Death Parade

Tópico em '2015' criado por martec em 01/11/2014, 09:17.
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175 respostas neste tópico
 #101
Conclusão

O anime dá uma mensagem simples: a de que os seres humanos, por terem noção de mortalidade, por isso mesmo possuem a oportunidade de viver melhor sua existência, em relação aos outros seres vivos.

Essa idéia é bem reforçada pelo contraste entre os humanos e os "juízes" (que são bonecos “imortais”). Ao decorrer do anime, se mostra a contradição de seres não-humanos, que não conseguem sentir e compartilhar as mesmas experiências emocionais dos humanos, estarem julgando-os.
Os humanos, por serem mortais, é que possuem a capacidade de desenvolver um “projeto” (sentido de vida); e também valorizar mais as coisas em si e em sua volta, criando ligações emocionais profundas. Tudo isso, porque sabem que são mortais, que um dia irão morrer. O que é, aparentemente, um defeito, é o que faz enriquecer mais sua vida. Isso contrasta com os juízes: eles não vivem, apenas existem (como se fossem “objetos animados”). O que seria uma vantagem (serem “imortais”), é, na verdade, uma maldição: são eternos e, portanto, não tem senso de perda ou de finitude. Qualquer “projeto” ou ligação emocional perde seu valor e força, por não haver um “fim”. Viram apenas seres sem vontade, entediados; e disso vinha o seu julgamento “imparcial”, que era, por isso mesmo, insosso, frio e desumano.
Sem a noção da finitude humana, eles não podiam desenvolver empatia, levar em conta as imperfeições e limites morais dos seres humanos quando expostos em situações de risco (eles sendo “imortais”, não poderiam experienciar e sentir esse "limite emocional", para poder gerar empatia por eles). Eram iguais as pedras: eternas; porém, objetos, sem alma.
Disso, o plot do anime é desenvolvido, demonstrando a relação do Decim e da Chiyuki; com a última tentando “humanizar” os seus julgamentos. Isso culminou quando o Decim, ao querer melhorar seu julgamento, quis sentir o que a Chiyuki sentia. Somente assim, ele conseguiu "se pôr no lugar dela", gerar empatia.

A mensagem final do anime: você é mortal (humano). E por isso mesmo, sua vida e existência tem mais valor e sentido. Portanto, aproveite cada momento, com suas qualidades e defeitos. Isso é reforçado nas palavras do Decim (“Respeito todos aqueles que viveram plenamente suas vidas”); e também na música de abertura do anime (que é um convite a “aproveitar a vida, o momento”, confiram a letra da música).
1 usuário curtiu este post: Higo
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 #102
Dá pra notar facilmente a idéia de que a consciência da própria mortalidade afeta nossos valores e atitudes, mas não vejo o anime buscando fazer nenhum juízo de valor sobre a existência de árbitros versus humanos. Acredito que a discussão que rola é ao redor do ato do julgamento e do que é necessário para que ele seja justo.
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 #103
(14/07/2015, 02:56)Israfil Escreveu: Acredito que a discussão que rola é ao redor do ato do julgamento e do que é necessário para que ele seja justo.

Me questionei acerca disso também. Mas o anime não dá indícios ou pistas para solucionar isso.

Para saber se um julgamento é justo, é preciso saber em qual sistema de valores (crença) o julgamento está se baseando. O anime não deixa isso claro.

Não demonstra exatamente o porque dos juízes estarem ali também...são seres autônomos, ou seguem ordens de algum superior? Se seguem, quais são os "valores" de seus superiores, para saber como os juízes devem julgar (baseado nos valores e ordens de seus superiores)?

Nada disso é demonstrado. Há só o julgamento, sem definir claramente os valores desse julgamento (um tribunal é feito para garantir as leis e valores de um sistema), e depois são enviados a reencarnação ou ao vazio. No máximo que dá para dizer, é que há alguns valores budistas, mas nada em uma linha ortodoxa.

Só há duas conclusões: ou o anime foi mal feito, ou o julgamento em si era algo secundário para o plot. Como anime é, em geral, apenas uma diversão (não trabalha, geralmente, com mensagens profundas), acredito que é a última conclusão: uma mensagem simples e divertida, nada para rachar a cabeça.
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 #104
Não sei... A existência do Decim se dá justamente porque a Nona não estava satisfeita com o status quo dos julgamentos. O Decim é praticamente um experimento dela pois ela queria saber como é um julgamento feito por um árbitro com sentimentos. Durante os primeiros julgamentos e testes o Decim geralmente comete erros e é repreendido, mas mostra que quer melhorar. E apesar do anime não chegar a uma conclusão definitiva, para mim ele termina com uma comparação entre o julgamento do Decim e do Ginti de forma a deixar o telespectador criar suas próprias idéias. Como a Nona diz pro Oculus "what is the point of a judgement that isn't accompanied by suffering?". Pra mim isso é um aceno em aprovação aos julgamentos realizados com mais empatia. Considerando que guia tanta coisa que ocorre no anime não consideraria secundário, mas chegar a conclusões definitivas sobre o tópico realmente não foi o objetivo do anime que acabou bem aberto.
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 #105
Eu dropei DP quando começou a se explicar demais

A graça era justamente quando era mais ambíguo...
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 #106
(28/12/2015, 20:25)jasque Escreveu: Eu dropei DP quando começou a se explicar demais

A graça era justamente quando era mais ambíguo...

Para mim o anime continua sendo muito bom do começo ao fim. Com bônus que as explicações não atrapalhavam (acontecia junto aos jogos), pelo contrário, eram boas e não te deixavam boiando.
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 #107
(08/02/2017, 20:06)gaogoa Escreveu: Really? Foi um anime inovador e conseguiu ser bom ainda.
Que tristeza, fiquei até esperando segunda temporada, mas depois dessa...

O anime já foi pensado pra ser filantrópico, uma season 2 dele seria altamente improvável.
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 #108
Esse foi um dos primeiros animes que vi e na época já não achei grande coisa...
Se eu visse hoje capaz que ia achar menos ainda...

Enfim, tem uma premissa legal.
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 #109
Eu achei muito errado algumas lógicas de alguns dos julgamentos, e de alguma forma foi "esperado" para algo escrito por japonês.
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 #110
Gostei do anime mas não gostaria de ver uma S2 disso, eu já tava começando a achar repetitivo demais...
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