Steins;Gate

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167 respostas neste tópico
 #31
Postar agora um cosplay de resenha sobre Steins Gate. Como o anime tem 25 eps., sendo o maior que eu já escrevi sobre, este texto será bem maior do que os anteriores. Há vários links no texto que usei como exemplos e extensão do que eu falo, então sugiro que leiam passando o mouse pelo texto para clicar nos links.

* Animação e gráfico no geral:
Os personagens possuem um nível de detalhe e animação padrão, arredondado para baixo. O anime inteiro usa tons de cor apagados e é muito escuro, com poucas cores além do cinza. Para quem conhece o jogo, a redução no nível de detalhes é brutal: toda cena não-fácil o anime a faz do jeito mais simples possível. Sem contar escolhas como não tentar emular a textura que os personagens têm no jogo (Senjou no Valkyria fez isso).

De vez em quando os personagens ficam disformes ou desproporcionais em relação ao cenário, em especial o Barril (mas tanto faz, não me importo com ele) e a Makise (cenas como esta e esta não são raras) e os cenários são todos muito simples. Só no começo e no fim do anime eles se lembram de desenhar gente em Akihabara. Nem o cenário onde se passa 90% do anime, a sala do “laboratório”, foi bem feito. O anime tem algumas tomadas de câmera “diferentes” mas nada que Shaft e KyoAni não façam à exaustão.

Acho que a prioridade do departamento de animação foi fazer os efeitos especiais do anime, como o de quando o protagonista viaja no tempo e o medidor de divergência. Mas são efeitos bem reusados durante o anime.

* Som:
O anime tem músicas mas demorei a notá-las. Aliás, posso jurar que no ep. 1 quase não teve música. A OP é decente mas não me cativou, prefiro a ED por ser uma música de mais impacto. Se bem que em alguns eps., como do 22 para frente, consegui notar músicas.

Já os dubladores... isso não posso dizer o de sempre, que no geral estão OK. Acho que algumas vozes foram mal escolhidas. O Barril e a Maid têm vozes que me incomodam. O Barril tem uma voz que lembra o Pateta se fosse japonês, e a Maid só fala miando. Ela com isso deveria parecer moe, mas para mim é só forçação de barra. Para mim os dois deveriam ter voz de gente.

Os outros personagens para mim estão com voz OK.

* História:
A base da história é sólida, mas por causa do uso de certos truques. O anime trata sobre viagens de tempo, mas o faz de um jeito nada confuso e bem direto. A história é sobre uma série de viagens-punheta temporais: muita ida e volta para fazer merdas e depois consertá-las. Com a não-criação de uma rede de pime taradoxes, ao contrário de obras que mexem com o tempo como Exterminador do Futuro, a obra consegue facilitar a manutenção da coerência temporal, facilitando a compreensão. E o anime tem várias cenas que depois mostram ter razão de ser mais à frente no anime, apesar de que raramente a razão de ser é realmente racional.

As viagens no tempo se baseiam em linhas e sublinhas de tempo que quando o protagonista viaja de uma para outra, muito pouco muda. Os personagens continuam com mesmo visual, personalidade, atos e experiências de vida exceto as que forem consideradas relevantes para mudança, numa espécie de anti-efeito borboleta. Além disso as viagens no tempo se baseiam no método MacGyver de resolução de problemas: caso queira saber por que eu disse isso, é só pensar em como o anime explica as viagens temporais do Kyouma. E o protagonista, e só ele, pode viajar no tempo quantas vezes quiser, o que lhe dá certa invencibilidade. Oras, o que o poderia impedir de conseguir mudar o que quer? São estes truques que tornam o anime fácil de entender, “plausível” mesmo considerando o naipe de seus personagens e o ajudam a manter coerência temporal, mesmo sendo sobre viagens temporais.

Spoiler: Método McGyver  
É MacGyver. Como eu falei, o pessoal lá é descendente de MacGyver. Eles dão backup da mente dele usando o Norton, modificado pela Makise depois que ela enviou um estudo para a Science sobre impulsos elétricos nervosos (essa parte da Science é true e tem no anime), depois enviam usando o DCC Send do Mirc com internet da Oi exatamente na hora, minuto e segundo em que o LHC está fazendo um buraco negro, e o LHC sempre fica fazendo buracos negros, não tem descanso, aí o buraco negro comprime com 7Zip e envia de volta via torrent.

