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Tópico em 'Vale tudo' criado por M3troid em 01/01/2024, 00:01.
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 #441
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O cearense comum.
1 usuário curtiu este post: gangrena
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 #442
(12/05/2024, 16:04)JJaeger Escreveu: Eu não entendo a relação entre algo ser um direito humano e ser barato. Se Ferraris se tornarem um direito humano amanhã, todos conseguem comprar uma a 1 real?  Icon_lol
Economia é escassez, eleger um item a um direito humano não faz com que o item se materialize infinitamente, ele continua escaço e sujeito as leis da natureza. Alguém vai ter que plantar o feijão, colher ele, cozinhar e servir num prato, e todo esse processo custa muito mais que 1 real. Alguém está pagando essa conta.

Sim, mas isso é apenas um modelo de economia entre vários. Já ouviu falar de cooperativas, aonde a produção e o dinheiro da empresa são distribuídos meio que igualmente entre as pessoas da empresa? Tem também o distributivismo, uma teoria economica católica com moldes parecidos com o cooperativismo, por exemplo, mas em escala político/social (riqueza sendo compartilhada entre todos que produzem o bem/produto/serviço, não concentrada nas mãos de uns poucos).

E está ignorando o fator social, de solidariedade e cooperação: se custa 1 real, é porque as pessoas chegaram a comum acordo que vai ser 1 real mesmo, porque é uma ajuda a trabalhadores pobres que, mesmo se esforçando, continuarão pobres durante boa parte de suas vidas, e ter comida acessível e barata é algo que ajuda eles. Se o produto talvez seja escasso, a solidariedade e cooperação com os pobres faz isso ser irrelevante.

E isso é até bem simples, veja só, em termos capitalistas: se as pessoas dão o preço que quiser ao que vendem, nada impede de as pessoas se organizarem, colocarem a ganância e lucro de lado, e botarem um preço solidário e que seja acessível aos trabalhadores pobres, que precisam dessa ajuda. E nada impede das pessoas se organizarem, fazendo uma espécie de conscientização solidária, social e cooperativa, e organizarem um preço mais ou menos fixo e baixo, para coisas que são necessidades básicas (ou Direitos Humanos), sem a lógica da ganância/lucro envolvida nessas coisas (moradia, educação, alimentação, lazer, saúde, etc...). E não falo nehum absurdo aqui, pois o bom senso diz que a economia tem como finalidade a dignidade do homem, não o lucro. Ou como disse bem Mário Ferreira dos Santos a economia foi feita para o homem, não o homem que foi feito para a economia.

Mas obviamente, liberais apologistas da ganância vão dizer que bom, aí não vale, porque não tem lucro envolvido. E aonde tem uma lei dizendo que o lucro (ou ganância) é uma "lei economica" que tem ser seguida? Nada diz que um Bom Prato é uma espécie de aberração economica, ou alguma coisa do tipo, muito pelo contrário. O que mais ouço de pessoas comuns é que falta mais Bom Prato serem construídos. O Brasil é um dos poucos países do mundo que tem superprodução de alimentos, veja só, tanta superprodução que os oligarcas que vendem boa parte dela para o exterior vende as "sobras" (os alimentos imperfeitos) para o mercado interno nosso. Tudo alimento do bom e do melhor da nossa terra vai para estrangeiro, de oligarcas sem compromisso com a produção de alimentos nacional. Tá certo isso? Veja só: alimento não falta no brasil, o que precisa é uma distribuição alimentar que seja compatível com o poder de compra de cada região do Brasil, e isso inclui os Bom Prato. Os oligarcas? Não se preocupe, o alimento que vai para os Bom Pratos não dão 1% da produção que eles tem nas suas terras. E isso vindo de, veja só, latifundiário desmatador que faz politicagem no congresso para fazer leis de desmatamento (bancada do Boi), que contrata pistoleiro, policial corrupto e assassino de aluguel para invadir propriedade privada de pequenos agricultores e que faz grilagem de terra. Como pode ver, só empresário "do bem". Não há dúvida que para esses cidadãos, falta consciência social, já que usam a política não para benefício popular (o que é o correto mesmo), mas para enriquecerem ainda mais. E falar que política é só "ladrão" não adianta nada: se não coloca alguém "do povo" (ou algo perto disso), quem vai "emcampar" a política são empresários "oligarcas" e burocratas corruptos (que vai apertar a mão desses oligarcas).
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 #443
você tem ciência que nada disso importa pra eles? só o que importa pra eles é o que disse algum youtuber que falou pra eles que o pobre só não vira bilionário por causa do estado malvado.
(e, por algum motivo, eles acreditam)
2 usuários curtiram este post: Lucius Auri, martec
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 #444
(12/05/2024, 19:34)Gabrinius Escreveu: você tem ciência que nada disso importa pra eles? só o que importa pra eles é o que disse algum youtuber que falou pra eles que o pobre só vira bilionário por causa do estado malvado.

