Jin-Rou

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35 respostas neste tópico
 #11
Filme foda e muito bem desenhado e animado. Ost também é excelente. Acho interessante como o Oshii mostra que além de diretor é um ótimo roteirista (até porque ele nem dirige esse filme). Enquanto os filmes dele são meio herméticos e exigem atenção a coisas que o povo não tá acostumado (especialmente o arrastadíssimo sky crawlers), ver o trabalho de outro diretor com um roteiro dele em Jin-Rou mostra a competência do cara em traduzir as discussões pra forma cinematográfica. Acho o filme bem sóbrio e fácil de acompanhar, o que faz dele um dos poucos trabalhos do cara que consigo recomendar (junto ao primeiro gits e os patlabor) e se o final é pra muitos anticlimático ou divisor de águas, pra mim é uma das melhores características dos japoneses, saber respeitar o contexto e discussão da obra em vez de passar a mão na cabeça dos outros com final feliz igual holywood costuma fazer.

Não vou fazer análise disso, apesar de adorar analisar filmes, pq já tem uma excelente na internet e as metáforas do filme são simples:

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 #12
Aliás, tem sim um comentário que eu queria fazer do filme, parando pra pensar após ver um vídeo sobre a situação em Vitória (ES) e alguns comentários extremos em dois lados da discussão. Pode parecer off topic ou sério demais num tópico de anime (apesar de eu achar que certas obras conquistam o direito de serem levadas a sério), mas pra mim tem tudo a ver com o filme principalmente pra quem viu a análise que postei.

Algo que sempre me incomodou e tem me incomodado especialmente nos últimos anos com essa coisa de rede social é a quantidade de gente que tenta reduzir situações complexas a certo ou errado, direita ou esquerda, bom ou mau. Uma forma binária de se pensar que não comporta a complexidade de nossas interações. Diversas vezes já me vi num fogo cruzado onde ora preciso defender um pensamento ou movimento que está sendo atacado por conta de alguns radicais, como já fiz aqui no fórum com o feminismo, ora preciso atacá-lo, como já fiz na faculdade com o mesmo assunto ao tocar em certos níveis de censura ou tentativa de redução da importância de obras à luz de pensamentos anacrônicos ou mesmo da incapacidade de reconhecer valor em algo em que se vê defeitos.

É comum dedicir que aquilo com que não se concorda deve ser vilanizado, descondiserando o contexto, origem ou os possíveis aspectos positivos. Assumimos que todos do lado oposto ao nosso são instantâneamente desinstruidos, maus, burros, e/ou completamente incapazes de empatia (palavra que a meu ver poderia resolver a maioria dos problemas se a adotássemos como princípio).

Vi a mesma polarização acontecer nas últimas eleições e se repetir agora, enquanto as pessoas discutem se é o estado ou a polícia que estão errados em vez de analisar cada situação à luz de sua complexidade. (até porque provavelmente tá tudo errado)

Sempre nutri a vontade de externar essa frustração em forma de roteiro, sem saber como fazê-lo de forma justa. Acho que o Oshii fez isso maravilhosamente bem em Jin-Rou, tratando o tema com o devido respeito ao descartar a noção de moral em prol do pensamento crítico. Sinto falta de obras assim não só no universo anímico, mas em todos os meios de linguagem, seja cinema, jogos, literatura ou música. Ao mesmo tempo que não cedo aos supracitados extremos dizendo que só animes assim têm valor ou deviam existir, esta é sem dúvidas uma obra que fico grato que exista, principalmente em um dos meus meios preferidos, que é o da animação japonesa.
2 usuários curtiram este post: juno, Killy
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 #13
(11/02/2017, 21:43)Opeth Escreveu: Aliás, tem sim um comentário que eu queria fazer do filme, parando pra pensar após ver um vídeo sobre a situação em Vitória (ES) e alguns comentários extremos em dois lados da discussão. Pode parecer off topic ou sério demais num tópico de anime (apesar de eu achar que certas obras conquistam o direito de serem levadas a sério), mas pra mim tem tudo a ver com o filme principalmente pra quem viu a análise que postei.

