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(27/02/2017, 10:44)
Juliotenorio
27/02/2017, 10:44
(Resposta editada pela última vez 27/02/2017, 10:44 por Juliotenorio.)
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Bom dia povo.
Putz perdi de assistir ontem o Oscar, pelo menos o erro ia valer a pena.
Ainda usaram a imagem de uma mulher viva no lugar da morta
https://www.theguardian.com/film/2017/fe...till-alive
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(02/03/2017, 01:10)
PaninoManino
02/03/2017, 01:10
(Resposta editada pela última vez 02/03/2017, 01:26 por PaninoManino.)
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Throne of Blood, 1957 Kurosawa
Fiquei decepcionado.
Como um filme do Kurosawa ele é bastante bonito, com aquela fotografia bela e única dos filmes dele.
Só que o filme em si foi fraco, achei muito fraca essa trama de um destino que os personagens acabam trabalhando para fazê-lo cumprir. Só que a forma como aconteceu com a mulher de um dos protagonistas aporrinhando o tempo todo, o foco em só um lado, com pouca profundidade e aquela atuação kurosawana de samurai exagerada não me convenceu, foi bobo.
Assistir a esse filme só foi bom por eu poder apagar ele e liberar espaço, uma pena.
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(02/03/2017, 09:58)
Killy
(24/02/2017, 14:30)Phoenix232 Escreveu: Recentemente eu assisti ao Passengers. Filme muito bom, apesar do romantismo obrigatório aos filmes atuais.
A maquina acorda um cara e o cara acorda a mina mais chata de toda a nave. kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
(25/02/2017, 17:17)JJaeger Escreveu: Acabei de assistir Matrix (sim, eu nunca assisti), filme incrível mesmo, as cenas de ação são muito boas. Indo ver o resto da trilogia, mas não acho que os próximos sejam tão bons quanto este primeiro.
Entendeu a viagemd e gaveta?
(26/02/2017, 15:38)mandrake_ Escreveu: Assisti o Interestelar ontem, depois de muito, muito tempo....
Filmão da porra! Vou até rever mais tarde, com mais calma, vi com a família reunida, aí já viu, povo não cala a boca e teve que ser dublado ainda.
Vi no cinema. São quase 3h de filme que passa num instante. E aquele efeito Dr. Estranho no final ficou fodasso.
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(02/03/2017, 12:53)
Rowel
02/03/2017, 12:53
(Resposta editada pela última vez 02/03/2017, 13:00 por Rowel.)
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Passageiros [Passengers] [2016]
É um filme que vi muitas críticas negativas a respeito dele e confesso que não discordo de alguma delas, porém eu gostei muito de como a personagem da Jenifer reage diante de uma revelação que há no filme, ela é bem humana diante do que aconteceu e em sua forma de pensar e julgar essa revelação.
Entretanto, o filme tem seu deslize lá pela metade quando um terceiro personagem humano é introduzido ao roteiro, pois é usado de forma demasiadamente artificial, sendo uma ferramenta clara para solucionar os problemas dos outros dois personagens, ou seja, praticamente um deus exma... Ainda assim, é um filme com pontos bons e acima de tudo, divertido... Ele tem um bom nível de entretenimento e uma ótima atuação de Jennifer Lawrence... O que não posso dizer o mesmo de Chirs Pratt.
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(04/03/2017, 19:44)
M3troid
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(05/03/2017, 12:55)
PaninoManino
05/03/2017, 12:55
(Resposta editada pela última vez 05/03/2017, 17:57 por PaninoManino.)
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The Life of Oharu (Japão, 1952 Kenji Mizoguchi)
Como "todo filme" do Mizoguchi esse é um filme de "mulher sofrendo", só que apenas isso.
Ele se passa no final do século 17, é um filme "de época", então já podem imaginar que o cenário não é dos melhores para as mulheres em geral, só que o fimle é apenas sobre isso mesmo, mostrar a vida dessa mulher Oharu e tudo de ruim que acontece com ela, tudo injustamente. E quando dizemos "tudo", é tudo mesmo. É só uma série de infortúnios, um atrás do outro, e a Oharu é quase uma santa, ela não reage, o que é um pouco estranho para um filme do Mizoguchi. Ela mal reclama, ela não se defende, não se revolta, nas raras ocasiões onde ela esboça alguma reação é quase infantil, e intensificado pela sociedade da época, a única alternativa de felicidade dela é casar o que também é negado.