Então colega, meio que sei disso sim. Mas sigo o princípio do Nelson Rodrigues "Toda unanimidade é burra". Só discutir com as pessoas que pensam de forma igual ou similar pode até ser algo prudente a se fazer, a princípio. Mas também isso acaba limitando suas perspectivas à longo prazo e você acaba limitado as suas próprias perspectivas e juízos, criando o que chamo de "viés cognitivo" (aquelas crenças e até preconceitos internos nossos que gostamos de acariciar e não "botar à prova"). Particularmente não recomendo isso, pois te deixa em uma espécie de zona de conforto interna aonde você tem a ilusão de que suas crenças e juízos são fortes, quando na realidade é só um mecanismo do nosso ego, impedindo a gente de testar os nossos juízos e crenças, com certa constância, para manter a resiliência e firmeza interna constantemente afiados. Quem não renova seu juízo de Bem/Mal constantemente, com diálogos/discussões e afins, terá uma perspectiva engessada, e que é frágil para lidar com pessoas com perspectivas muito diferentes das suas. Vivemos em uma democracia, e a gente sempre vai acabar trombando com alguém que pensa bem diferente da gente em muitas coisas, não é mesmo? Gosto desses tipos de debates também porque são os mais desafiadores: encontrar algo em comum com crenças e juízos muito opostos faz parte também de uma boa interação e socialização saudável, mantendo um certo acordo entre as partes sobre o que falar e o que não falar (respeitar limites). Isso, portanto, estimula o bom convívio com o diferente e o diverso. Também estimula a Virtude da Gravitas, que é uma Virtude próxima à da Coragem: é a capacidade de defender pontos de vista e "posições internas" suas; essa Virtude é mais comum de ser vista em políticos e pessoas que trabalham na área de Direito (juízes, advogados, promotores, etc...), pois essas profissões, de acordo com o que falam e assinam, definem o destino de pessoas. Gravitas é basicamente "a sua palavra ter peso".

A questão, portanto, nem é se vou "evangelizar" o colega que estou fazendo essa discussão (apesar de que, se ele absorvesse alguma coisa do que falo, ficaria obviamente feliz). Discuto mais por causa que gosto de defender "posições argumentativas dificéis". Já disse que gosto de Filosofia né? Então, debates é uma espécie de trabalho para mim, gosto de discussões e diálogos assim. Obviamente, sempre com respeito e cordialidade.

E não, não estou irritado nem nada, conheço o colega desde há muito tempo. Não ficaria bravo com discussões assim.
1 usuário curtiu este post: JJaeger
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 #445
(12/05/2024, 19:29)Lucius Auri Escreveu: Sim, mas isso é apenas um modelo de economia entre vários. Já ouviu falar de cooperativas, aonde a produção e o dinheiro da empresa são distribuídos meio que igualmente entre as pessoas da empresa? Tem também o distributivismo, uma teoria economica católica com moldes parecidos com o cooperativismo, por exemplo, mas em escala político/social (riqueza sendo compartilhada entre todos que produzem o bem/produto/serviço, não concentrada nas mãos de uns poucos).

Cooperativa e distributivismo pressupõem uma coisa fundamental: voluntariedade. Eu estou na empresa ou faço parte da igreja por vontade própria e contribuo por vontade própria, e posso sair a hora que quiser. No Estado, no entanto, eu não tenho a opção de não cooperar, eu sou obrigado a pagar o lanche do outro. Isso está longe de ser solidariedade, caridade ou cooperativismo, está muito mais próximo de "coerção do bem" na verdade.

(12/05/2024, 19:29)Lucius Auri Escreveu: E está ignorando o fator social, de solidariedade e cooperação: se custa 1 real, é porque as pessoas chegaram a comum acordo que vai ser 1 real mesmo, porque é uma ajuda a trabalhadores pobres que, mesmo se esforçando, continuarão pobres durante boa parte de suas vidas, e ter comida acessível e barata é algo que ajuda eles. Se o produto talvez seja escasso, a solidariedade e cooperação com os pobres faz isso ser irrelevante.