E você não viu nada. Se eles tivessem um chiclete mascado, um canivete suíço e um clipe de papel amassado eles fariam todo mundo viajar no tempo até o antigo Egito.

O anime se baseia em pseudociência para cuidar de viagens do tempo, algo que ainda está em fase pré-alfa de estudos. Então eles teriam que inventar mentiras malucas em algum momento. O probleminha é só que este momento é basicamente toda a duração do anime.

Spoiler: viagens no tempo  
Citar:Opeth disse:
Pois o anime é muito é mal feito. Cara, a explicação tem sim no anime, lembro por ter traduzido, mas se resume a umas mínimas linhas e não vou lembrar em que ep. O levitador é sim a TV de 40 polegadas, tvs de tubo funcionam como levitadores iônicos. Já o salto no tempo só funciona por enviarem a mensagem usando o LHC da SERN, no caso, na SERN estão sempre ocorrendo experiências com partículas que ao colidirem formam buracos negros que decaem logo em seguida. Eles usam esses buracos negros pra saltar no tempo.

Pera... li os scripts que eu tenho aqui e é... verdade!

A Christina criou um programa que pera... é muito absurdo.

Episódio 12 a partir de 4:30:

Um save state do cérebro é 3,24 TB. Eles enviam isso pra CERN e ela comprime e envia pro passado usando o LHC. O Kyouma recebe isso através de uma frequência sonora usando o espectro de ondas do celular, por isso ele usa fones de ouvido quando viaja no tempo. Caso seja ultrapassado o limite de 48 horas, o cara dá tilt ou vira geléia pois o snapshot do cérebro estaria muito diferente da situação atual dele.

Basicamente toda a manipulação temporal depois do ep. 12 envolve isso e não o dmail.

Bem, continuo correto, eles continuam sendo descendentes de MacGyver, mas de outro modo.

Se bem que isso explica todo o desenvolvimento das viagens temporais considerando que Christina e Kyouma foram manipulados pela CERN a completar os espaços restantes da pesquisa.

PS.: Bem, me lembro de ter ouvido um forte pio no episódio 1, logo com certeza o Kyouma fez uma viagem no tempo.
Mas mesmo com uma história sólida, a custo do uso de GameShark, ela tem um imenso problema: progressão lentíssima.

Já discuti sobre a lezeira da progressão do anime em eras obscuras, então vou apenas colar um enxerto da discussão:

Citar:
Citar:martec disse:

Primeiro dizer que prefirir 11eyes do que Stein;Gate...
Não posso acreditar no que estou lendo... Aquilo e desrespeito com a obra original 11eyes... Nem deveria ser chamado de 11eyes, poderia ser chamado de qualquer coisa menos de 11eyes. Aquilo é uma bomba ou merda como prefiram... Isso que posso dizer daquela adaptação.

Não conheço a obra original, logo para mim tanto faz se foi adaptação tosca ou não.

Mas o que eu prefiro: uma adaptação não fiel mas legal tipo 11eyes ou uma fiel e chata tipo Steins Wait? Eu prefiro 11eyes. Adaptação é que nem tradução, que é que nem mulher: tem as boas e as fiéis. Coolface

11eyes é como um descarrilhamento de trem: você sabe que vai dar merda, mas não adianta, você quer ver, fica esperando a merda acontecer. É a curiosidade mórbida do ser humano. É que nem aquele caso de pedofilia no twitter: todo mundo sabia que não era coisa boa, mas foram lá ver.

Já Steins Wait é como a construção de um prédio chamado história. Há um esforço geral para reunir e organizar todas as partes em um todo, mas isso simplesmente demora muito tempo. Você não consegue ficar observando um prédio sendo construído. Construções só têm graça quando... você usa timelapse!, o bom e velho fastforwarding. Mesmo você perdendo algumas minúcias das partes, fica muito mais fácil você entender a união das partes para formar o todo. E entender o prédio é entender a história.

É justamente isso o que faço. Não quero ver um prédio sendo construído tijolo a tijolo. As pessoas sabem a importância dos tijolos para um prédio, mas elas não querem se ater a tamanho detalhe! Se as peças da história recebem tanto foco e demoram tanto para se unir, que se apresse isso, oras. É um anime, não um livro; uma imagem vale mais que mil palavras, usem imagens de acordo. Se bem que se a imagem demorar eras, como todas as molares de vezes que a lezada ficou erguendo as mãos e dando glória a Deus, dá para resumir isso também.