Queria saber o que o Mizoguchi tinha a dizer sobre esse filme, porque ele é bem diferente dos filmes dele.
É uma "super produção". Não tem grandes multidões como nos filmes do Kurosawa, mas os cenários esbanjam. O filme não é confinado a apenas uns poucos cenários humildes, uma muitas ruas e templos antigos. O filme é muito bonito de se ver também, só que nesse caso já deve ser mais crédito do cinematógrafo Yoshimi Hirano.
Voltando para a história, ela é baseada em uma novela, e talvez se há algo que possa ter interessado ao Mizoguchi e que vale apontar é o detalhe dos budas no templo. O filme começa quase pelo final, entra em um longo flashback e depois volta para onde começou para terminar a história. O flashback se inicia quando a Oharu entra em um templo cheio de pequenas estátuas de buda e reconhece o rosto de um homem da vida dela em um deles. Quando o filme volta para esse ponto na história a Oharu comenta esse detalhe para outras mulheres que estão com ela que também reconhecem rostos da vida delas nos budas.
Eu disse que a Oharu é quase uma santa nessa história pela forma como ela não reage, e há esse paralelo, os homens que de santo não tem nada tem seus rostos representados como seres iluminados.
Enfim, esse filme não acrescentou muito na filmografia do Mizoguchi, e nessa altura não esperava que tivesse.
Falando de aspectos técnicos, é clara a evolução que tiveram ao filmar cenas noturnas.
Você assiste Osaka Elegy e Sisters of the Gion que são da década de 1930 e eles são bastante escuros, eles filmaram mesmo cenas durante a noite, e naquela época a tecnologia de filme, lente e câmera não era boa o bastante. Posteriormente criaram soluções para isso, passaram a filmar cenas noturnas, quando externas no caso, durante o dia com uso de filmes na lente. Coloque um filtro vermelho na lente e o céu fica escuro, pronto. Esse filme é um deses casos, filmes dessa época, em preto e braco, com cenas noturnas, tem um aspecto característico, cinzas.
Ainda deve ter cenas noturnas, filmes e câmeras já deveriam ter melhorado basante para essa condição de luz, e essa é uma produção onde devem ter tido recursos para bancar iluminação artifical mesmo assim acredito que usaram muito desse truque de filtros.
Próximo filme dele que devo assistir é "A Geisha", um filme do ano seguinte, e pelo nome podem adivinhar do que se trata. Apenas um comentário, ele parece tocar na questão da guerra Russo-Japonesa, e reparei que tenho alguns filmes aqui na fila que tocam na mesma questão/acontecimento. Tentarei prestar atenção porque pode ser relevante, foi a partir daquela guerra que o Japão deu de fato início a sua fase imperialista no século 20.
edit: a atriz principal desse filme (Kinuyo Tanaka) também foi diretora, dirigindo seis filmes a partir do ano seguinte.
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(05/03/2017, 19:56)
PaninoManino
05/03/2017, 19:56
(Resposta editada pela última vez 11/03/2017, 15:50 por PaninoManino.)
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A Geisha (Gion Bayashi)
(Japão, 1953 Kenji Mizoguchi)
Apenas negócios de Geisha como de habitual.
Depois de assistir e de falar tanto dos filmes do Mizoguchi e prostituição não resta muito o que dizer sobre esse filme. A diferença é que ele mostra Geishas de verdade.
Uma das protagonistas, Eiko, interpretada pelo Ayako Wakao vai para Kyoto atrás da amiga da falecida mãe que foi uma geisha. O tio quer abusar dela, o pai abandonou, ela não tem outra pessoa a quem recorrer, e como a mãe foi uma geisha ela vê como uma profissão digna o bastante para seguir e pede para a amiga da mãe, Miyoharu, tomar ela como aprendiz.