Não existe solidariedade sem voluntariedade.
E as pessoas não chegaram em comum acordo. Um burocrata que teoricamente representa a população decidiu criar isso. Ninguém perguntou a opinião do Joaquin, da Fernanda, do Epaminondras, etc, eles votaram num marmanjo e esse marmanjo, além de coçar o saco, inventou um programa desses. Todo mundo paga por esse programa, não só os trabalhadores pobres. Até porque, se apenas os trabalhadores pobres pagassem por isso, não faz sentido eles pagarem por uma coisa e receber essa coisa "de graça" do governo, é mais fácil simplesmente ir num restaurante e pagar o serviço diretamente na boca do caixa (que sairia mais barato do que pagando pro governo).

(12/05/2024, 19:29)Lucius Auri Escreveu: E isso é até bem simples, veja só, em termos capitalistas: se as pessoas dão o preço que quiser ao que vendem, nada impede de as pessoas se organizarem, colocarem a ganância e lucro de lado, e botarem um preço solidário e que seja acessível aos trabalhadores pobres, que precisam dessa ajuda. E nada impede das pessoas se organizarem, fazendo uma espécie de conscientização solidária, social e cooperativa, e organizarem um preço mais ou menos fixo e baixo, para coisas que são necessidades básicas (ou Direitos Humanos), sem a lógica da ganância/lucro envolvida nessas coisas (moradia, educação, alimentação, lazer, saúde, etc...). E não falo nehum absurdo aqui, pois o bom senso diz que a economia tem como finalidade a dignidade do homem, não o lucro. Ou como disse bem Mário Ferreira dos Santos a economia foi feita para o homem, não o homem que foi feito para a economia.

Sim, as igrejas vazem isso. O meu irmão, por exemplo, realizava "sopões" na igreja que ele tem, indo em albergues entregar comida pros mendigos. Eles são os donos da sopa, eles decidem por vontade própria o preço, que é 0 reais.

No entanto, o meu irmão não obrigou ninguém a dar dinheiro pra fazer a sopa, ele pediu as pessoas que contribuíssem por vontade própria.

(12/05/2024, 19:29)Lucius Auri Escreveu: Mas obviamente, liberais apologistas da ganância vão dizer que bom, aí não vale, porque não tem lucro envolvido. E aonde tem uma lei dizendo que o lucro (ou ganância) é uma "lei economica" que tem ser seguida? Nada diz que um Bom Prato é uma espécie de aberração economica, ou alguma coisa do tipo, muito pelo contrário.

Lucro é a recompensa do risco, já falei isso em posts anteriores. Lucro não é uma lei econômica, escassez é. Você pode operar sem visar lucro, a tendência é que você vai quebrar a longo prazo se não tiver outra fonte de renda. Igrejas tem as contribuições voluntárias, empresas tem o seu produto ou serviço.

E o Bom Prato é uma aberração econômica, ele não existiria se as pessoas não fossem obrigadas a sustentar isso via impostos. Bem como qualquer programa social criado pelo Estado.

(12/05/2024, 19:29)Lucius Auri Escreveu: O que mais ouço de pessoas comuns é que falta mais Bom Prato serem construídos.

Pergunte a qualquer beneficiário do Bolsa Família e ele geralmente vai querer mais Bolsa Família, pergunte a qualquer pequeno ou médio empresário e ele geralmente vai querer menos Bolsa Família.
Pergunte a uma criança se ela quer mais doce e ela geralmente vai querer mais doce, pergunte a qualquer pai ou mãe se eles querem mais doce para a criança e eles geralmente dirão que não querem mais doce.
Quem se beneficia quer mais, quem paga quer menos.
Quem não entende as consequências quer mais, quem entende quer menos.

(12/05/2024, 19:29)Lucius Auri Escreveu: O Brasil é um dos poucos países do mundo que tem superprodução de alimentos, veja só, tanta superprodução que os oligarcas que vendem boa parte dela para o exterior vende as "sobras" (os alimentos imperfeitos) para o mercado interno nosso. Tudo alimento do bom e do melhor da nossa terra vai para estrangeiro, de oligarcas sem compromisso com a produção de alimentos nacional. Tá certo isso? 

E eu sei lá, eles que plantaram, não eu. Eu decido o que eu faço com a minha propriedade, eles decidem o que fazem com a deles. No momento que você relativiza a propriedade alheia, você está permitindo que relativizem a sua.

(12/05/2024, 19:29)Lucius Auri Escreveu: Os oligarcas? Não se preocupe, o alimento que vai para os Bom Pratos não dão 1% da produção que eles tem nas suas terras. E isso vindo de, veja só, latifundiário desmatador que faz politicagem no congresso para fazer leis de desmatamento (bancada do Boi), que contrata pistoleiro, policial corrupto e assassino de aluguel para invadir propriedade privada de pequenos agricultores e que faz grilagem de terra. Como pode ver, só empresário "do bem".

