[rapier]

Só vou responder mais isso.

Não faz sentido tentar criticar realismo nessa parte pois é puramente abstrato, eles botam isso por uma questão de caracteristica não por causa que "hurr durr somos burros e não sabemos animar um pescoço".

Mas ninguém tá criticando realismo em anime, só achamos esse jeito de pescoço se mover tosco.

[KyubeyKun]

Mas ninguém tá criticando realismo em anime, só achamos esse jeito de pescoço se mover tosco.

Então simplesmente não faz sentido usar esse meme.

[rapier]

Então simplesmente não faz sentido usar esse meme.

E quem disse que o meme é uma crítica? O meme é um meme, a interpretação fica a cargo do leitor.

[KyubeyKun]

E quem disse que o meme é uma crítica? O meme é um meme, a interpretação fica a cargo do leitor.

Bom, o meme indiretamente atacou nesse sentido, não?

[rapier]

Bom, o meme indiretamente atacou nesse sentido, não?

Não. A imagem foi feita pra fazer graça, mas fazer graça != falar mal.

[KyubeyKun]

Não. A imagem foi feita pra fazer graça, mas fazer graça != falar mal.

Então tá bom.

[Opeth]

O problema da shaft não é economia porca, o problema é tudo que ela faz ter cara de shaft. Isso pode parecer "artístico" (odeio esse termo) ou inspirado à primeira vista, mas se cai no template e não agrega PN ao aspecto narrativo, isso só vai puxar os animes dela a um lugar comum do estúdio, a lombra. Não importa se o estúdio faz isso "bem". A Kyoani anima maravilhosamente, mas o template é justamente o que tem matado ela, já que todo anime que ela faz parece igual.

Em Bakemonogatari certas decisões eram legais, em Madoka a Shaft já era a pior parte do anime. Não por acaso a noia matou o filme 3 para mim e zoou a série toda retroativamente. As ditas viradas de cabeça por exemplo, se são usadas puramente como assinatura do estúdio, são simplesmente bestas. Se a animação vai respeitar o que propõe o enredo, precisa circular em cima do tom da obra, não do estúdio, do contrário vira fórmula. Pegue a versatilidade de um estúdio que lança um Perfect Blue, um One Punch Man e um Nogenora sem impor um estilo. Outro que faz um Jin Roh e um Ghost Hound... Um que faz Votoms, mas também Inuyasha. É tipo comparar os últimos dois sucessos do Alejandro Inarritu (birdman e revenant, filmes bem diferentes) com os do Tim Burton (filmes bem parecidos), um cinéfilo não vai dizer que Tim Burton é desimportante, mas cara, eu não aguento ver mais nada dele. Até a Sunrise fazendo só Gundam consegue acrescentar mais variedade tonal e estética entre os títulos da própria franquia que os animes distintos da Shaft. Vide Thunderbolt, com seu tom sério e ritmo veloz guiado por música, se comparado a um war in the pocket, contado do ponto de vista de uma criança.

Pra ser bem sincero, de tudo que já vi seja de cinema ou animes, ainda que haja espaço pra talvez alguma coisa da shaft onde esse "estilo" agrega (consigo pensar em bakemonogatari), esse é um dos últimos estúdios em que vou pensar em termos de obras de impacto que fizeram alguma diferença na forma de se fazer animes ou mesmo, em um nível pessoal, na minha visão de mundo. São em maioria animes rasos e adolescentes, ocasionalmente com uma estética diferenciada, que circulam em torno de clichês e retornam em ciclo fechado à própria peça, sem ter muito a propor além de um aspecto visual que já foi reciclado à exaustão.

De tudo que me ocorre, há zero animes que eu terminei de ver e pensei por mais de um minuto em algo além da história que estavam contando. Zero que retornaram de alguma forma a questões reais que conversam pra bem ou mal com espectadores de carne e osso, tipo os filmes do Satoshi Kon, Oshii, Watanabe ou até do besta do Kawamori que ao menos tem alguma coisa a dizer por mais que seja ingênuo. Acho isso bem pobre num estúdio "criativo" e pra mim o Shinbo parou no tempo e está brincando até hoje com algo que descobriu em Soultaker em detrimento das histórias que quer contar. O resumo da prosa é que se você gosta dessa forma de direção, possivelmente vai adorar a Shaft mesmo e aí é você com suas próprias expectativas e interesses. Quem não gosta, dificilmente vai querer ter um título que aprecia contaminado pelo estilo do estúdio ou, quem sabe, só não quer ver mais do mesmo. É possível tentar apontar estilo do estúdio como qualidade suficiente, mas muita gente prefere animes que se sustentem com as próprias pernas.

[Zwei]

Eu acho q tou ficando velho, pois não tenho paciencia mais pra discussões interminaveis como essa aqui haha

[KyubeyKun]

Existe uma coalisão para gostar de anime que ninguém gosta, é por isto que no MAL as notas estão erradas, é por isto que o bom é ruim e vice-versa.

Gostam de coisas ruins, reclamam do bom, e veem uma coisa boa no anime realmente ruim e acham que aquilo é o melhor do mundo e blabla... Daí veem algo de ruim no que realmente é bom e ficam naquela tecla.

No fim eu só observo. Eu não concordo com generalizações, como dizer tudo o que a Shaft faz é ruim, assim como falar que tudo o que ela faz é bom. A não ser que tu tenha visto tudo.

Para mim isto é o choque de bolhas sociais, igualzinho em outras situações como política, ficamos nervosos quando somos contraríados e não podemos deixar de acreditar no que falamos.

Uma solução seria tirar o bom e o ruim do vocabulário, não ficar nervoso pelo outro pensar diferente, e deixar o outro pensar diferente (@Gabrinius).

Gostei bastante do seu post.

Eu não disse que qualquer anime feito pela Shaft era bom, ela faz muitos animes ruins também (Maria Holic, Sansami@Ganbanarai, etc.), só fiquei meio puto quando todo mundo decidiu odiar ela por mootivos que discordo, mas acho que isso pode ser considerado choque de bolhas sociais.

[Oiacz]

só fiquei meio puto quando todo mundo decidiu odiar ela por mootivos que discordo, mas acho que isso pode ser considerado choque de bolhas sociais.

Não tem porque "ficar puto" por pessoas pensarem diferentemente de você. Mas se me permite humildemente falar, os membros do fórum possuem experiência longa não só com animes mas com o estúdio em si, sabemos bem o que estamos criticando. Não tem ninguém tentando te convencer a mudar de opinião, mas ela pode mudar (por si mesma, sem influencia de terceiros) no futuro quando adquirir mais experiência sobre a indústria.