Só que por mais digna que seja essa profissão ela cai nas pegadinhas que desconhece, ela foge para lá para não ser estuprada pelo tio e no fim acaba quase sempre estuprada por um cliente e descobrindo e entendendo finalmente que aquele mundo é cheio de fachadas e por mais que durante o treinamento dela tenha sido ensinado que elas são um patrimônio imaterial do país, as que não entregam o corpo não prosperam. Ela é realmente ignorante desse lado negro daquele mundo e dos tempos e como muitos ainda operam à moda antiga, quando ela começa a desconfiar e perceber as coisas desagradáveis que ela e as outras tem que suportar ela chega questionar uma instrutura sobre diretos humanos, os regulamentos legais e a constituição, e no fim a única resposta que ouve é risos.
Não tem escapatório se quiser sobreviver naquele mundo, até porquê a toda oportunidade são vítimas de ciladas e chantagens. O conflito do filme vem da Miyoharu ter sido enganada e tentar levar a situação e proteger a Eiko. Mas só as duas sozinhas naquele mundo...
"Serei sua patrona".
Filme manjado, claro, ainda assim bonito.
Pensando nos filmes e nos anos que foram feitos dá para ver um pouco de progressão até chegar em Rua da Vergonha que também tem a Ayako no elenco.
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(09/03/2017, 18:30)
PaninoManino
09/03/2017, 18:30
(Resposta editada pela última vez 09/03/2017, 21:22 por PaninoManino.)
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No Regrets for Our Youth (Waga seishun ni kuinash)
(Japão, 1946 Akira Kurosawa)
Esse é o que dizem ser o pior filme do Kurosawa e já começo dizendo que o filme não é ruim de forma nenhuma, e que suspeito que o filme é tachado dessa forma muito pelo conteúdo dele.
Já assisti a vários filmes que foram feitos por volta dessa época, ainda da década de 1940, filmes da década de 1950 que eram críticos da guerra que o Japão tinha se metido e perdido e as antigas pretensões imperialistas. E de todos esses filmes que já assisti que tocam nessa questão, daquela época, esse é um dos mais interessantes. Ele lembra que nas décadas anteriores muita gente discordava e alertava sobre a política exterior do país, lembra de como o Japão se tornou um país fascista e de como ele conquistou todo o apoio popular da época para o esforço de guerra através de uma repressão muito dura, perseguindo, reprimindo e matando um bocado de gente. O filme passa uma impressão de "eles avisaram, avisaram e vocês insistiram no erro".
Por ser sobre essa questão toda é fácil de imaginar que tenha sido muito mal visto na época e todas as críticas pegaram e continuaram com ele ao longo dos anos. No início de 1946 o sindicato dos trabalhadores do estúdio TOHO entrou e venceu uma greve e eles ganharam muito poder dentro do estúdio. Foi criado um comitê dos funcionários para discutir os filmes a serem feitos e é fácil entender a vontade deles em fazer isso, depois de terem passado tantos anos sendo forçados a fazer propaganda de guerra, e os jornais ainda motivando um clima de que o povo não tinha nada para se envergonhar pelo que tinham feito na guerra, e tudo mais. O comitê tinha vontade de aprovar roteiros críticos desse discurso, e também havias muitos roteiros nessa linha esperando para ser submetidos para aprovação, e daí começou o problema com o filme, porque cada roteirista e diretor submete o roteiro que ele vê com carinha e não quer que outras pessoas mexam nele. Por haver roteiros parecidos o deste aqui acabou, também, sofrendo alterações pelo comitê e foi o roteiro alterado que o Kurosawa teve que filmar. Ele não gostava do filme por isso, por terem mexido no roteiro, apesar de que a partir dali ele também fez alterações para se adequar principalmente na parte final do filme.
Então, o filme já tem essa marca de ser um filme "dos comunistas do TOHO", e para piorar quando foi exibido para os censores americanos eles aprovaram sem críticas.
A controvérsia é essa, só que mesmo que o Kurosawa critique o filme pelos motivos dele, ainda sinto que muito é implicância mais com o contexto do que com a qualidade do filme. Afinal, dizer que é um filme "do Kurosawa" é é também de certo modo incorreto, ele foi um esforço conjunto da equipe, o Kurosawa apenas fez o trabalho que tinha que fazer como diretor. O filme não tem marcas fortes da direção dele, e na época talvez elas ainda nem existissem para se fazerem presentes.