Todos eles usam o poder do Estado pra atingir seus objetivos, não vi nada de anormal nisso. A Odebrecht faz o mesmo, a Friboi, etc.

(12/05/2024, 19:29)Lucius Auri Escreveu: E falar que política é só "ladrão" não adianta nada: se não coloca alguém "do povo" (ou algo perto disso), quem vai "emcampar" a política são empresários "oligarcas" e burocratas corruptos (que vai apertar a mão desses oligarcas).

Não existe ninguém "do povo", a máquina sempre vai ser operada por psicopatas. Novamente, "Ponerologia, psicopatas no poder". Quem anda com puta acha que ser promíscuo é normal, quem anda com drogado acha que chapar é bacana. O ambiente cria incentivos, e esses incentivos fazem com que tipos específicos de pessoas surjam em tais ambientes. O governo é uma encubadora de psicopatas, apenas os piores chegam no topo, isso acontece por diversos motivos, o principal deles é a separação de controle e propriedade. Se eu controlo algo que não é meu, eu não sinto as consequências, logo eu sou incentivado a fazer o que eu quiser com isso sem me preocupar seriamente no que isso vai acarretar.

(12/05/2024, 19:34)Gabrinius Escreveu: você tem ciência que nada disso importa pra eles? só o que importa pra eles é o que disse algum youtuber que falou pra eles que o pobre só não vira bilionário por causa do estado malvado.
(e, por algum motivo, eles acreditam)

Com o governo, nominalmente o pobre pode virar bilionário sem problemas. Na verdade, os pais ou os avós de todos desse fórum já foram milionários no passado. Em 1985 um bombom custava 60 mil cruzeiros, calcule quanto não era um salário mínimo. Todo mundo era milionário em 85.
Se existisse um Bom Prato naquela época, acho que custaria uma bagatela de míseros 50 mil cruzeiros  Pacman

Riqueza não se trata de dinheiro no banco, apenas, se trata do seu custo de vida. Você pode ser pobre vivendo num iate, ou um rico vivendo num kitnet, tudo depende do quanto você precisa ter pra se sentir satisfeito.
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 #446
Triste mas verdade:
https://www.youtube.com/watch?v=DRyWUcWiHAY
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 #447
(12/05/2024, 22:05)JJaeger Escreveu: Cooperativa e distributivismo pressupõem uma coisa fundamental: voluntariedade. Eu estou na empresa ou faço parte da igreja por vontade própria e contribuo por vontade própria, e posso sair a hora que quiser. No Estado, no entanto, eu não tenho a opção de não cooperar, eu sou obrigado a pagar o lanche do outro. Isso está longe de ser solidariedade, caridade ou cooperativismo, está muito mais próximo de "coerção do bem" na verdade.

Se a questão é voluntariedade, problema algum, já que mais de 70% da população brasileira é cristã, sendo aí metade católica. A caridade, portanto, é um motor social e do Estado também. Um Bom Prato não causa estranhamento para a maioria do povo brasileiro. A política de Estado de bem estar social, durante muito tempo, foi baseada na DSI (Doutrina Social da Igreja Católica), que foi aplicada por Getúlio Vargas e pelos militares após ele, e além do apoio popular, foi com essas políticas que se industrializou o Brasil. Voluntariedade e caridade não são coisas estranhas ao povo brasileiro quando se trata de políticas sociais que ajudem socialmente, principalmente se ajudam trabalhadores pobres (o que sempre foi algo popular).

(12/05/2024, 22:05)JJaeger Escreveu: Lucro é a recompensa do risco, já falei isso em posts anteriores. Lucro não é uma lei econômica, escassez é. Você pode operar sem visar lucro, a tendência é que você vai quebrar a longo prazo se não tiver outra fonte de renda. Igrejas tem as contribuições voluntárias, empresas tem o seu produto ou serviço.

Lucro não trabalha necessariamente com riscos, pois o objetivo dele é o excedente (produzir mais-valia). O que significa que se um capitalista quiser colocar seu capital em investimentos financeirizados (Bolsa de Valores, que é cassino chique de rico, que trabalha com tráfico de influência e informação privilegiada para lucrar nos momentos específicos nas Bolsas) e especulação (como especulação imobiliária, que não produz um parafuso, mas faz "o dinheiro gerar dinheiro" ou como dizem "deixe o dinheiro trabalhar para você"). O capitalista só trabalha e produz bens, produtos e serviços mesmo quando o Estado faz regulações e proibições sobre atividades especulativas e financeirizadas, que é basicamente fazer dinheiro gerar dinheiro, sem produzir nada em troca (e quem paga a conta desse papel sem lastro produtivo é quem produz, que é o povo, via impostos, basicamente). Capitalistas/liberais adoram dizer que trabalham, mas isso é só um dos mitos que espalham sobre suas atividades economicas que, se deixarem eles à vontade, fazem gangsterismo economico (especulação/financeirização), que é basciamente fazer dinheiro sem dar em troca um bem/produto/serviço em troca desse dinheiro "feito do nada". E nessas atividades de gangsterismo econômico que liberais adoram incentivar, não existe risco algum, só esquemas, subornos e corrupção mesmo.