O anime é tão lento que por exemplo, muitas pessoas nem se lembram de que o Didi Mocó apareceu no anime (http://i.imgur.com/PoNlQ.jpg). Sorrisão

Citar:martec disse:

Stein;Gate é perfeito do jeito que é...
Se é para fazer em 12 eps... nem precisa fazer... A tendência é virar bomba como virou o Head;Chaos, 11eyes e oretahi... Se é para fazer cuts no contexto como todo de um anime de Ficção científica que são na maioria uma história complexa... Melhor não fazer.

Bem, para mim os primeiros 12 eps. de Steins Wait podem ser resumidos em 6. Oras, só o ep. 12 poderia ser resumido em 6 minutos. Steins Wait é perfeitamente lento. É como a comparação com o prédio que fiz.

Na verdade as minúcias que têm em Steins Wait nem são tantas. Eles não se alongaram a falar sobre os buracos negros de Kerr, a ergosfera e o horizonte de eventos. Tá citado e pronto. O mesmo que fizeram sobre o LHC, ou o IBM 5100, ou o CERN. Aliás, toda a procura sobre o IBM 5100 poderia se passar em meio ep.: não precisaria ocupar praticamente 2 eps.

Sem contar as introduções de personagens extremamente demoradas que fazem parecer com que o Kyouma está montando um harém. Ao menos se realmente o anime tivesse um harém... ah, esquece, lá só tem a Christina de personagem boa.

Mas isso tudo que eu falei não quer dizer que eu discorde de você. Eu não sei como serão os 13 eps. seguintes, logo não sei se eles poderiam ser resumidos em 6 a 8 eps. Se bem que considerando o 13, que também foi lento, só esse daí já poderia ser resumido em no máximo 12 minutos.

“Bem, para mim os primeiros 12 eps. de Steins Wait podem ser resumidos em 6. Oras, só o ep. 12 poderia ser resumido em 6 minutos. Steins Wait é perfeitamente lento. É como a comparação com o prédio que fiz.

Na verdade as minúcias que têm em Steins Wait nem são tantas. Eles não se alongaram a falar sobre os buracos negros de Kerr, a ergosfera e o horizonte de eventos. Tá citado e pronto. O mesmo que fizeram sobre o LHC, ou o IBM 5100, ou o CERN. Aliás, toda a procura sobre o IBM 5100 poderia se passar em meio ep.: não precisaria ocupar praticamente 2 eps.”

O anime perde tempo demais³²¹¹³²²³¹²¹³²¹³ dando corda a personagens que mal terão serventia. Há poucos episódios onde mais da metade seja progressão de história, mesmo que em tese Steins seja uma obra baseada na história. E possui 2 lados que não são explorados por completo: o lado ciência e o lado moe.

Primeiro, como supracitado, o lado ciência tem muito Sazón para pouca comida. Apenas as viagens do tempo em si são “a refeição”, o resto está lá só para o anime fingir ser mais profundo do que é. Não há minúcias relevantes a respeito do background científico, exceto em um ou outro episódio. 90% dos termos científicos são apenas nome de episódios.

Já o lado moe tem é pouco moe. O nível de otakismo é baixo, o que é estranho, pois um “selling point” do anime é se passar em Akihabara, e as situações apenas causam facepalm em vez de graça: quem ri da Mayuri falando “tuturu” por favor faça cosplay do protagonista de Persona 3 invocando os Personas. Ou quem ri da Maid miando-falando. Ou rir do trap “ó, não pode ser um cara, tem que ser uma dona”. Elas foram mal colocadas, e não digo isso por ser hater de moe, aliás adoro. De moe, acho que só a Christina satisfaz. Não me aborreço com ela sendo tsundará.

Do episódio 22 em diante, o anime engrena e tem alguma progressão rumo ao seu final, que resolve umas coisas pendentes e satisfaz de certo modo apesar de ser óbvio. Mas não acho que justifique todo o compasso da história até então.

Spoiler: Episódio 22  
Eu tive um sonho.

Digo-lhes hoje, meus amigos, que embora nos defrontamos com as dificuldades de ontem e de hoje ao ver este anime, com tanto filler misturado a 22 eps., que eu tive um sonho. E um sonho profundamente enraizado nas minhas convicções como fã de animes de longa data.

