Now Playing Filmes 2014-2017

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878 respostas neste tópico
 #311
Tava aqui vendo uma animação do Batman e Superman, que tem uma cena foda do morcegão.



Se fode aí, Darkseid.
 #312
(25/04/2016, 20:05)PaninoManino Escreveu: Late Autumn, 1960 do Ozu.

Spoiler: Imagem  
[Imagem: xRGdmPO.jpg]

Não gostei, e aqui aquele estranhamento de ver amigos homens das mulheres decidirem quando elas devem casar e com quem é forte.

Vc que está na vibe de filme japa, assista Depois da Chuva: http://www.imdb.com/title/tt0181960/?ref_=fn_al_tt_1
 #313
(26/04/2016, 09:14)Killy Escreveu: Vc que está na vibe de filme japa, assista Depois da Chuva: http://www.imdb.com/title/tt0181960/?ref_=fn_al_tt_1

Faz uns três meses que estou com ele, ontem olhei para ele na pasta e filmes e pensei em apagar.
 #314
When a Woman Ascends the Stairs, 1960 Mikio Naruse

[Imagem: yogdWZX.jpg]

Mikio Naruse é um dos grandes cineastas japoneses da metade do século passado junto com Akira Kurosawa e principalmente Yasujiro Ozu e Keisuke Kinoshita. Nos filmes dele e dos últimos dois ao que parece sempre há mulheres sofrendo, eles fizeram muitos filmes com mulheres como protagonistas e sempre tem drama. Chegou em um ponto em que eu pensei "tenho algum fetiche por assistir mulher sofrendo?", mas pensando bem cada um deles faz suas personagens sofrerem de modos diferentes e por isso é interessante de assistir. Aliais, o Ozu é o mais repetitivo em suas histórias, e já assisti filmes demais dele, agora vou atrás de mais filmes do Kinoshita e Naruse.

Falando do filme, é como um filme da nouvele vague francesa. Até comentaram comigo que os franceses também se inspiraram um pouco em filmes japoneses. Todo mundo se inspirou em todo mundo, mas esse aqui, caramba, desde os créditos de abertura, as músicas, a edição, fotografia, atuação, tudo tem um clima de filme frances.
É bonito e é bom.
 #315
Longe de Ti (Kimi to wakarete) do Mikio Naruse de 1933

[Imagem: 0ODUfAr.jpg]

Que filme foda!
Depois de assistir ao anterior fiquei com vontade de assistir mais do Naruse e por causa da dificuldade em encontrar alguns filmes antigos desses diretores acabei topando com alguns deles no Youtube, entre eles esse e assisti.
Repito, que filme foda!
Um filme de 1933 que tem cara de mais moderno que o último filme do Ozu da década de 1960.
Fantástico, a história é simples e boa, o roteiro é bom, as atuações são boas, mas o que destaca mesmo é a direção do Naruse. Ele movimenta bastante a câmera, não excessivamente, apenas o suficiente, ele busca fazer com que a câmera seja uma ferramenta para contar a história e destacar as atuações. Há um pouco de excesso de zoom in porém dá para entender os motivos na falta de outras ferramentas para ser usadas na cena, porque esse filme é mudo. Não me lembro de ter assistido filme mudo antes porém certamente vou me lembrar deste.
Há algumas supressas positivas, ainda mais, como o final:
Spoiler:  
a personagem depois de se meter na briga e ser esfaqueada não morre. Ela quase morre, fecha os olhos no leito, e há motivos para acreditar que ela vai morrer. Ela até manifestou leve desejo suicida antes, mas não, ela abre os olhos e meio que "quer saber, não vou morrer não. foda-se tudo e todos, vou levar a vida, vou suportar isso e veremos como será o futuro".
E isso faz com que não seja necessário ela dizer nada para a mãe e filho, tudo fica entendido entre eles.
Há nesse filme uma cena daquelas dignas de "top tanto de melhores cenas da história do cinema", onde além de fazer um jogo de luz e sombras em dois quartos separados, o Naruse usa MÚSICA para dar dramaticidade a cena, em um filme MUDO.

Esse filme é muito bom.
 #316
Every-Night Dreams (Yogoto no Yume) de Mikio Naruse de 1933

[Imagem: eexFoh2.jpg]

Em 1933 o Naruse fez 6 filmes mudos, 3 deles perdidos. Aparentemente Kimi to Wakarete foi o primeiro seguido deste Yogoto no Yume. O último daquele ano e também o último filme mudo dele é Kagirinaki Hodo (Street Without End) que planejo assistir a seguir. Mas falemos de Every-Night Dreams por enquanto.
Ele é um filme tão simples quando o anterior, ainda mais simples e eficiente. É mais uma história de drama de pessoas pobres protagonizado por uma mulher. Se esses diretores gostavam de suas mulheres sofridas eles não gostavam dos homens que as faziam sofrer.
Quando digo que ele é mais simples é porque ele é mais simples mesmo, há menos preciosismo técnico aqui. Ainda é um filme bonito mas comparado com o anterior dá para ver que o Naruse não ficou procurando onde encaixar malabarismos técnicos, exceto "match cuts", onde ele combina o corte de uma cena com a seguinte, há muito disso aqui e é inclusive usado para evitar ter que mostrar certas cenas da narrativa. Exemplo, há um atropelamento, ele é sugerido em cena anterior onde um personagem sinaliza para outro parar na rua para um carro passar. Em cena seguinte esse mesmo personagem está em um quarto e pega um carrinho de brinquedo, antes dele colocar novamente na mesa ele dá corta e o carro sai andando e cai da mesa. Nessa hora aquele personagem que ele sinalizou antes para parar é atropelado na rua e não há necessidade de mostrar isso, já foi sugerido, em seguida apenas chega a notícia do atropelamento.