Economia real trabalha com troca justa: produzo um bem/produto/serviço, e recebo algo de valor equivalente em troca disso. O dinheiro ou ouro são só facilitadores de trocas. O liberal não enxerga o dinheiro apenas como facilitador de trocas, mas também como meio para produzir mais dinheiro (Deixe o dinheiro trabalhar para você, como dizia no livro liberal "Pai Rico, Pai Pobre") sem entregar um produto/bem/serviço em troca disso (que são as atividades especulativas e de financeirização). Que liberais apoiam gangsterismo economico nem é algo de se surpreender (liberais apoiam paraísos fiscais para desviar dinheiro, sendo que é lavanderia de dinheiro de tréfico de drogas, tráfico humano, tráfico de armas e de orgãos, e de coisas piores, etc...e embrulham tudo isso em um papel bonitinho que paraísos fiscais são bonzinhos por ser "contra o Estado") já que o liberal quando diz que a pessoa dá o valor que quiser ao produto/bem/serviço ele na realidade não está lá muito interessado em saber o real valor das coisas, já que a própria definição de lucro é mais-valia ou excedente (querer mais do que a coisa realmente vale). Lucro é basicamente isso: o que ele quer é maximizar o valor, não importando se isso vai violar princípios de troca justa, já que lucro é basicamente buscar o excedente, a mais-valia, ou a velha ganância mesmo.

(12/05/2024, 22:05)JJaeger Escreveu: Não existe ninguém "do povo", a máquina sempre vai ser operada por psicopatas. Novamente, "Ponerologia, psicopatas no poder". Quem anda com puta acha que ser promíscuo é normal, quem anda com drogado acha que chapar é bacana. O ambiente cria incentivos, e esses incentivos fazem com que tipos específicos de pessoas surjam em tais ambientes. O governo é uma encubadora de psicopatas, apenas os piores chegam no topo, isso acontece por diversos motivos, o principal deles é a separação de controle e propriedade. Se eu controlo algo que não é meu, eu não sinto as consequências, logo eu sou incentivado a fazer o que eu quiser com isso sem me preocupar seriamente no que isso vai acarretar.

Com política liberal, não esperemos ninguém saudável comandando a máquina pública mesmo, só políticos mediocres. Somos governados por políticos liberais desde os anos 80 (que foi o fim da política varguista e dos militares). Desde então, o Brasil só tem se desindustrializado e aplicado à economia projetos liberais. A coisa está óbvia, portanto, quem é o real culpado aí, e não é o Estado (liberais gostam de apontar o dedo para o Estado quando o dedo começa a ir em direção para apontar à eles).

E Política não é um covil de psicopatas: ela é uma ciência estudada desde a Antiguidade por sábios, santos e heróis, que queriam construir uma civilização que tivesse altos valores e prosperidade;e isso é óbvio, já que a função da política é o bem estar comum e geral de todos. Falar essas coisas é mistificar a Política e colocar um teor conspiratório nela, sendo que política é algo simples de entender, se estudar razoavelmente bem seus conceitos gerais e história básica.
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 #448
(13/05/2024, 19:25)Lucius Auri Escreveu: Se a questão é voluntariedade, problema algum, já que mais de 70% da população brasileira é cristã, sendo aí metade católica. A caridade, portanto, é um motor social e do Estado também. Um Bom Prato não causa estranhamento para a maioria do povo brasileiro. A política de Estado de bem estar social, durante muito tempo, foi baseada na DSI (Doutrina Social da Igreja Católica), que foi aplicada por Getúlio Vargas e pelos militares após ele, e além do apoio popular, foi com essas políticas que se industrializou o Brasil. Voluntariedade e caridade não são coisas estranhas ao povo brasileiro quando se trata de políticas sociais que ajudem socialmente, principalmente se ajudam trabalhadores pobres (o que sempre foi algo popular).

70% do Huezil, supostamente, é cristão, logo 100% das pessoas devem pagar impostos para sustentar programas sociais "cristãos". Não entendi a relação. Eu não tenho a opção de não pagar impostos, não existe voluntariedade no Bom Prato enquanto todo brasileiro for obrigado a sustentar ele.