Tive um sonho de que um dia o orçamento da animação seria maior que 1 centavo de iene. Que a Akihabara teria pessoas invés de ser um vazio. Que o anime se ergueria e viveria o verdadeiro significado de seus princípios.

Tive um sonho de que um dia no sangue rubro da Christina a história pudesse sentar-se junto a uma OST tocando na hora certa, ao bom compasso e desenvolvimento e a impacto real, sem draminhas de novela mexicana.

Tive um sonho de que um dia até o mesmo o estado desta obra, sufocada pelo calor dos pseudistas que queriam apenas fidelidade até aos defeitos do jogo, seria transformado num oásis de diversão e excelência.

Sonhei que um dia os filhos do anime, as idéias que ele gerou, viverão em uma nação onde não serão julgados pela cor de seus absurdos como pseudociência e sim pelo conteúdo do impacto relevante gerado com personagens não-descartáveis.

Quando a produção deixar a história real do anime soar com liberdade, quando ela a deixar soar em cada PC e em cada recanto da internet, poderemos acelerar o advento daquele dia onde o anime finalmente, depois de seu vigésimo terceiro episódio, com todos os descendentes da sua obra, sua animação triste e história baseada em viagens-punheta temporais, seus dois únicos personagens e o câncer chamado objetos, e o casal Christina e Kyouma, poderão dar-se as mãos e cantar Hacking to the Gate com as palavras da sua versão alternativa: "Livres, enfim. Livres, enfim. Agradecemos ao nosso deus criador White Fox por finalmente nos dar a decência que merecíamos. Livres, enfim."

Assinado,
rapier

Spoiler: Final do anime  
Complementando minha postagem.

Vamos supor que os eps. 24 e 25 sejam tão fodas quanto o 23, aliás, tem tudo para ser.

Com isso eu consideraria Steins um anime bom, no geral?

Não.

Steins é como você ter uma namorada bonita que a cada 100 horas falando merda direto depois te dá um boquete.

Muitas pessoas dirão "Ó, eu tenho uma namorada bonita e vocês não tem, bando de forever alone". "Minha namorada é muito linda, azar o teu, otário". Mas ela fica fucking 100 horas falando merda direto. Como suportar tanta provação por um boquete, pelo status de ter uma namorada bonita? O pior é que tem gente que suporta e que ainda acha bom. Para elas o momento final do ciclo, um boquete, apaga todas as lembranças ruins e sofrimento. E o sofrimento teria valido a pena pois "eu tenho namorada, oras. E ela ainda é bonita". Mas no meu caso eu não aguentaria tantos ciclos. Aliás, não aguentaria nem o primeiro ciclo de falação. Já iria me contentar em ficar sozinho.

* Personagens:
O anime tem um bom número de personagens que o pretexto considera como principais. Há o principal, o Kyouma, e várias “garotas”, cada uma baseada em uma tara moe: a tsundere, a calada, a lezada, a maid, a tomboy e o trap (bem, tara moe dos japas, e isso daí é garota piratex). Com um cardápio de tal calibre, fica a impressão de que constroem um harém, mas isso não acontece.

Primeiro falarei dos dois personagens-motor da história: o Kyouma e a Christina. O Kyouma é um personagem carismático, que apesar de se intitular cientista louco na verdade mal é cientista e é emo(tivo) demais para ser louco (louco no sentido de “cientista louco”). Ele tem a função de ser a cobaia principal dos experimentos relevantes. Já a Christina é a verdadeira cientista do anime, peça-chave da história. É ela quem cria a máquina do tempo a partir do seu conhecimento, e em uma das linhas do tempo a partir do conhecimento mais os teoremas de Conclusão Hipotética Universal Técnica Explicativa do Kyouma. Sem ela as viagens no tempo do anime não existiriam. E eles ainda têm um bom relacionamento, são um casal com química, o que é raro em animes atuais, e os dois possuem carisma, algo mais raro ainda.

Além destes dois, que chamarei de protagonistas, tem a Suzuha, uma personagem que a princípio parecia ser descartável, mas arranjaram um pretexto para a volta dela no fim do anime. E ela tem como objetivo principal justamente explicar como desfazer as merdas já feitas, o que é crucial para o desenvolvimento da história. E tem os outros personagens, que apelidarei carinhosamente de objetos. Eles existem no anime simplesmente para cumprir certo objetivo e depois sumirem.