Ouvi parte de um podcast sobre o Naruse onde eles comentam esse filme, parei porque não assisti aos outros.
Os participantes comentam que o estilo conhecido do Naruse é o do pós guerra, e que ele é minimalista. De fato, o estilo que vi em When a Woman Ascends the Stairs de 1960 não chama atenção para si, ele é apenas fluido, não tenta ficar no caminho dos elenco. É como se o Naruse tivesse se divertido feito tudo que podia no início da carreira e depois sossegou.
Ele também era um cara bastante quieto, a Hideko Takamine disse em entrevista que em mais de 20 filmes que ela participou com ele o Naruse nunca deu direções sobre como atuar. Outro disse que quando ele ia comentar algo com ele ele chegava perto e cochichava no ouvido, muito tímido. É consenso que poucos o conheciam, ele era muito reservado.

Enfim, indo atrás dos filmes.
 #317
Street Without End (Kagirinaki Hodo) do Mikio Naruse de 1934

[Imagem: HXsNpmo.jpg]

É derivado dos outros filmes anteriores, com a adição da questão de conflito de classe no casamento.
As mulheres tinham que casar não é? Mas era difícil, qualquer besteira tornava elas indignas, imagine como era uma qualquer casar em uma família de nome, de samurai acho?
Acaba como os outros filmes do Naruse, a protagonista pode até sofrer mas aprende com os erros e faz papel de veículo para fazer as críticas aos outros personagens.
 #318
A Face from the Past, Mikio Naruse 1941

[Imagem: q0KL8pT.jpg]

Esse é um curta, 35 minutos, propaganda de guerra simples.
Feito para as famílias dos soldados que ficavam sem saber de nada, um "shouganai ne?"


Masseurs and the Woman, Hiroshi Shimizu 1938

[Imagem: GxqxXnP.jpg]

Não tenho certeza do que se trata esse filme, ele é curto, 1 hora apenas.
Dois amigos cegos chegam em um spa nas montanhas onde eles vão toda primavera trabalhar como massagistas. Ao mesmo tempo chegam de Tóquio uma mulher sozinha e um homem com seu sobrinho. E começa uma série de furtos nos spas da vila. Todos parece estar lidando com seus problemas pessoas.
Há uma pequena reviravolta no final.
Esses diretores produziam tanto, é admirável que eles conseguissem fazer tantos filmes durante o ano mantendo um bom nível de qualidade e interesse, porém não é qualquer filme que será uma obra prima.
 #319
Mais dois do Naruse.

Três Irmãs De Coração Puro, 1935

[Imagem: OUuIJkB.jpg]

Primeiro filme falado dele.
Talvez ele ainda não estava acostumado com a nova camada de informação. O início e fim do filme tem uma sequência de imagens que é confusa, as vezes dá até a impressão de que há pequenas cenas faltando, e o filme é curto, pouco mais de uma hora. Não é como se filmes de uma hora e meio só passaram a existir depois do som, então é estranho. O filme é a mesma coisa de sempre do Naruse, personagens pobres, sobrevivendo na vida, especificamente mulheres e tragédias que acabam acontecendo com elas porque por mais que tentem a sociedade dá pouquíssimas opções para elas se sustentarem. E caso elas escolham uma das opções disponíveis elas se tornam indignas de um casamento honesto. Complicado.


Toda a Família Trabalha, 1939

[Imagem: M4wwHRn.jpg]

Mas coisa, diferente no caso que é sobre um grupo de irmãos ao invés de ser sobre mulheres. A família é grande, 9 filhos, NOVE, e por causa disso depois do primário as crianças tem que ir trabalhar em fábricas. Até que o filho mais velho cansa, o trabalho dele não vai progredir, ele nunca poderá casar, ele quer voltar a estudar e se fizer isso a casa ficará em situação financeira ainda mais difícil. Essa rebeldia dele acaba contagiando os irmãos que também não querem apenas trabalhar.
É um filme que você assiste como um estrangeiro, grande parte da tensão é cultural.
Exemplo, por que a família não senta e conversa sobre como podem levar a situação enquanto o mais velho trabalha? A longo prazo será melhor para todos, mas o sacrifício vem em primeiro lugar, pensar em uma saída desse sacrifício é um um desrespeito para a família.
O filme acaba quando a história começa. É a sensação que passa. Em outro filme até aonde ele vai seria apenas a premissa, o início do conflito, mas talvez por causa dessa origem cultural dele esse momento seja o clímax da história, o que para um estrangeiro pode parecer estranho.


Comparando esses dois, os cenários do segundo são um pouco limitados, poucos cenários, interiores, favelinha.
O primeiro filme tem cenários mais externos, o que pra mim é mais interessante de assistir. Me faz lembrar um pouco When a Woman Ascends the Stairs de 1960, cenários internos, casa, trabalho das mulheres, de vez em quando há cenas na rua, mostrando um pouco da cidade.
 #320


Ai meu corassaum.
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