Se a maioria for a favor de estupro e escravidão, que defenda-se a vontade da maioria?
A maioria quer Bolsa Família ou quer menos impostos?
A maioria libertou Jesus ou Barrabás?

(13/05/2024, 19:25)Lucius Auri Escreveu: Lucro não trabalha necessariamente com riscos, pois o objetivo dele é o excedente (produzir mais-valia). O que significa que se um capitalista quiser colocar seu capital em investimentos financeirizados (Bolsa de Valores, que é cassino chique de rico, que trabalha com tráfico de influência e informação privilegiada para lucrar nos momentos específicos nas Bolsas) e especulação (como especulação imobiliária, que não produz um parafuso, mas faz "o dinheiro gerar dinheiro" ou como dizem "deixe o dinheiro trabalhar para você"). O capitalista só trabalha e produz bens, produtos e serviços mesmo quando o Estado faz regulações e proibições sobre atividades especulativas e financeirizadas, que é basicamente fazer dinheiro gerar dinheiro, sem produzir nada em troca (e quem paga a conta desse papel sem lastro produtivo é quem produz, que é o povo, via impostos, basicamente). Capitalistas/liberais adoram dizer que trabalham, mas isso é só um dos mitos que espalham sobre suas atividades economicas que, se deixarem eles à vontade, fazem gangsterismo economico (especulação/financeirização), que é basciamente fazer dinheiro sem dar em troca um bem/produto/serviço em troca desse dinheiro "feito do nada". E nessas atividades de gangsterismo econômico que liberais adoram incentivar, não existe risco algum, só esquemas, subornos e corrupção mesmo.

Não existe mais-valia, isso é um delírio marxista. Coisas não tem valores objetivos, como eu já falei, você não pagaria pra levar um chute no saco, um alemão louco e pervertido sim. O custo de um bem não é definido pelo esforço que levou pra produzir este bem, mas sim pela sua demanda. Você pode levar o maior trabalho do mundo pra fazer uma máquina de produzir bosta, se ninguém quiser essa coisa, ela vale 0 reais.

E sim, Bolsa é rifa de rico, nisso eu concordo com você, mas por motivos diferentes.

Sobre especulação. Parábola dos trabalhadores das vinhas, o dinheiro é meu, não me é lícito fazer o que quiser com ele? O especulador compra agora para vender no futuro, ele assume o risco da incerteza sobre o futuro e tenta lucrar em cima disso. Existem diversas outras razões do porque especuladores existirem, eles ajudam a estabilizar preços num mercado, o fato é: o especulador está comprando um bem com o dinheiro dele e fazendo uso da compra segundo as vontades dele.

(13/05/2024, 19:25)Lucius Auri Escreveu:  liberal não enxerga o dinheiro apenas como facilitador de trocas, mas também como meio para produzir mais dinheiro (Deixe o dinheiro trabalhar para você, como dizia no livro liberal "Pai Rico, Pai Pobre") sem entregar um produto/bem/serviço em troca disso (que são as atividades especulativas e de financeirização). Que liberais apoiam gangsterismo economico nem é algo de se surpreender (liberais apoiam paraísos fiscais para desviar dinheiro, sendo que é lavanderia de dinheiro de tréfico de drogas, tráfico humano, tráfico de armas e de orgãos, e de coisas piores, etc...e embrulham tudo isso em um papel bonitinho que paraísos fiscais são bonzinhos por ser "contra o Estado") já que o liberal quando diz que a pessoa dá o valor que quiser ao produto/bem/serviço ele na realidade não está lá muito interessado em saber o real valor das coisas, já que a própria definição de lucro é mais-valia ou excedente (querer mais do que a coisa realmente vale). Lucro é basicamente isso: o que ele quer é maximizar o valor, não importando se isso vai violar princípios de troca justa, já que lucro é basicamente buscar o excedente, a mais-valia, ou a velha ganância mesmo.

"Dinheiro chama dinheiro" é uma forma de ganhar mais dinheiro assumindo riscos. Pessoas diferentes tem tolerâncias diferentes a risco, quem tem preferência temporal de um peixe não consegue (nem quer) se expor a riscos, pessoas com pensamento a longo prazo são mais aptas a se exporem.

E novamente, não existe mais-valia. A maioria dos seus pontos contra "liberais" se baseiam na noção que as coisas tem um valor objetivo, quando não tem. Guano, que é cocô de passarinho, valia uma fortuna no século 20 pois ele servia como fertilizante, quando inventaram fertilizante sintético guano passou a valer nada novamente. Mercadorias e serviços tem valores subjetivos, ao contrário do que Marx quer que você acredite.