Agora sobre o filme em si, ele começa em 1932/33 usando de base um incidente que teve na Universidade de Kyoto envolvendo a repressão política e de pensamento que ocorria na época.
A protagonista é a Setsuko Hara, e ela quer ser ignorante, como muitos querem ser sobre o que acontece no mundo, mas os alunos do paí, em particular um deles por quem se apaixonando e casando bem mais à frente no filme a forçam a repensar o que acontece em volta dela. Ela não faz muita coisa na história, ela está mais naquela agonia de não saber para onde ir enquanto vê as vidas de pessoas importantes para ela ser afetada pelo clima da época. O aluno do pai com quem ela acaba casando, na década de 1940 faz parte da resistência contra o governo. Junto com muitos outros eles apenas fingiram renunciar seus ideias para operar de forma mais eficiente nas sombras. Mas detalha a história do filme não interessa, o que interessa é falar da Setsuko Hara.
COMO FOI BOM VER A SETSUKO HARA LIVRE DO OZU!
Eu gosto dos filmes dele, só que depois do ápice que foi Tokyo Story pra mim foi só decadência. Os filmes dele se tornaram chatos e estéreis. Como é bom ver a Setsuko usando mais de duas expressões faciais em um filme! Se movendo, mexendo o corpo, poxa, ela era boa atriz!
Aqui ela atua, e na parte final do filme ela até faz esforço físico e podemos ver ela suada, molhada, enlameada, coisa linda.
E também, um detalhe que não tem como reparar, me faz pensar em quem da equipe pensou nisso, ela passa o filme todo sem usar sutiã. Pode parecer taradice minha comentar isso, mas não é, é bem na cara mesmo, fica bem chamativo em algumas cenas mamilas saltando na blusa que ela está vestindo ou os peitos balançando. Isso acrescenta nada no filme, de todo modo é interessante até de notar, já que a Setsuko ali era bem mais jovenzinha do que em outros filmes posteriores que ela fez que eu assisti.
E não só a atuação dela que é "boa", atuação que nem sei dizer de fato se é boa, é mais porque me pareceu mais "natural" do que atuação de outros filmes da época que assisti. Ainda tem um estilo antigo daquela época em muitas cenas, todavia é uma evolução. Bem melhor de assistir um filme como esse em que os personagens parecem gente comum falando naturalmente do que atores lendo falas de forma pouco natural.
Voltando ao Kurosawa, e qualidade técnica do filme, ele tem várias cenas bonitas e interessantes, um "blocking" que já se faz notar, a edição por outro lado é um problema, a transição entre muitas cenas, a passagem do tempo abrupta, principalmente em duas parte do meio do filme que não fica claro quanto tempo se passa entre uma cena e outra além de a transição ser feita. E também a forma como a personagem da Setsuko se comporta em um desses momentos em particular.
Enfim, pra mim foi um bom filme, e saber de toda essa história e polêmica que existe em torna dele o torna ainda melhor!
Digam o que quiserem é um filme que gostando ou não vale muito ser visto.
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(11/03/2017, 15:28)
Zwei
Tão tentando trazer o Russel Crown de volta pra Gladiador 2 mas parece q não tá funcionando mto bem.
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(11/03/2017, 18:57)
PaninoManino
11/03/2017, 18:57
(Resposta editada pela última vez 11/03/2017, 19:09 por PaninoManino.)
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The Daughter of the Samurai (Atarashiki Tsuchi)
(Alemanha/Japão, 1937 Arnold Fanck/Mansaku Itami)
Depois de assistir ao último filme do Kurosawa e ficar com vontade de assistir outro filme com a Setsuko Hara, olhando a filmografia dela reparei no interessante detalhe (no contexto aqui) de que ela participou de muitos filmes de propaganda no início da carreira.
O filme que consegui ter acesso e assistir já é o nono filme dela, apenas dois anos depois de começar a aturar, o que não é surpresa conhecendo o ritmo de produção da época. I filme se chama "A Filha do Samurai" na Alemanha e Atarashiki Tsuchi no Japão, de 1937 quando a Setsuko possuía apenas 16 anos e ainda voz de criança.