Citar:Se for falar da Mayuri, não vejo o que ela tem a apresentar. Para mim ela é um câncer que deveria ser extirpado do anime.

O trap só tinha uma função no anime: guardar um PC, mas nem isso ele fez direito. Está lá para cumprir a cota de "moe", e ter seu momento Naruto para depois ser expulso do anime.

A maid está lá para... deletar Akiba anime. Em tese isso seria para "mostrar ao Kyouma o nível de poder das viagens do tempo", mas isso poderia ser feito por qualquer personagem, não precisava ter um personagem só para isso. Sem contar que ela ainda teve um ep. "minha história minha vida" ao estilo "Momento Naruto" onde mostra ter problemas relacionados ao pai, e depois é expulsa do anime.

Já o Braun é uma piada. A função do cara no anime é ser atravessador. Isso mesmo. Em vez do esquema ser Moeka->CERN, direto, é Moeka->Braun->CERN. O Braun é tão mas tão inútil que poderia ser substituído por um torpedo da CERN à Moeka dizendo "Nós te controlamos. Otária, sifu!". Ele era um zé ninguém e do nada teve o episódio e momento Naruto "ó, eu também tenho meu draminha pessoal, engolem aí!", e se expulsa do anime. Nesse episódio eu senti vergonha do anime e quase dei um facepalm. Se bem que no jogo ainda tinha a filha dele, que
Spoiler:  
tentava matar o Kyouma por causa de problemas relacionados ao pai, e claro que depois é expulsa do anime.

Ainda bem que no caso da personagem do anime, a Christina Aragão, o drama dela não veio do nada em um ep. só, ele foi e é construído pouco a pouco, não é único. Ela começou tendo problemas relacionados ao pai, um comediante famoso (http://i.imgur.com/hi1re.jpg), e depois teve o caso das linhas de tempo. Se bem que até a Suzuha, que voltou no tempo por causa de certos problemas relacionados ao pai, também teve seu momento Naruto, mas ao menos parece que ela voltará ao anime, não será expulsa dele.

PS.: Será que Sigismundo Fróide explica a situação recorrente no anime, destacada nesta postagem?

A utilidade dos objetos seria a seguinte:
  • Mayuri: Morrer
    Spoiler: Mayuri  
    Tava pensando em como a Mayuri é parecida com:

    [Imagem: QeHQ7.jpg]

    É a melhor amiga de um dos protagonistas e tem um valor inestimável para ele, além de ser amiga há anos, mas não tem serventia nenhuma exceto para ele, não tem carisma, não fala nada que preste e não pensa nada direito. Sua única função foi fazer o protagonista ter pena dela e depois dar uma lapada nele.
  • Barril: Usar computadores
  • Moeka: Matar
  • Ruka: Guardar um computador
  • Maid-gata: Deletar Akiba
  • Braun: Matar

Os objetos vivem e existem apenas para os propósitos acima: eles ficam vagando pelo anime fazendo PN e ocupando tempo de anime até chegar a hora de serem úteis, agem e depois perdem completamente o propósito de existir no anime. E olhe que há objetos totalmente sem utilidade: criar um “personagem” considerado protagonista cuja única função no anime é guardar um PC, e o pior, nem isso faz direito? Haja desperdício de recursos. Num jogo isso é compreensível, afinal, a produtora do jogo deseja que ele tenha um mínimo de tempo de jogo para que seja mais valorizado, e com isso enfia situações e personagens filler. Já em um anime, estes personagens só servem para tomar tempo.

Além dos objetos só terem uma utilidade, o anime ainda inventa pseudodrama com eles, lhes dando uma história de fundo repentina. No mesmo episódio um objeto que simplesmente não teve desenvolvimento algum recebe um background, tem sua catarse e some de cena. São objetos totalmente descartáveis, e não recicláveis. Tive vergonha de ver pseudodesenvolvimento de objetos tipo o Braun. Alguns ainda continuam assombrando os episódios, mas têm sua funcionalidade completamente diluída, tipo o Barril.

