[Zefiris]

Os picos de combate no Leste ucraniano sempre se deram quando as atenções internacionais estavam olhando para outro lado, então não pode ser descartado a Rússia se aproveitando dos eventos na Síria para atacar a Ucrânia e fazer uso das 3 divisões mecanizadas com cerca de 2.000 tanques que estão em modo de espera nas fronteiras do Leste e Norte daquele país.

Mas fora a OSCE informando horas atrás que as forças rebeldes em Lugansk na Ucrânia anunciaram sua intenção de violar os acordos de Minsk, ainda não vi nada muito concreto a respeito na última hora.

---

Bem, daqui 12-24 horas deve dar para saber melhor sobre os eventuais desdobramentos na Síria, e se de fato está ocorrendo algo pertinente na Ucrânia. Por enquanto é melhor eu voltar a jogar FFXIV. Estou quase com 8.000 horas de jogo lá

 

[Zefiris]

O Ministério de Defesa russo informou que os EUA e seus aliados usaram 103 mísseis de cruzeiro, e nas imagens abaixo é mostrada a posição dos alvos. Vários ao redor de Damasco.





Na palavra dos russos, foram abatidos 71 dos 103 mísseis. E por essa perspectiva, a região de Damasco é que teve menos eficiência em abatê-los, pois foi atacada com 39 mísseis, onde 12 foram derrubados.

Parece que mesmo os bombardeiros B-1B usaram mísseis de cruzeiro e evitaram se aproximar muito dos SAM da região.

[Zefiris]

O Leste ucraniano continua com o fogo esporádico de artilharia e armas de pequeno calibre. Algumas centenas de explosões derivadas de artilharia é o normal. A comoção de ontem na Síria não parece ter motivado de fato um aumento de atividade na região.

Quanto ao porta-aviões Harry S. Truman, ainda considero intrigante os navios que o acompanham, mas não acho que vá se envolver diretamente com a Síria.

[Zefiris]

Os Rafale franceses e os Tornado GR4 ingleses disparam mísseis Storm Shadow. Os bombardeiros B-1B usaram mísseis AGM-158B JASSM-ER (primeiro uso em combate dele). E os famosos Tomahawks foram disparados de 1 cruzador da classe Ticonderoga (estava no Golfo Pérsico), 2 destróieres da classe Arleigh Burke e 1 submarino da classe Virginia.

---

A presença americana na Síria é atraente para Israel porque evitaria que o Irã crie raízes mais profundas no país, mas Trump não deseja ficar lá. E duvido que fique, mesmo com o ataque de ontem. Mas Trump não vai abandonar Israel. Minha suposição é que o objetivo do grupo do porta-aviões Harry S. Truman não é a Síria, e sim se colocar entre Israel e Irã, pois em um futuro próximo Israel deverá atacar Hezbollah com toda força.

[Zefiris]

Há um problema no anúncio russo que foram abatidos 71 mísseis. Tirando o antigo Tomahawk, os demais tem baixa emissão térmica e RCS. E todos podem voar em alturas que mesmo um radar ativo só poderia detectá-los a poucos km. Seria preciso uma quantidade absurda de Pantsyr para conseguir essa eficiência; além de um pouco de sorte.

Como adendo, alvos como o atingido no distrito de Barzeh ficam em locais relativamente populosos, como se vê no Google Maps:
https://www.google.com/maps/@33.5556959,...a=!3m1!1e3
Misseis interceptados causariam uma explosão no local onde foram atingidos, e deveria haver uma quantidade substancial de baixas civis.

---

Relato de explosões em uma base do Irã que fica ao sul de Aleppo. Quando o Irã está envolvido, é fácil especular que é Israel atacando. Mas como o local era usado para armazenar munições, o motivo pode ser mais singelo.

[Zefiris]

Estava lendo o comentário de um militar espanhol, dizendo que entre os motivos do ataque a Síria é ajudar o Macron que sofre com problemas internos. Bem, certamente ele não está passando um bom momento. Sua popularidade já baixa caiu mais 3% logo após os protestos que juntaram 400.000 franceses no mês passado, mas tenho minhas dúvidas que a Síria seria o remédio.

[Zefiris]

O Netanyahu andou dizendo que o Ocidente deve tratar o Irã da mesma forma que tratou a Síria. O caminho para a guerra contra o Hezbollah e por tabela o Irã já está sendo pavimentado.

O estoque de mísseis do Hezbollah é um perigo para toda infraestrutura israelense e nem o Iron Dome deve dar conta de um grande ataque de saturação. O ataque é a melhor defesa. Minha estimativa é que a Terceira Guerra do Líbano comece antes que termine o mês de julho.

[TimeBandit]

Minha mãe estava planejando ir ao Líbano em maio.
Acha que é arriscado, @Zefiris?
Até onde iriam os ataques de Israel? Não acho que chegariam até Beirute, mas vai saber.

[Zefiris]

Minha mãe estava planejando ir ao Líbano em maio.
Acha que é arriscado, @Zefiris?
Até onde iriam os ataques de Israel? Não acho que chegariam até Beirute, mas vai saber.

Eventualmente cometo erros de julgamento, mas acho a chance bem elevada para esse acontecimento. E deve ser tão ou mais destrutiva do que a guerra de 2006.

[Zefiris]

O Assad está controlando 55% do território sírio, onde vive 78% da população. Quase toda a indústria e boa parte da matéria-prima está nesse território. Todos os portos também estão sob controle dele.

Os curdos controlam 27% do território, onde se encontra 17% da população.

18% restante do território está nas mãos de diversas facções rebeldes e 5% da população está sob a tutela deles.