Quanto hate... Pra mim o anime tá é excelente. O P.A. finalmente acertou algo na vida embora ainda é sonhando ser a kyoani. A direção tá excelente e estão conseguindo dar uma cara moderna às propostas do Jun, que já estavam estagnadas num estilo faz um tempo. O anime tem uma cara moderna, mas sem precisar apelar pra fanservice pra preencher a falta de criatividade e pescar espectador (aparentemente o único jeito de se fazer comédia escolar com romance hoje em dia). Os enquadramentos tão muito consistentes e servem de apoio à narrativa, aliás, eles são usados pra algo! Isso tá raro de ver bem feito também! Vi: Match cuts, enquadramento do geral ao particular, cenário narrativo (com paralaxes pra intensificar tensão), excelentes sincronias sonoras nas transições e no reforço às ações dos personagens e movimento das câmeras. Basicamente em termos de direção estão atentos a tudo que interessa: Consistência de animação, significado do uso do som (in ou offscreen), movimento das câmeras, significado do enquadramento e transições.
Já no roteiro, tô achando os personagens muito bem escritos, destaque para a Tomori (a melhor) e em como mesmo quando não parece, as ações dela condizem com sua personalidade investigativa, como quando ela avisa ao Yu no último instante sobre o buraco, e zomba falando que seria engraçado ele cair, quando na verdade o que ela já estava fazendo era testar se o poço estava visível e seria uma armadilha útil ao plano. Ou como no primeiro episódio, quando ela engana a Ayumi com seu “truque” e usa seu poder (na realidade ela está testando se a Ayumi se impressiona ou não, isto é, se ela também tem um poder, já que irmãos compartilham um potencial). O legal é que não ficam avisando isso e passando a mão na cabeça do espectador, de modo que a personagem fica consistente e o roteiro fica veloz, ao invés de explicarem todas as mínimas ações da Tomori (até porque não faz sentido explicar).
Ainda nesse aspecto, tenho minhas teorias sobre o que a Tomori queria testar ao pedir o Yu para possuir o jogador de beisebol. Isso passa por duas coisas:
1- A ideia de que TODOS os poderes no anime representam uma questão da juventude do personagem. Ou seja, são uma manifestação de uma ânsia ou problema.
2- Meu conhecimento das obras do autor. (isso é um argumento “fraco”, mas vou explicar)
Enfim, é só uma teoria, mas quero compartilhar:
Nas obras do Jun, há duas questões muito recorrentes: Superação e juventude. A juventude, nesse caso, é a fase que o autor considera mais importante na vida de alguém. Todas as obras dele lidam com alguma forma de “graduação” ou “superação” de um problema ou fraqueza da juventude, isso é, do processo de amadurecimento. É uma das razões de seus personagens se destacarem de outros genéricos, pra mim. É comum também, que ao resolver essas questões, algo mude no universo da obra. Em angel beats , em Kanon , em Clannad , em Air , em One . Em suma, acho que em Charlotte essa graduação também estará presente, e é isso que a Tomori estava testando. Pra mim, quando um personagem resolve sua “questão”, seu poder já poderia sumir (talvez até seja uma forma de não ficarem vegetativos como o irmão da Tomori). Por exemplo, a QUESTÃO do jogador de beisebol era ajudar o amigo, portanto SUPONHO que ele despertou o poder pra cumprir esse anseio. Quando ele resolveu sua questão aceitando só torcer por esse amigo, talvez tenha perdido o poder. Se a Tomori tiver noção disso, a mesma lógica seria aplicada ao Yu. O problema do Yu é a questão da IDENTIDADE, portanto, se ele conseguiu fazer algo que ele reconheça como um mérito próprio (ele demonstrou se importar muito em ter vencido o jogo de beisebol), talvez seu poder teria sumido. Nessa lógica, ela teria fingido (como de praxe) que o Yu não era a cobaia da experiência, mas na verdade queria testar se ele conseguia possuir alguém ou não no estado de superação em que se encontrava.
Já no roteiro, tô achando os personagens muito bem escritos, destaque para a Tomori (a melhor) e em como mesmo quando não parece, as ações dela condizem com sua personalidade investigativa, como quando ela avisa ao Yu no último instante sobre o buraco, e zomba falando que seria engraçado ele cair, quando na verdade o que ela já estava fazendo era testar se o poço estava visível e seria uma armadilha útil ao plano. Ou como no primeiro episódio, quando ela engana a Ayumi com seu “truque” e usa seu poder (na realidade ela está testando se a Ayumi se impressiona ou não, isto é, se ela também tem um poder, já que irmãos compartilham um potencial). O legal é que não ficam avisando isso e passando a mão na cabeça do espectador, de modo que a personagem fica consistente e o roteiro fica veloz, ao invés de explicarem todas as mínimas ações da Tomori (até porque não faz sentido explicar).
Ainda nesse aspecto, tenho minhas teorias sobre o que a Tomori queria testar ao pedir o Yu para possuir o jogador de beisebol. Isso passa por duas coisas:
1- A ideia de que TODOS os poderes no anime representam uma questão da juventude do personagem. Ou seja, são uma manifestação de uma ânsia ou problema.
2- Meu conhecimento das obras do autor. (isso é um argumento “fraco”, mas vou explicar)
Enfim, é só uma teoria, mas quero compartilhar:
Nas obras do Jun, há duas questões muito recorrentes: Superação e juventude. A juventude, nesse caso, é a fase que o autor considera mais importante na vida de alguém. Todas as obras dele lidam com alguma forma de “graduação” ou “superação” de um problema ou fraqueza da juventude, isso é, do processo de amadurecimento. É uma das razões de seus personagens se destacarem de outros genéricos, pra mim. É comum também, que ao resolver essas questões, algo mude no universo da obra. Em angel beats
Spoiler:
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