Sobre desenvolvimento de personagens, basicamente só os protagonistas o tem, como o nome já deixa explícito. O Kyouma, por conseguir manter os dados no seu SSD neural intactos depois de cada viagem, tem um desenvolvimento, apesar de eu não gostar da progressão dele. Ele fica muito emotivo, e em vez de usar o raciocínio lógico-científico para resolver os problemas, fica precisando de ajuda do cérebro do anime, a Christina, para agir. Ele chega ao ponto de esquecer coisas óbvias e marcantes e de ser lembrado de fazer o que ele mesmo queria, como “Kyouma, o Gmail! Não fica aí parado, envia o Gmail!”. Para mim ele deveria ser mais cientista. Ao menos no penúltimo episódio ele se lembra de voltar a ser o que era.

Já a Christina consegue ter algum desenvolvimento, pois o anime deixa implícito que o Kyouma sempre a deixa a par da situação, e as atitudes dele para com ela mudam um pouco com o tempo, e vice-versa.

Por causa do esquema de viagens temporais do anime, os objetos são o que são e continuam assim para sempre: quando o anime lhes força uma digievolução, pouco depois eles são deletados da história. Suas versões digivolvidas ficam em sublinhas de tempo estanques. Eles às vezes têm "lembranças" das linhas de tempo onde estiveram, mas só a Christina, por ser personagem, foi afetada por tais lembranças.

Steins Gate poderia simplesmente não ter tantos objetos: em vez de ter 2 linhas base de tempo (a linha “salvar Mayuri” e a linha “salvar Makise”), poderia ter uma só linha de tempo onde a protagonista morreria e o objetivo seria só salvá-la (não me estenderei sobre isso, mas seria fácil mudar a história para extirpar o câncer chamado “linha Mayuri”), objetos como Ruka, Mayuri, Maid e Braun simplesmente não existiriam e os objetos Moeka e Barril poderiam ser multifunção: cumprir as funções de outros objetos além das suas. O Barril, sendo otaku, poderia muito bem guardar o PC. Aliás, ele poderia ter cara de gente tipo sua versão do futuro. Já a Moeka poderia ser diretamente ligada à CERN.

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Para os sobreviventes deste muro textual, encerro dizendo que este anime é 100% melhor que Chaos Head, quer dizer, algo entre mediano e bom, digno de um 6. Como ele é uma obra séria que trata sobre um assunto com alguma base científica, pseudos, blogueiros e parecidos o idolatrarão dizendo que é um dos melhores animes do ano, obra-prima, exemplo de criação de história e personagens e todos os elogios imagináveis, e que quem criticar o anime é um burro que não entendeu tamanha “profundidade”, é povão fã de shonen, punheteiro fã de ecchi ou adjetivos do mesmo quilate. O "lado racional" de muitos dará nota 9,5 ao anime, e o "lado emotivo" dará nota 11.

Não há dúvidas de que Steins será aclamado como um dos melhores animes de todos os tempos da última semana. Mas o anime tem um número notável de problemas, notáveis apenas para quem não se deixa levar por hypes e aparência séria.

Se o anime buscasse ser uma obra boa em vez de meio fiel ao jogo, teria tudo para ser um ótimo ou um excelente anime. Mas com isso irritaria os fãs legados e venderia PN.

TL; DR
Pontos fortes:
* Uma dupla de dois bons protagonistas
* A base da história com seu presente, passado e futuro
Pontos fracos:
* Excesso de episódios
* Excesso de personagens
* Animação deixa a desejar

Isso daí é da época que eu tinha paciência de escrever, e já se passou anos o suficiente pra ser bom ter um backup disso aqui.
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 #32
Eu vi isso faz tempo e foi um anime que maratonei seguido do filme. Nem preciso dizer que gostei demais quando vi, mas hoje em dia eu não sei o que acharia, então deixa como está para não estragar a boa impressão que tenho do anime, quanto a coisa nova, talvez eu veja, talvez não.
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 #33
Eu comecei a ver e estava gostando, mas derrepente eu simplesmente perdi o interesse e larguei mão de ver
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 #34
Episório 7

Agora lembrei porque eu estava confundindo o "Oo-karin!~" da Mayuri com algo em outro anime. 
Na verdade é "Aa-karin~" no Yuru Yuri 
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 #35
(17/06/2017, 21:56)rapier Escreveu: Postar agora um cosplay de resenha sobre Steins Gate.