Sobre tráfico de drogas, o Estado financia castração de crianças (que alguns chamam de transição), ideologia de gênero, satanismo, drogas (o PCC tem grande influência no governo, estados da Palestina e Coreia do Norte se financiam vendendo drogas), e alguns até tráfico humano e de órgãos (a China com os campos de concentração de Xingyang). O mal faz parte da realidade, infelizmente, as pessoas agem em livre-arbítrio para fazer o bem e o mal. Ou posso associar qualquer ideia a pedofilia se pesquisar o bastante.

(13/05/2024, 19:25)Lucius Auri Escreveu: Com política liberal, não esperemos ninguém saudável comandando a máquina pública mesmo, só políticos mediocres. Somos governados por políticos liberais desde os anos 80 (que foi o fim da política varguista e dos militares). Desde então, o Brasil só tem se desindustrializado e aplicado à economia projetos liberais. A coisa está óbvia, portanto, quem é o real culpado aí, e não é o Estado (liberais gostam de apontar o dedo para o Estado quando o dedo começa a ir em direção para apontar à eles).

O Brasil é socialista desde Getúlio (que era um fascista e também socialista), não entendi de onde você tirou que essa latrina é um país liberal. A nossa constituição é a 3º mais longa do mundo, só atrás da fucking India e da Nigéria. Liberal só se for na sem-vergonhice. A carga tributária que eu pago concorre com as latrinas do Oriente-médio e África, se você chama isso de liberal, então que seja.

(13/05/2024, 19:25)Lucius Auri Escreveu: E Política não é um covil de psicopatas: ela é uma ciência estudada desde a Antiguidade por sábios, santos e heróis, que queriam construir uma civilização que tivesse altos valores e prosperidade;e isso é óbvio, já que a função da política é o bem estar comum e geral de todos. Falar essas coisas é mistificar a Política e colocar um teor conspiratório nela, sendo que política é algo simples de entender, se estudar razoavelmente bem seus conceitos gerais e história básica.

O Estado é um covil de psicopatas e a realidade está aí: Lula e Bolsonaro. Novamente, Ponerologia, o Estado cria incentivos, e esses incentivos recompensam os psicopatas. E eu diferencio o Estado moderno (iniciado na Prússia) dos estados medievais e antigos, eles tinham funções re-estritas, cuidavam da proteção e jurisdição e as formas de controle eram muito mais limitadas. Um prefeito de interior hoje tem mais poder sobre alguém do que um rei absolutista na idade média. O Estado da idade média não tinha Banco Central nem se financiava infinitamente através da impressão de moeda, a começar.
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 #449
(13/05/2024, 21:57)JJaeger Escreveu: 70% do Huezil, supostamente, é cristão, logo 100% das pessoas devem pagar impostos para sustentar programas sociais "cristãos". Não entendi a relação. Eu não tenho a opção de não pagar impostos, não existe voluntariedade no Bom Prato enquanto todo brasileiro for obrigado a sustentar ele.

A questão é que 70% da população, no mínimo, apoiando algo assim, obviamente é algo de demanda popular. E não é porque é exatamente popular: é porque é só o bom senso mesmo da população em ajudar trabalhadores pobres, só isso. Se não me engano, o trabalho informal no Brasil chega à uns 30% ~ 40%. Praticamente nenhum brasileiro negaria os benefícios de um Bom Prato dado as condições de trabalho relativamente pesadas de praticamente 1/3 da população, que vive na informalidade. Uma "quentinha" obviamente ajuda a poupar tempo e dinheiro dessa parcela da população, que não é pouca. E ainda tem a questão de boa parecla da população ser cristã, e o Estado ter uma espécie de "capitalismo solidário" não gera estranhamento.

(13/05/2024, 21:57)JJaeger Escreveu: Não existe mais-valia, isso é um delírio marxista. Coisas não tem valores objetivos, como eu já falei, você não pagaria pra levar um chute no saco, um alemão louco e pervertido sim. O custo de um bem não é definido pelo esforço que levou pra produzir este bem, mas sim pela sua demanda. Você pode levar o maior trabalho do mundo pra fazer uma máquina de produzir bosta, se ninguém quiser essa coisa, ela vale 0 reais.

E sim, Bolsa é rifa de rico, nisso eu concordo com você, mas por motivos diferentes.

Sobre especulação. Parábola dos trabalhadores das vinhas, o dinheiro é meu, não me é lícito fazer o que quiser com ele? O especulador compra agora para vender no futuro, ele assume o risco da incerteza sobre o futuro e tenta lucrar em cima disso. Existem diversas outras razões do porque especuladores existirem, eles ajudam a estabilizar preços num mercado, o fato é: o especulador está comprando um bem com o dinheiro dele e fazendo uso da compra segundo as vontades dele.

