causaram repercussão por lá e sei que algumas leis foram recentemente revistas.
Ao assistir esse filme eu fiquei com uma nova dúvida, sobre como as coisas funcionam por lá.
A Coreia é um local com bastante cristãos.
A maioria da população não tem ou não se importa para religião, mas os que se importam a maioria é de cristãos. E fico pensando em como são essas pessoas por lá, como elas realmente são, especificamente as pessoas da igreja e missionários (Coreia parece ter a maior quantidade de missionários no mundo). A forma como são retratados nesses filmes, do modo como vejo, me faz suspeitar que é um pouco paródico. "Não pode ser sério...". Assim como Secret Sunshine a história discute essa ideia de perdão cristã, ou deveria dizer, questiona. Tenho dificuldade em acreditar que isso é do jeito que o filme mostra, os personagens da igreja parecem boçais demais.
Não é algo que eu conseguirei resposta apenas discutindo aqui, então seguindo com o comentário

[Imagem: fOmnIUY.jpg]

Eu gostei bastante desse filme porque ele toca nos três lados da questão (em relação a crime capital): religião, judiciário, e pessoal.
A religião induz da protagonista a emitir uma intenção de perdão pelo crime, que faz o judiciário colocar o criminoso em liberdade, e isso causa consequências espirituais e psicológicas na protagonista.
A protagonista eu o perdão dela para o assassino sem conhecê-lo, ela não quis saber, para não sofrer mais. Só que isso foi errado em todos os sentidos. Como ela pode perdoar e julgar, e se conformar, sem ter real dimensão do que aconteceu, do culpado que ela está perdoando? Foi um erro para com todos (IMO). A forma como a igreja faz as pessoas a perdoarem incondicionalmente e as cegas é errada e isso é fácil de entender, perdão não é assim tão simples, e a pessoa que perdoa ganha muito pouco com isso.
O judiciário também é algo bastante esquisito, mesmo com provas concretas e inquestionáveis sobre o crime cometido e o autor, o que a lei diz não vale se um envolvido disser que não quer que ele seja punido? Em um momento do filme um policial cita as estatísticas oficiais sobre a porcentagem de perdões e reincidência. É claro que o sistema está errado, para começar ele não é rigoroso o bastante, é cheio de brechas, acaba piorando o problema. Tanto o perdão religioso quanto os sistemas da lei ao invés de reprimir os crimes graves para muitos criminosos são vistos como um incentivo.
O mais interessante foi ver como há uma personagens que concilia a justiça com o perdão. Ela frequenta a igreja e se recusou a perdoar o assassino da filha, só que no fim ela ensina uma forma de perdão mais relevante e realista que o pessoal da igreja. Ela não pode perdoar enquanto não estiver pronta, é algo que exige tempo e que ela fará ao seu modo. Enquanto isso ela reconhece e lembra que esse perdão é pessoal e não exclui a justiça e punição do criminoso pelo seu crime. É possível ter ambos, pelo bem da vítima, do criminoso e sociedade.

[Imagem: ndkd0jP.jpg]

O filme expande tudo isso com uma personagem secundária que vive uma situação complicada em casa, de violência doméstica. Ela levanta várias questões ao reclamar da injustiça que é o pai poder matar ela "por acidente", mas se ela revidar e matar ele é um crime grave.
É ela quem levanta a maioria das questões para a protagonista, sempre questionando, e de forma elogiável o filme não termina retratando ela apenas como a adolescente revoltada e injustiçada. Ele usa a personagem para discutir todas as mesmas questões por um outro ângulo em um diferente cenário. Ela também está tentando perdoar seus agressor, só que faz isso pelo caminho oposto da protagonista, questionando primeiro para poder entender depois.

[Imagem: EA9caa7.jpg]

Enfim, é um bom filme, tem muitos mais detalhes que poderia comentar.
Ele se passa na coreia e aborda primeiro questões pertinentes a sociedade de lá.
No entanto várias questões são universais e podem ser discutidas em qualquer sociedade.
 #757
Desses filmes que vc comenta aqui @PaninoManinoqual vc recomenda?
 #758
(26/09/2017, 11:36)Killy Escreveu: Desses filmes que vc comenta aqui @PaninoManinoqual vc recomenda?

Todos mais os que eu não comentei aqui, pergunta idiota.
 #759
(26/09/2017, 15:40)PaninoManino Escreveu: Todos mais os que eu não comentei aqui, pergunta idiota.

Pra mim isso é um tiro no escuro ver esses filmes ai, mas acabamos sendo surpresos por belíssimas obras e outras bem meia boca. Daí a pergunta.
 #760
(26/09/2017, 16:17)Killy Escreveu: Pra mim isso é um tiro no escuro ver esses filmes ai, mas acabamos sendo surpresos por belíssimas obras e outras bem meia boca. Daí a pergunta.

Os comentários longos que faço sobre cada filme não são suficiente para você saber se tem ou não interesse em assistir?
Não posso te ajudar mais que isso.
1 usuário curtiu este post: rapier
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