Algo que sempre me incomodou e tem me incomodado especialmente nos últimos anos com essa coisa de rede social é a quantidade de gente que tenta reduzir situações complexas a certo ou errado, direita ou esquerda, bom ou mau. Uma forma binária de se pensar que não comporta a complexidade de nossas interações. Diversas vezes já me vi num fogo cruzado onde ora preciso defender um pensamento ou movimento que está sendo atacado por conta de alguns radicais, como já fiz aqui no fórum com o feminismo, ora preciso atacá-lo, como já fiz na faculdade com o mesmo assunto ao tocar em certos níveis de censura ou tentativa de redução da importância de obras à luz de pensamentos anacrônicos ou mesmo da incapacidade de reconhecer valor em algo em que se vê defeitos.

É comum dedicir que aquilo com que não se concorda deve ser vilanizado, descondiserando o contexto, origem ou os possíveis aspectos positivos. Assumimos que todos do lado oposto ao nosso são instantâneamente desinstruidos, maus, burros, e/ou completamente incapazes de empatia (palavra que a meu ver poderia resolver a maioria dos problemas se a adotássemos como princípio).

Vi a mesma polarização acontecer nas últimas eleições e se repetir agora, enquanto as pessoas discutem se é o estado ou a polícia que estão errados em vez de analisar cada situação à luz de sua complexidade. (até porque provavelmente tá tudo errado)

Sempre nutri a vontade de externar essa frustração em forma de roteiro, sem saber como fazê-lo de forma justa. Acho que o Oshii fez isso maravilhosamente bem em Jin-Rou, tratando o tema com o devido respeito ao descartar a noção de moral em prol do pensamento crítico. Sinto falta de obras assim não só no universo anímico, mas em todos os meios de linguagem, seja cinema, jogos, literatura ou música. Ao mesmo tempo que não cedo aos supracitados extremos dizendo que só animes assim têm valor ou deviam existir, esta é sem dúvidas uma obra que fico grato que exista, principalmente em um dos meus meios preferidos, que é o da animação japonesa.

O anime bem roterizado nos agrada ao assistir e observar algo mais além e que de alguma forma se encaixa em nossa realidade/sociedade, Jin-Roh é um prato cheio disso.

Gostei da análise tb.
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 #14
Terminei aqui, muito bom.
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 #15
puta filmaço meu irmão  como o cara pega uma conto infantil e transforma numa obra prima ultra mega miracle fodastic. 

o filme começa de boa e talz... ai vai aprofundando os personagens e BANGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG  te da um tiro no meio do seu ser.

meu deus do ceu o cara foi um maestro, o CD (achei adequado), o clima do filme, o roteiro e execução.

GOD
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 #16
(21/04/2017, 19:07)desparions Escreveu: puta filmaço meu irmão  como o cara pega uma conto infantil e transforma numa obra prima ultra mega miracle fodastic. 

o filme começa de boa e talz... ai vai aprofundando os personagens e BANGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGGG  te da um tiro no meio do seu ser.

meu deus do ceu o cara foi um maestro, o CD (achei adequado), o clima do filme, o roteiro e execução.

GOD

Eu tenho que concordar, mas foi foda que eu gostava consideravelmente da menina, que final de merda ela teve.
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 #17
acho q boa parte do pessoal q assistiu gostava dela
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 #18
Foi um ótimo filme, a história é muito interessante.
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 #19
Só lembro que é bonito, nunca entendi esse filme.
Faz muitos e muitos anos que assisto mas não tenho vontade de assistir novamente.
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 #20
Assisti Jin-Roh, não sei se peguei a idéia do filme, quer dizer, tem uma boa ambientação, guerra civil, política, conflito entre entidades de segurança e etc, mas acho que foi mais sobre o romance entre os dois lá... O lance do lobo e a chapeuzinho vermelho. Deve ter sido, porque fora isso, não teve nenhuma grande história.
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