Nem tanto ao mar ou a terra. Há obviamente, um grau de subjetividade na questão do valor das coisas sim, mas no geral, o preço das coisas seguem uma média relativamente estável. Se não fosse assim, não haveria estudos matemáticos sobre economia, aonde se buscam média de preços, salários, valor médio de produção e lucro líquido e bruto e outras coisas, como empresas calculando despesas mensais/anuais e metas de como atingir "lucro mínimo e médio".

E sim, é lícito fazer o que quiser, desde que outro não esteja pagando pelo teu dinheiro imprimido do nada (sem produzir nada para gerar esse dinheiro), que é o que de fato ocorre na prática, o que é uma injustiça, pois viola o princípio de troca justa. Daí entra o estado, para regularizar esses mercados financeiros, acabar com farra de especulação imobiliária (imóvel é para moradia de cidadãos e com função social, não para um punhado ficar especulando e inflando artificialmente o preço dos imóveis).

O grande problema na sua argumentação, que é liberal, é achar que produzir riqueza está desligado de compromissos sociais, o que é um erro: liberais acham que está ok agir como "predadores economicos" e poderem especular e financeirizar o que quiser, e a sociedade que se lasque "para financiar minha riqueza que não produziu nada para a sociedade". Ora bolas, é óbvio que um cara como Getúlio Vargas vai mais é regular as atividades economicas mesmo, com esse tipo de mentalidade de "predador economico". O Estado é só uma ferramenta para ajustar melhor os interesses da população, mais especificamente no campo economico.

(13/05/2024, 21:57)JJaeger Escreveu: O Brasil é socialista desde Getúlio (que era um fascista e também socialista), não entendi de onde você tirou que essa latrina é um país liberal. A nossa constituição é a 3º mais longa do mundo, só atrás da fucking India e da Nigéria. Liberal só se for na sem-vergonhice. A carga tributária que eu pago concorre com as latrinas do Oriente-médio e África, se você chama isso de liberal, então que seja.

Getúlio Vargas não é socialista, nem fascista. Quando ao "socialismo" ele reprimiu a Intentona Comunista. Quanto ao fascismo, reprimiu o Integralismo, células nazistas no sul do Brasil (proibindo alemães de falar alemão, só podendo falar português), colocou japoneses imigrantes em campos de concentração e enviou o Exército para participar no Segunda Guerra pelos Aliados. Quanto as suas influências políticas: Getúlio vargas elaborou o Trabalhismo, que era a união do sindicalismo anarquista dos anos 20, a Doutrina Social da Igreja Católica, o Castilhismo (teoria política que fazia críticas as teorias políticas liberais, e com essa experiência administrativa-política da máquina do Estado do Rio Grande do Sul, da qual Getúlio aplicou a nível nacional) e o Positivismo (modernização tecnocrática). Tem nada de socialismo e fascismo nas idéias políticas de Getúlio.

E sim, colega: liberais sempre, historicamente, fazem a privatização e dilapidação geral do bem público e, logo após isso, aumentam impostos! Sim, exatamente isso. Vai ver todos os políticos liberais do período da República (seja direita ou esquerda) e não veja se não fizeram exatamente isso? Isso porque há uma diferença entre a propaganda liberal e a realidade do que eles realmente fazem.

(13/05/2024, 21:57)JJaeger Escreveu: O Estado é um covil de psicopatas e a realidade está aí: Lula e Bolsonaro. Novamente, Ponerologia, o Estado cria incentivos, e esses incentivos recompensam os psicopatas. E eu diferencio o Estado moderno (iniciado na Prússia) dos estados medievais e antigos, eles tinham funções re-estritas, cuidavam da proteção e jurisdição e as formas de controle eram muito mais limitadas. Um prefeito de interior hoje tem mais poder sobre alguém do que um rei absolutista na idade média. O Estado da idade média não tinha Banco Central nem se financiava infinitamente através da impressão de moeda, a começar.

Sim, minha idéia de Estado ideal se passa pelo modelo de governos anteriores à Modernidade, e contra as ideías de Estado Modernas, aonde o Estado começa a ter, digamos, um poder maior do que ele realmente poderia ter sobre a vida das pessoas. Mas mesmo assim, não vilanizo o Estado, pois ele não é uma pessoa para poder "culpá-lo", quem é culpável são as pessoas que o manejam de forma errada.
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A Rússia fez a proeza de ter o asfalto pior que o nosso. Eita pau. Icon_lol
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