É interessante assistir a esses filmes, hoje.
Como já mencionado é um filme de propaganda.
Um Japonês após passar 8 anos na Alemanha volta para o Japão e deve se casar com a filha da família de Samurai quem o adorou e financiou seus estudos, porém ele quer recusar o casamento motivado por ideias de liberdade e individualismo que aprendeu na Europa.
Após um período de reabituação a sua terra e costumes natais, e demonstrar seu amor evitando o suicídio da noiva, a nova família vive feliz participando do desenvolvimento da Manchúria.
Assistir um filme desse é uma experiência.
Ele foi dirigido por Mansaku Itami e o alemão Arnold Fanck que era ligado ao partido Nazista, e dizem que eles desentenderam muito durante as filmagens e cada um fez uma montagem para seu países. A que assistir deve ser a japonesa, a outra nem sei se existe.
Durante o filme o aspecto de propaganda perde o controle em vários momentos e ele acaba se tornando mais longo que o necessário por isso, com várias montagens onde o filme fics mostrando aspectos e detalhes e paisagens japonesas para o público alemão. O lado tradicional, o lado moderno, o lado militar. "Made in Japan", e que muito existe graças a ajuda e colaboração de aliados como a Alemanha.
Duas partes chamam muito atenção quando você assistir, uma delas é quando o protagonista comenta e explica para sua amiga alemã que vai com ele visitar o país sobre o que está sendo feito na Manchúria. O povo japonês é forte porém a terra é pouca e ruim, por isso foram atrás de novas e melhores e mais terras, e na verdade o local e o povo local era atrasado, e enquanto ele fala mostra uma montagem da força militar e das estruturas modernas que eles estavam construído por lá. O Japão estava levando progresso para lá entre outros locais.
Outro momento é quando o pai da noiva (Setsuko), o Samurai está olhando o mar com a amiga alemã do protagonista ele faz um comentário poético que é fácil de entender que está dizendo que o Japão será uma muralha ali naquela região e para a Alemanha contar com eles que irão enfrentar e parar o Estados Unidos ali. Naturalmente anos depois fizeram filmes comemorando o sucesso de Pearl Harbor, inclusive com a Setsuko Hara.
Apesar de ser um filme com problemas de ritmo ainda acho que a parte da propaganda foi até bem feita e o conflito só protagonista bem menos desmiolado do que se poderia esperar.
Apesar do esforço do Japão em se modernizar eles não queriam, e o governo através do filme deixa bem claro, que eles não queriam perder a identidade milenar deles. A personagem alemã também não, ela é crítica do protagonista, fazendo ele não esquecer de onde vem. Há uma cena onde no hotel eles veem uma marcha de militares e ele olha e mostra para ela com orgulho e ela faz ele observar o passe deles, no mesmo ritmo, juntos, um exemplo de força coletiva, a mesma que estava construindo aquele Japão forte. Ela questiona se ele vi o individualismo que tanto quer agarrar ali.
A forma como ele fica desconfortável enquanto está no "Hotel Europa" e não consegue relaxar em bares ocidentais, e o impacto positivo de locais e atrações tradicionais japonesas tem nele seria muito bem feita se as montagens não fossem tão longas.
A parte estranha do filme é a personagem da Setsuko, desiludida após 8 anos se espera e dedicação e por acreditar que o noivo ama a alemã, não suporta o desespero e vai se matar em um vulcão.
Essa era uma opção? Hardcore.
É um filme interessante como registro histórico, ver a propaganda sobre a situação na Manchúria. O filme termina com um soldado como imaginem final de guarda no campo que a nova família está cultivando. Sorrindo para eles, cumprindo seu dever, mas terminando com uma expressão séria.
Pena que esses filmes devem ser muito difíceis de se conseguir, mais ainda com legendas.
Minha intenção era ver mais da Setsuko Hara e não fiquei satisfeita porque ela aparece pouco e fala pouco. Parece que por papéis como esse ela foi vista como "heroína trágica" durante boa parte da carreira. Pelo menos valeu para ver que ela sempre teve aquele sorriso e aquela capacidade de mudar rapidamente para uma expressão seria e triste.
Agora partir para o próximo filme aleatório.
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