Na verdade deve ser a melhor resenha daqui em termos de ser completa e abordagem. Quando eu escrevo por exemplo, só pego um ponto ou um pouco mais que acho importante e abordo a partir daí (embora não chamaria o que posto de resenha). Achei que você contemplou bem tudo que escolheu abordar com suas considerações do anime. Inclusive concordo com a maioria dos argumentos. Em alguns casos tipo o kyouma emo e outras coisas, tem uns recursos de roteiro (que bons ou não) fazem o anime existir (igual a rota da mayuri). Não quer dizer que ninguém precisa gostar, mas é menos um erro de execução e mais uma escolha, nesses casos eu julgo menos. Quanto aos personagens objeto, eu concordo plenamente. No jogo tem um quê de relevância porque você passa "rotas" mais longas com esses personagens então aprofunda mais neles do que o anime consegue fazer ( a rota da suzuha em especial é excelente), mas no contexto do anime (que foi o que você avaliou) eles ficam bem presos a funções e interagem pouco com o resto mesmo. A relação da Moeka com a SERN mesmo é bem forçosa, até porque a organização é quase um fantasma que fica assombrando o anime sem tomar ações diretas e que precisa agir por meio de personagens coadjuvantes já inseridos no círculo de conhecidos do kyouma em vez de como algo realmente organizado. Poucas vozes me irritam tanto quanto a da maid e os "tiques" da mayuri (por ora só me ocorre a Komari de LB).
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 #36
(17/06/2017, 23:35)Opeth Escreveu: Na verdade deve ser a melhor resenha daqui em termos de ser completa e abordagem. Quando eu escrevo por exemplo, só pego um ponto ou um pouco mais que acho importante e abordo a partir daí (embora não chamaria o que posto de resenha).

O que você escreve é o normal a ser escrito em animes que você viu há muitos anos. Essa review de Steins eu escrevi no calor do momento, pouco depois de terminar de ver o anime, logo tem detalhes que simplesmente não estão mais na memória considerando o tempo passado e a pouca relevância desse anime pra mim.
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 #37
(17/06/2017, 20:55)Oiacz Escreveu: Pessoas estão insatisfeitas em quanto essa obra se estendeu mais do que deveria e você recomenda a pessoa dar mais atenção ainda para a obra?

eu que não entendi meu erro, eu disse que se ela achou alguns defeitos, para olhar o material original para quem saber não ter os mesmo problemas.

aonde insatisfeito é igual a hater?

vc que pulou as interpretações, ou não entendeu a frase do jeito que eu queria.
Responder
 #38
(17/06/2017, 23:59)Aria-shachou Escreveu: eu que não entendi meu erro, eu disse que se ela achou alguns defeitos, para olhar o material original para quem saber não ter os mesmo problemas.

aonde insatisfeito é igual a hater?

vc que pulou as interpretações, ou não entendeu a frase do jeito que eu queria.

Não vi problema na frase dele. Quem não gostou do anime tem poucos motivos pra ir atrás da obra original.
Responder
 #39
Isso, quem não gostou do anime não tem porquê ir atrás de gastar mais tempo com a obra vendo o original só para saber "se não é lá tão desagradável assim". Nem eu que na época gostei desse anime fui atrás do original. Ainda acho S;G um bom anime, mas se reclamamos justamente dele ser maior que o esperado e ter muito personagem inútil, não é indo atrás do original que é maior ainda e tem os mesmos personagens que mudará algo.
Responder
 #40
é? como você tem certeza de tudo isso? normalmente obras adaptadas são tão diferentes da original, eu vejo tantos falando que o manga é melhor que o anime, o não sei o que é melhor que o anime....

mas vocês falam como seu eu tivesse mandado alguém que não gostou da obra fazer isso, deixa assim, se quiserem entender tudo bem, afinal, quem crítica uma obra se importa com ela, pois se não nem falaria nada.

Veja eu não gosto de bleach e não me importo com aquilo, por isso vocês nunca me verão falando mal daquilo, eu no máximo não recomendaria ou falaria se alguém pergutasse, mas não gastaria meu tempo criando um texto para uma obra que não ligo.

Então se alguém reclama da obra aqui, ela quer ver a obra, ela de alguma forma se importa com a obra, então se ela quiser por bem ou mal falar da obra, veja o material original, dará mais peso as argumentos, mas deixa, eu falei um absurdo no fim das contas.
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